A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ainda sobre as eleições europeias...

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Alertado pela nossa comentadora Rita Pereira, cheguei a este artigo do espanhol 20 Minutos
As mordomias atribuídas aos deputados europeus não contribuem para aproximar os eleitores da política e prejudicam a opinião local sobre o Parlamento Europeu. Estas mordomias ofuscam o trabalho sério, esforçado e útil que muitos deputados têm e diminuem, sem necessidade, a função da instituição.
Nota-se alguma tentativa de moralização, nomeadamente com a questão dos bilhetes de viagem (que, todavia, espero não venha a ser prejudicada por algum abuso detectado pela OLAF, à semelhança do caso das viagens-fantasma do Parlamento português com a troca por bilhetes mais baratos e devolução de dinheiro ou conta-corrente para férias).
Todavia, a União Europeia é ainda usada como árvore das patacas. Ser candidato em lugar elegível ao Parlamento Europeu parece a atribuição de uma espécie de prémio do Euromilhões.
Pelo interesse, traduzo o artigo do espanhol 20 Minutos de 17-4-2009, “As vantagens de ser deputado europeu”:
«As vantagens de ser eurodeputado: 7.655 euros por mês, poltrona de massagens e jacuzzi
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Ser incluído na lista do seu partido para concorrer às próximas eleições europeias de 7 de Junho é um tacho? Julgue você mesmo. Os 736 eurodeputados, que venham a ser eleitos [dos quais, 22 são portugueses], disfrutarão de um novo estatuto que regulará os direitos e condições laborais de suas europeias excelências.

 O regulamento unifica os salários: 7.665 euros para todos. (...) Cada dia que suas excelências passem a trabalhar em Bruxelas ou Estrasburgo (sedes do Parlamento Europeu) terão direito a 241 euros de subsídio. E não se esqueça que a sua semana laboral é de segunda a quinta.


Secretários particulares
: O artigo 21 do Regulamento estabelece que "os deputados terão direito à assistência de colaboradores pessoais livremente escolhidos por eles" e que "o Parlamento suportará os gastos reais ocasionados pela contratação dos referidos colaboradores", o que reitera a possibilidade, que já sucede, dos políticos contratarem cônjuges, amigos ou familiares.

 Outro ponto estabelece a idade da reforma. Têm direito a aposentar-se aos 63 anos. Quando o fizerem beneficiarão de uma pensão vitalícia. A pensão ascenderá a 3,5% de cada salário por cada ano completo de mandato [17,5% do salário de 7.665 euros pelo mandato de cinco anos, o que corresponde a 1.241 euros], mais um duodécimo desse valor por cada mês completo adicional. Esta pensão é complementar de outra qualquer.


Ginásio novo: 
Além disso, o Parlamento Europeu vai gastar 9,2 milhões de euros a renovar o ginásio situado na cave da sua sede de Bruxelas, que ocupa uma superfície de 1.375 metros quadrados. O plano é incorporar uma área de spa com actividades de hidroginástica, jaccuzzis e poltronas de massagens. Não são instalações desportivas exclusivas dos deputados, estão abertas a todos os trabalhadores.


Por último, o regulamento mudará o sistema de pagamento das viagens dos eurodeputados. Até agora, pagava-se um monante fixo a cada um em função da distância entre a sua circunscrição e as duas sedes do Parlamento. Depois, cada deputado tratava da compra dos bilhetes, de modo que, se conseguia algum mais barato, ficava com a diferença. Agora, pagar-se-á o custo real dos bilhetes, ainda que se autorize o deputado a viajar em business class (mais cara que a turística).» (tradução minha).
O artigo deixa ainda de fora a alimentação nos belíssimos restaurantes, o acesso à saúde e outros benefícios. Em tempos de depressão económica, recomendava-se outra frugalidade, que também não vemos no Estado, nos seus institutos públicos e empresas públicas ou participadas. Muito menos se verifica no salário de Vítor Constâncio, Governador do Banco de Portugal, segundo o «i», o terceiro mais alto do mundo, mas sempre defensor da contenção salarial dos trabalhadores.
Lembramo-nos sempre do mítico frei Tomás, cujo provérbio luso nos alerta para a indispensável comparação da vaidade dos discursos com a miséria das acções: raríssimo é o político que, apesar de se vangloriar do sacrifício que faz pelo povo, devolve parte do salário, das pensões ou dos benefícios que ganha com o seu serviço.
In “Portugal Profundo”, António Balbino Caldeira, 25/05/2009

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