"Eu ignoro o enfado e deploro que alguns possam usar este termo. A vida é uma exploração quotidiana e dois dias consecutivos nunca são parecidos. O homem tem o privilégio de agir, de pensar, de organizar a sua existência e o seu destino. Se a acção se torna cansativa, uma simples transferência de energia dá ao mental e ao seu universo toda a liberdade de expressão. Por sua vez, naturalmente dará lugar à fase subconsciente do ser e novos horizontes abrir-se-ão para mais conhecimento. Esta maravilhosa possibilidade acerca da qual cabe ao Homem escolher, quando assim o entender, um ponto de interesse, no fluxo de consciência que constantemente o atravessa, deveria impedir-lhe este estado que ele próprio nomeia de enfado e é verdadeiro o provérbio que diz: "Só se enfada quem quer." Nunca o desejei para mim próprio e a vida mostrou-se então tão rica em tesouros ignorados que uma só existência seria insuficiente para a apreciar e dela retirar toda a sabedoria que o Homem deve adquirir para um retorno definitivo e consciente à fonte universal..."
Raymond Bernard (19.V.1923 - 10.I.2006)
in "Ahmed, de la corporation des voleurs" (Editions Rosicruciennes, 1970)
in "Ahmed, de la corporation des voleurs" (Editions Rosicruciennes, 1970)
1 comentário:
Saúdo estas palavras sábias, raras por aqui...
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