A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 13 de maio de 2009


O Mundo está aí
E não poupa mais
A cegueira branca
Das almas puras,

Desprotegidas
Das garras escondidas,
Das falsas pombas alvas,
Que os Céus, ainda, povoam.

O Mundo está aí
E não oferece mais gratidão
Aos nobres espíritos,
Críticos e abertos,

Às ideias claras e distintas,
Às teorias onde o Verdade
Brilha,
Apesar das sombras
Da hipocrisia.

O Mundo está aí
E não escuta mais
Os gritos despertos da Natureza,
Abandonada,
Desolada,
Ultrajada pelas ignóbeis
Mãos humanas.

O Mundo está aí
E não sente mais
Os odores da Terra,
O chamamento,
Das coisas singelas
E clarividentes,

As dádivas da Criação,
O jorrar originário
Das Fontes,
Translúcidas.

O Mundo está aí
E não enobrece mais
A candidez do des-abrochar
Das flores
E dos frutos,

A leveza
Do correr das águas,
Límpidas
E tranquilas.

O Mundo está aí
E não perpetua mais
O poder da Paz,
A força do Amor,

A serenidade,
Do firmamento,
O brilho diáfano,
Das Estrelas.

O Mundo está aí
E não move mais
A transparência,
Dos raios solares,
A magnitude,
Da Lua cheia,

O livre voo
Dos pássaros,
Ou a leveza
Das árvores onde pousam.

Isabel Rosete

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