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Brasília - Ao passarem 15 anos da morte do filósofo, poeta e ensaísta português Agostinho da Silva, por iniciativa do Departamento de Teoria Literária e Literaturas da Universidade de Brasília (UnB), foi realizada nesta quarta-feira, dia 13 de maio, uma homenagem sob o título "O Legado e a Missão de Agostinho da Silva". No final da tarde houve o lançamento da edição nº 3 da revista 'Nova Águia' e do livro 'Condições e Missão da Comunidade Luso-Brasileira de Agostinho da Silva.
O dia foi totalmente reservado ao ensaísta. A abertura do evento ocorreu com a presença do reitor José Geraldo de Sousa Júnior, tendo como convidados o embaixador de Portugal, João Manuel Guerra Salgueiro, o diretor do Instituto Camões, Adriano Jordão, e do chefe do Departamento de Teoria Literária e Literaturas (TEL), André Luís Gomes.
Depois da abertura, aconteceram palestras, exibição do vídeo intitulado 'Pensamento Vivo', e no início da tarde abriu-se espaço para uma mesa-redonda, que antecedeu o lançamento do livro e da revista.
O professor André Luis Gomes, chefe do TEL e um dos responsáveis pela realização da homenagem, disse, em entrevista ao Portugal Digital, que um dos objetivos é divulgar as obras de Agostinho da Silva e, com isso, estabelecer o contato com as comunidades lusófonas. "Há um intercâmbio acadêmico-cultural", define. André Gomes disse ainda que esta é a primeira vez que a UnB homenageia o ensaísta.
De acordo com o professor, a homenagem foi muito significativa como um todo, mas destacou o lançamento do livro que reúne artigos de Agostinho da Silva, assim como mais um número da revista 'Nova Águia'. "O vídeo sob o título 'Pensamento Novo' conta a sua trajetória em universidades brasileiras e conta com a participação de, entre outros, Gilberto Gil e Caetano Veloso".
O professor André Gomes antecipou ao Portugal Digital que está marcado para o próximo mês de junho o lançamento do site da cátedra Agostinho da Silva e também um livro, de nome "Agostinho da Silva – Universidade: memória e testemunho". "O livro é composto por depoimentos do filósofo, em 1968, em plena ditadura militar. A idéia é mostrar o quanto o pensamento dele é atual", sublinhou. E completou: "Ele sabia como era feita a coordenação da universidade do Brasil e era contra a situação que a universidade vivia naquele momento".
O professor Amândio Silva também participou da homenagem ao filósofo português, na condição de presidente da Associação Mares Navegados e pretenso à Associação Agostinho da Silva, além de ser membro da Comissão Coordenadora do Movimento Internacional Lusófono (MIL) e integrante do Conselho Editorial da revista 'Nova Águia', que traz como tema principal o 'Legado de Agostinho da Silva – 15 anos após sua morte'.
"Vejo o evento de hoje como o ressurgimento da cátedra Agostinho da Silva, que foi criada em 2006, mas só agora com a ascensão do professor André Gomes, diretor do TEL, que ganha contornos de uma cátedra mais de acordo com seu patrono. Isso porque pela primeira vez reuniu professores não apenas do TEL, mas também professores da Faculdade de Educação, como a professora Maria Luiza Angelini, e da Faculdade de Sociologia, o professor Edson Farias, e o professor também do TEL, Henryk Siewierskpi".
Na opinião do professor Amândio, "esse encontro representa, portanto, uma nova fase da cátedra Agostinho da Silva, no sentido de que passa a congregar a cooperação de vários departamentos e faculdades da UnB". Amândio também fez uma referência ao lançamento do livro 'Condições e Missão da Comunidade Luso-Brasileira', com edição da Fundação Alexandre Gusmão, que, segundo ele, mereceu uma importante intervenção do seu presidente, o embaixador Jerônimo Moscardo .
"Ele reconheceu de forma enfática que Agostinho da Silva foi o precursor e o mentor da política externa independente do Brasil para a África e a Ásia, afirmando mesmo que a política atual do Itamaraty, comandada pelo ministro Celso Amorim, se insere em toda a projeção realizada por Agostinho da Silva, há 50 anos atrás, junto com o presidente Jânio Quadros", concluiu Amândio Silva.
Fonte: http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=8443106&canal=156
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
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3 comentários:
Bela notícia...
Absolutamente.
Como disse o Amandio no filme "Agostinho da Silva, um Pensamento Vivo", Portugal nao perdeu nada se Agostinho tivesse ficado entre as suas estreitas e asfixiantes fronteiras.
Se assim tivesse sido, se Agostinho tivesse preferido a "vida mansa" e a seguranca de uma "carreira", teria se asfixiado com o resto do pais e nunca se teria transformado no Agostinho que foi, grande demais para a terra que o viu nascer e tao mal compreendido por muitos que nela habitam e que o transformaram em "figura pitoresca" (veja-se o grotesco de algumas entrevistas da serie "Conversas Vadias").
Espero que a colectanea dos trabalhos de Agostinho que esta agora a ser lancada pela Associacao Agostinho da Silva venha derrubar "teias de aranha", arejar as mentes e contribuir para uma maior e melhor difusao do seu pensamento.
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