A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

ANTÔNIO PARREIRA – IDEALISMO ACIMA DE TUDO


Hélio Nascente*

Antônio Parreira soprando velinhas no seu “niver”

Antônio Parreira, falecido em setembro de 2007, viveu durante décadas em Alexânia, sempre dedicando seu talento, sua cultura, sua inteligência brilhante em prol da imprensa local. Deixou grande número de amigos na cidade. Em novembro de 2001, o Jornal da AGI, de Goiânia, por iniciativa do então presidente da entidade, Walter Menezes, homenageou Parreira com a pequena biografia abaixo transcrita. Hélio Nascente, então redator do Jornal da AGI, colheu os dados com o ilustre homenageado e redigiu o texto. Hoje vive em Alexânia, tendo chegado à cidade três meses antes do passamento do amigo Parreira.

Nasceu em Guaxupé, Minas Gerais, no dia 25 de janeiro de 1926, onde estudou na Escola de Comércio, concluindo o curso de Perito Contador, com a duração de seis anos, posteriormente equiparado a curso superior. Com pouco mais de 30 anos de idade, em 1954, buscou horizontes maiores, transferindo-se para a Capital mineira, onde já tinha contatos políticos com líderes como Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e com o veterano Arthur Bernardes, ex-presidente da República.

Em Belo Horizonte, ao mesmo tempo em que militava nas lides políticas, trabalhava e continuava os estudos, tendo feito o curso de Economia, profissão que adotou efetivamente, vindo depois a dedicar-se ao Jornalismo, misturando profissão com idealismo, com o gosto de escrever.

Trabalhou no jornal O Debate, depois chegou a ser membro do Conselho do Diário de Minas, órgão pertencente ao grupo político liderado por Negrão de Lima, que posteriormente veio a ser governador do Estado da Guanabara. A partir daí passou a se dedicar à profissão de jornalista.

Criou em Belo Horizonte o semanário Gazeta de Minas Gerais, que chegou a ter a surpreendente circulação de 50 mil exemplares.

Em 1962 transferiu-se para Goiás, estabelecendo-se na pequena e promissora Alexânia, tornando-se sócio do fundador da cidade, Alex, no empreendimento imobiliário que deu origem à cidade.

Em 1964 promoveu um comício de desagravo a favor do governador Mauro Borges Teixeira, fato que o fez ir para Buenos Aires, onde viveu durante três anos, num exílio voluntário, por não concordar com os rumos políticos tomados na época pelo governo militar. Foi para a Argentina espontaneamente.

Retornou para Belo Horizonte para continuar com o jornal Gazeta de Minas Gerais e ao mesmo tempo ingressou nas atividades políticas ao lado de Tancredo Neves. Depois instalou-se definitivamente em Alexânia, onde vive até hoje.

Resultados
Parreira fala francamente que o jornal Gazeta Regional é para ele mais o cumprimento de um idealismo, já que não dá resultados financeiros nem econômicos substanciais, rendendo apenas o suficiente para seu sustento.

Para ele, o grande resultado do jornal é o crescimento da educação da comunidade por meio da comunicação e constata que o Município cresceu muito nesse setor e que a grande maioria da população lê o jornal, diferentemente dos tempos de outrora, quando quase ninguém lia e chegaram a existir três jornais, mas com a duração de apenas alguns meses. Segundo Antônio Parreira, o jornal Gazeta Regional hoje faz parte da cidade, influindo diretamente até mesmo na maneira de ser da juventude. Uma pesquisa realizada em Alexânia verificou que 87% da população lê o jornal e o aprova.

Conselho para os jovens
Instado a dar um conselho para os jovens, para as novas gerações, o valoroso jornalista Antônio Parreira, do alto dos seus 70 anos, afirmou:

“Eu diria para o jovem de hoje colocar a cabeça no lugar, ser mais religioso, ter mais princípios, abandonar a droga, a bebida alcoólica, o fumo e viver em paz, dentro dos princípios religiosos, dos princípios humanos, cultivando o amor fraternal, o amor ao próximo de um modo geral, fazendo as orações quotidianas, porque só a oração faz com que tenhamos paz”.

E deu um exemplo: “No nosso tempo de jovens, no curso primário, antes de entrar para a sala de aula cantávamos o Hino Nacional e antes de se iniciar a aula fazíamos orações. Na minha opinião, desde que foi eliminada a obrigatoriedade da religião nas escolas, o ensino foi se deteriorando e não há mais seriedade, os alunos não sentem mis obrigação. No dia sete de setembro, ao mesmo tempo em que é executado o Hino Nacional, muitos jovens estão dançando, não acompanham, não sabem cantar, porque não aprenderam, porque a escola não ensina, a escola não é mais aquela”.

Finalizando, Parreira fez uma crítica ao ensino moderno, afirmando que “os professores de hoje pensam só no salário, esquecem o sacerdócio que deveria ser o ensino, porque é ensinando com amor que o aluno aprende e o pensamento hoje é só ganhar dinheiro, fazer greves e o verdadeiro ensinamento não importa”.

*Publicado no Jornal da AGI – Associação Goiana de Imprensa, Goiânia, edição de novembro de 2001.

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