A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 17 de maio de 2009

A LIRA E A ESPADA

(Tríptico)

A Miguel de Unamuno

I
Eu te saúdo! austero pensador
das místicas planuras castelhanas,
eu te saúdo pelo teu amor
às líricas paisagens lusitanas!

Aqui na amenidade destas veigas
tua alma se deixou lenificar
sob o efeito de elegias meigas
ao nosso jeito escritas... a chorar!

Filosoficamente atormentado
pela obsessão de dissecar a fundo
o génio de Castela frente ao mundo,

foi neste alfobre "à beira-mar plantado",
viveiro de poetas, que enxergaste
a sua vera essência... por contraste!

II
Mais que as vetustas grandes catedrais,
palácios e castelos, não me estranha
que para ti os ícones de Espanha
fossem os mausoléus imperiais.

Nada mais espanhol, por castelhano,
que a arca tumular dos Reis Católicos,
o mais palpável dos padrões simbólicos
de um trágico destino soberano.

De igual maneira, em solo português,
foi nas tumbas reais de Pedro e Inês
que nos tentaste a alma surpreender:

sujeitos aos ditames da paixão,
pusemos sempre acima do poder
a incontornável voz do coração!

III
Face à tua maneira de pensar,
paredes meias com o teu sentir,
se houvesse forma de reproduzir
graficamente o chão peninsular,

talvez eu me atrevesse a sugerir
uma espada cruzada, a flamejar,
com uma lira, ou seja, par a par,
Castela e Portugal... por se cumprir.

Vejo na espada o plano de Isabel
de, livre a Espanha, dar à filha insana
o azo de uma Europa... castalhana;

na lira, a terna voz de um menestrel
lembrando o Rei que, envolto em nevoeiro,
um dia há-de voltar... do cativeiro!

JOÃO DE CASTRO NUNES

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