A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A Solução para a Recessão Mundial passa por uma mudança de paradigma: Localização em lugar de Globalização


A presente recessão mundial está para durar. Não é uma simples descida conjuntural resultante de uma inexistente subida dos preços da energia ou dos combustíveis nem sequer de problemas graves no sector financeiro que reduzem a liquidez de Capital na economia. Pelo contrário, a situação atual tem uma raiz estrutural e como tal, não será sanada rapidamente.

A depressão atual radica nos problemas daquele modelo de Desenvolvimento económico que os economistas do "pensamento único" Neoliberal e globalista nos venderam como única solução e que durante quase vinte anos pareceu funcionar bem, trazendo prosperidade aos países fornecedores de matérias-primas e de produtos manufacturados e mantendo elevados padrões de vida nos países consumidores, algures no Ocidente. Mas algo estava literalmente "quebrado" no sistema: ainda que fosse possível ir transferindo discreta mas paulatinamente todas as indústrias para o Oriente durante algum tempo, este ermamento industrial haveria de se sentir, mais cedo ou mais tarde, nos países que assim iam evaporando a sua tessitura industrial. É que com as fabricas que partiam, partiam também milhões de empregos e com eles milhões de consumidores. No Oriente, a economia ía crescendo à custa de mão-de-obra abundante e barata, no Ocidente, o consumo ía sendo sustentado por níveis de vida mantidos artificialmente altos por elevados níveis de endividamento. Um dia este recurso sistemático ao crédito iria tornar-se impossível alto para continuar a crescer e as primeiras a sentir esta reversão de fluxo seriam precisamente as empresas do sector financeiro. E foi isso precisamente que aconteceu, em meados de 2008...

O problema maior reside portanto num sistema de Globalização que depende de enormes transferencias de bens e equipamentos de um canto para o outro do mundo. Depois de séculos em que o comercio internacional foi considerado acessório e complementar, a partir da década de 90, este tornou-se essencial em quase todo o tipo de produtos. Colheres, facas, cereais, brinquedos, computadores, etc, tudo é fabricado algures no exterior e nada é fabricado localmente. Esse é o paradigma que tem que desaparecer. E enquanto assim não fôr, esta recessão não irá parar de se agravar até criar convulsões sociais e níveis de criminalidade insustentáveis e destrutivas para qualquer sociedade no mundo. No oriente, haverá revoltas sociais porque as fabricas deixaram de fabricar para a exportação ao nível anterior, no ocidente, no ocidente porque os níveis de desemprego serão insustentáveis. Os Bancos que emprestaram desregradamente têm que falir e dar lugar a novas formas de gestão de Capital mais responsáveis e mais locais. Os empregos e as empresas devem refocar-se nos mercados locais, os padrões de endividamento devem reduzir-se dramaticamente, não pela falência dos endividados (empresas ou famílias), mas pela falência dos Bancos que emprestaram sem critério ou razoabilidade. Toda a economia deve abandonar esta obsessão pelo "Global" e reorientar-se para o "Local", porque ao fim e ao cabo è "localmente" que estão as pessoas, os seus empregos e as suas necessidades! Todos devemos parar de consumir compulsivamente e os economistas e gestores devem esquecer esta obsessão doentia por taxas de crescimento exponenciais e ecologicamente insustentáveis. Esqueçamos aquilo que não podemos ter e concentremo-nos no consumo de bens culturais e na sua produção, já que estes garantem níveis de satisfação muito maiores e mais duradouros do que a última televisão de plasma ou uma viagem à Tailândia. Reformemos uma classe política que se apressou a socorrer os banqueiros que contribuíram generosamente para as suas campanhas eleitorais, mas que deixou metade dos desempregados sem qualquer protecção social. Mudemos o mundo, hoje. Ou iremos acabar com ele. Agora.

8 comentários:

Ana Margarida Esteves disse...

Artigo excelente muito pertinante, Clavis. Es capaz de gostar deste blogue sobre o "decrescimento": http://decroissance.info/

Vou reunir um conjunto de links que podem interessar aos nossos leitores.

Abs,

A

julio disse...

Mas a culpa não sera então só do neoliberalismo, mas também do regime escravocrata do oriente, e nomeadamente da china?

Ana Margarida Esteves disse...

Exacto. Mais do que do neoliberalismo e dos regimes escravocratas do Oriente, de todo um paradigma baseado no "valor" monetario, no fetichismo e na mercantilizacao de tudo o que existe.

julio disse...

Então o culpado, continuo acreditando eu seja o homem...
A crise é do homem.

Rui Martins disse...

a CHina é tão neoliberal como Friedman... é apenas "comunista" no Nome, nada mais...
A Crise é do Homem, e ao contrário do que se diz ainda mais grave de que a 1929, já que muito mais estrutural e dependente de construções artificais que se foram erguendo pelo mundo nos últimos 20 anos.
estou muito pessimista, admito...
mas igualmente crente na capacidade do Homem de superar esta crise, como outras...

Ana Margarida Esteves disse...

Mais do que do Homem, e a crise de um conjunto de valores.

Ana Margarida Esteves disse...

Acho um bocado perigoo falar de "Natureza Humana" como uma categoria estanque. Por experiencia propria, sei que as circunstancias em que cada ser humano encontra trazem ao nivel consciente potencialidades diferentes.

E por isso que estou optimista que sera possivel encontrar e implementar solucoes para esta crise paradigmatica.

julio disse...

são hoje, ao contrário de 1929 muitas bocas.

Muitas "verdades", muitas razões.
Eu pesoalmente acredito no pós e nas crianças.

Mas pós o quê também não sei.