A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Nonada

Nonada: provavelmente da soma de no, redução do latim non, não, e nada, de natam, acusativo de nata, nada, que passou a designar ninharia, coisa insignificante, pelo cruzamento de duas expressões latinas: "homines nati non fecerunt" (homens nascidos não fizeram) e "rem natam non fecit"(não fiz coisa nascida, isto é, não fiz nada). No espanhol, no ano de 1074, já aparece registrado "nada"com o significado de "coisa nenhuma", por processo de negação de que o assunto em pauta, em latim res nata, coisa nascida, não tinha importância. Com este sentido, o primeiro registro escrito de "nonada" dá-se em 1562, nos Sermões, de Diogo de Paiva Andrade (1528-1575). É a primeira palavra de Grande Sertão: Veredas, obra-prima de João Guimarães Rosa (1908-1967) :"- Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade". Quem narra é Riobaldo, jagunço letrado, aposentado das lides do cangaço. Nascido em Cordisburgo, cidade do coração - do latim cordis, genitivo de cor, coração, mais o germânico burgs, pelo latim burgus, povoado -, o escritor adiou por quatro anos a posse na Academia Brasileira de Letras, pois tinha presságio de que morreria, temendo emoções que nele eram sempre exageradas. De fato, faleceu três dias depois, em 19 de novembro de 1967. Era casado com Aracy Moebius de Carvalho, a única brasileira que tem o nome inscrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto, em Israel, por trabalho, apoiado pelo marido, então cônsul adjunto em Hamburgo, de providenciar vistos de entrada no Brasil para judeus perseguidos pelo nazismo.


Deonísio da Silva

O escritor Deonísio da Silva é doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, professor e vice-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e autor de Os Segredos do Baú (Editora Peirópolis) e A Língua Nossa de Cada Dia (Editora Novo Século), entre outros 29 livros, alguns deles publicados também em outros países.

1 comentário:

Paulo Borges disse...

Grato pelo contributo para esclarecer o sentido desta magnífica palavra.