Estouro da Boiada (A uma certa descrente)

Estouro da Boiada

Se eu não fosse capaz de pensar, o que estaria fazendo, agora, por exemplo?

Pensar não é o mesmo que maquinar meios de qualquer coisa aos outros tomar, ou até exibir, quem tenha em demasiado vaidades para expor, mas certamente que a mente aí é só pra caracterizar o símbolo “imagem” do que se deseja fazer, mas a força motriz é mesmo a emoção... o desejo.

E isto está no mundo, presente dia e noite, que a maldição do homem é não puder ficar sem pensar ou sentir um instante sequer, enquanto viva.

Este caldeirão mental ora muito mais global devido a globalização, sem trocadilhos nem pleonasmos, e o que pretende agora aquele que queria as maçãs do vizinho pode querer já agora os diamantes de Angola, mas também aquele que desejava falar com o papa poderia hoje falar até com deus, se ele andasse por aí falando e fazendo convites para a sua igreja... de madeira, pedras, latas e papelão, por fora, “inté”, mas vazia por dentro!

Realmente “nada se perde tudo se transforma” e as imagens e as formas mentais e anímicas sobem, se enforjam astrais e depois descem e agora às revoadas em qualquer lugar nascem...

Crianças nas maternidades modelos e nas caixas de papelão debaixo das pontes, aos milhares, milhões a todo o tempo e a expectativa de vida subindo de tal maneira que matar, daqui a pouco é mais interessante para o todo do que preservar vidas; e os assassinos mais úteis que os médicos.

A solução para este problema não existe, natural... Nem já as grandes moléstias fazem frente à ciência e ao ritmo da multiplicação da espécie e do aumento da expectativa de vida.

Como vai, caminha rumo a antropofagia...

E ela já existe de um para outro começando pelos bens que a maior parte quer tomar de quem o tenha, devido a marcha, a origem modelar da cultura e religião, vícios e as virtudes poucas restritas a minorias...

Mas vai a ser criado esse homem coletivo chamado humanidade segredando “Huma-unidade”, mas ele não ouve e não sai de si nem para dar a mão a um cego na rua... Está tão seguro do seu saber e grandeza, que o outro é só subproduto seu...

Dar a mão? Apenas a mão ao cego? Infelizmente o cego muitas vezes mais que ele tem a oferecer.

Caminha a humanidade crescendo demograficamente, e um cismo financeiro, apenas um cismo de repente derruba todas as bandeiras...

Perde o crédito e o dono do cassino se nega a pagar o prêmio, mas como no cassino estão os reis e presidentes do mundo, o cassino não fecha.

E não pode fechar nem mesmo as fabrica de cigarros, pois enquanto uns fumam outros comem.

É um jogo maluco que ninguém impôs, foi se “autocriando” e vai sendo talvez manipulado por uns, mas vai também passando por cima, de vez em quando, de seus manipuladores.

É um jogo muito bem jogado e ninguém sabe que o joga... ainda Bem!
Mas eu não creio que o homem seja capaz de extinguir-se, quando atinge recordes diários na produção de meninos...

Mas precisa acordar e fazer o que tem de fazer sem atingir com dolo ao outro.

Precisa limpar-se por dentro no quesito da alegoria ética, se for “carnavalesco”.
Que as cinzas só se lavam nas escadarias...

Lavar os pés antes de entrar no templo se for monge ou discípulo, e queimar as bactérias com as brasas da moral e do respeito.

Mas não precisa se ungir de monge nem vestir a pele de manso cordeiro, que aí será comido, sem nenhum requinte, e até vivo, na rua.

Mas eu pessoalmente creio numa coisa simples que me serve muito bem de padrão:

Qualquer fugida ao bom senso, em tudo, até uma refeição indevida ou “verde” comida de umas violentas cólicas posso ser acometido.

E estas seriam leves ventos, apenas... Mas existem ventanias e vendavais em todos os mundos...

As ventanias das paixões arrastam ao caos das emoções, e os amargores se fazem sentir amargos, muito amargos.

“Os vendáveis dos remorsos e pensamentos malignos muito frios derrubam o homem ao fundo do poço sem luz”.

E o que esperar, a partir daí?

A partir daí por ser aí onde o falso líder a troco de migalhas parasita a vida, parasitada literalmente pelas hordas que à margem vão à marcha, muito pior que o estouro da maior boiada ensaiam estouros aqui e ali, preparando o grande estouro...
Mas fora o tempo que se perde, não há no cosmos tal ranhura que antes os estouros o tenham arranhado.

Mas a uma unidade espalhada na multiplicidade precisa ser mantida em harmonia para aos poucos homens com mulheres, irmãos com irmãos se indo juntando e depois os horizonte ditados, no caso Lusitano: a Lusofonia.