A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 5 de maio de 2009

Interessante e próximo da ideia da Lusofonia

Interatividade e Conectividade - A era da conexão

Aula 01 do curso de Tecnologia da comunicação da
Faculdade de Filosofia, ciências e Letras de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo
Duas das características marcantes da cibercultura são a interatividade e a
conectividade. O que significam interatividade e conectividade na cultura contemporânea?
Conectividade
Sem dúvida, a “Era digital” substituiu o individualismo e a homogeneidade da mídia
impressa, da “mass media”, pela conectividade e retribalização da sociedade1. Ou seja, as
características fundamentais da modernidade, o individualismo e a homogeneização da
mídia impressa, da imprensa de massa, com sua linearidade, foram perdendo seu lugar
para o surgimento de uma sociedade “tribal”, no sentido de envolver e conectar
comunidades virtuais no mundo todo, com interesses múltiplos, e possibilitar uma
pluralidade de informações, não linear, mas que se dá através de vários caminhos através
da hipertextualidade. Essa é a condição da cultura contemporânea, da “Sociedade em
Rede”.
Vejamos o que Lemos (op. cit., p. 71) nos diz sobre essa questão: Os computadores
em rede parecem ir na direção oposta àquela da cultura do impresso, estando mais
próximos do tribalismo anterior à escrita e à imprensa. Podemos dizer que a dinâmica social
atual do ciberespaço nada mais é que esse desejo de conexão se realizando de forma
planetária. Ele é a transformação do PC (Personal Computer), o computador individual,
desconectado, austero, feito para um indivíduo racional e objetivo, em um CC (Computador
Coletivo), os computadores em rede. Assim, a conjunção de uma tecnologia retribalizante (o
ciberespaço) com a sociabilidade contemporânea vai produzir a cibercultura profetizada por
McLuhan.
Através da conexão, os indivíduos têm acesso a todo o conhecimento da
humanidade. Assim, é através dessa conectividade, no ciberespaço, que o homem do nosso
tempo pode transitar pelas diversas culturas, rompendo os limites tradicionais do tempo e do
espaço.
Segundo Pierre Lévy, a conexão ou interconexão é o “programa da cibercultura” e
uma das pulsões da emergência do ciberespaço. As fronteiras chegam ao fim através da
interconexão planetária. Através dela, são criadas as comunidades virtuais e a inteligência
coletiva. Sobre a interconexão, vale a pena lermos as palavras de Pierre Lévy (Cibercultura,
1999, p. 127): Para a cibercultura, a conexão é sempre preferível ao isolamento. A conexão
é um bem em si. Como Christian Huitema disse muito bem, o horizonte técnico do
movimento da cibercultura é a comunicação universal: cada computador do planeta, cada
aparelho, cada máquina, do automóvel à torradeira, deve possuir um endereço na Internet.
Este é o imperativo categórico da cibercultura. Se este programa se concretizar, o
menor dos artefatos poderá receber informações de todos os outros e responder a eles, de
preferência sem fio. Junto ao crescimento das taxas de transmissão, a tendência à
interconexão provoca uma mutação na física da comunicação: passamos das noções de
canal e de rede a uma sensação de espaço envolvente. Os veículos de informação não
estariam mais no espaço, mas por meio de uma espécie de reviravolta topológica, todo o
espaço se tornaria um canal interativo. A cibercultura aponta para uma civilização da
telepresença generalizada. Para além de uma física da comunicação, a interconexão
1 (Lemos, Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea, 2002)
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constitui a humanidade em um contínuo sem fronteiras, cava um meio informacional
oceânico, mergulha os seres e as coisas no mesmo banho de comunicação interativa. A
interconexão tece um universal por contato.
O universal está em contato através da interconexão, no ciberespaço. Essa
universalização dos conteúdos particulares das distintas culturas e civilizações é chamada
por P. Lévy de “planetarização”, em que emerge uma cultura planetária, universal, que está
acima das identidades culturais. Essa conexão, no entanto, pressupõe interatividade. É
sobre ela que conversaremos na próxima aula.

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