A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dez princípios conservadores por Russel Kirk

􀂃Primeiro, um conservador crê que existe uma ordem moral duradoura. Esta ordem é feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma constante e as verdades morais são permanentes.
Esta palavra ordem quer dizer harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interior da alma e a ordem exterior do estado.


Segundo, o conservador adere ao costume, à convenção e à continuidade. É o costume tradicional que permite que as pessoas vivam juntas pacificamente; os destruidores dos costumes demolem mais do que o que eles conhecem ou desejam. É através da convenção – uma palavra bastante mal empregada em nossos dias – que nós conseguimos evitar as eternas discussões sobre direitos e deveres: o Direito é fundamentalmente um conjunto de convenções.

Terceiro, os conservadores acreditam no que se poderia chamar de princípio do preestabelecimento. Os conservadores percebem que as pessoas atuais são anãs nos ombros de gigantes, capazes de ver mais longe do que seus ancestrais apenas por causa da grande estatura dos que nos precederam no tempo. Por isto os conservadores com freqüência enfatizam a importância do preestabelecimento – ou seja, as coisas estabelecidas por costume imemorial, de cujo contrário não há memória de homem que se recorde.

􀂃Quarto, os conservadores são guiados pelo princípio da prudência. Burke concorda com Platão que entre os estadistas a prudência é a primeira das virtudes. Toda medida política deveria ser medida a partir das prováveis conseqüências de longo prazo, não apenas pela vantagem temporária e pela popularidade. Os progressistas e os radicais, dizem os conservadores, são imprudentes: porque eles se lançam aos seus objetivos sem dar muita importância ao risco de novos abusos, piores do que os males que esperam varrer.

Quinto, os conservadores prestam atenção no princípio da variedade. Eles gostam do crescente emaranhado de instituições sociais e dos modos de vida tradicionais, e isto os diferencia da uniformidade estreita e do igualitarismo entorpecente dos sistemas radicais. Em qualquer civilização, para que seja preservada uma diversidade sadia, devem sobreviver ordens e classes, diferenças em condições matérias e várias formas de desigualdade.

Sexto, os conservadores são refreados pelo princípio da imperfectibilidade. A natureza humana sofre irremediavelmente de certas falhas graves, bem conhecidas pelos conservadores. Sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita poderá jamais ser criada. Por causa da inquietação humana, a humanidade tornar-se-ia rebelde sob qualquer dominação utópica e se desmantelaria, mais uma vez, em violento desencontro – ou então morreria de tédio.

Sétimo, os conservadores estão convencidos que liberdade e propriedade estão intimamente ligadas. Separe a propriedade do domínio privado e Leviatã se tornará o mestre de tudo. Sobre o fundamento da propriedade privada, construíram-se grandes civilizações. Quanto mais se espalhar o domínio da propriedade privada, tanto mais a nação será estável e produtiva. Os conservadores defendem que o nivelamento econômico não é progresso econômico. Aquisição e gasto não são as finalidades principais da existência humana; mas deve-se desejar uma sólida base econômica para a pessoa, a família e o estado.
Oitavo, os conservadores promovem comunidades voluntárias, assim como se opõem ao coletivismo involuntário. Embora os americanos tenham se apegado vigorosamente aos direitos privados e de privacidade, também têm sido um povo conhecido por seu bem sucedido espírito comunitário. Na verdadeira comunidade, as decisões que afetam de forma mais direta as vidas dos cidadãos são tomadas no âmbito local e de forma voluntária. Algumas destas funções são desempenhadas por organismos políticos locais, outras por associações privadas: enquanto permanecem no âmbito local e são caracterizadas pelo comum acordo das pessoas envolvidas, elas constituem comunidades saudáveis.

􀂃Nono, o conservador percebe a necessidade de uma prudente contenção do poder e das paixões humanas. Politicamente falando, poder é a capacidade de se fazer aquilo que se queira, a despeito da aspiração dos próprios companheiros. Um estado em que um indivíduo ou um pequeno grupo é capaz de dominar as aspirações de seus companheiros sem controles é um despotismo, quer seja monárquico, aristocrático ou democrático. Quando cada pessoa pretende ser um poder em si mesmo, então a sociedade se transforma numa anarquia. A anarquia nunca dura muito tempo, já que, sendo intolerável para todos e contrária ao fato irrefutável de que algumas pessoas são mais fortes e espertas do que seus próximos. À anarquia sucede a tirania ou a oligarquia, nas quais o poder é monopolizado por pouquíssimos.

Décimo, o pensador conservador compreende que a estabilidade e a mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade robusta. O conservador não se opõe ao aprimoramento da sociedade, embora ele tenha suas dúvidas sobre a existência de qualquer força parecida com um místico Progresso, com P maiúsculo, em ação no mundo. Quando uma sociedade progride em alguns aspectos, geralmente ela está decaindo em outros. O conservador sabe que qualquer sociedade sadia é influenciada por duas forças, que Samuel Taylor Coleridge chamou de Conservação e Progressão (Permanence and Progression). A Conservação de uma sociedade é formada pelos interesses e convicções duradouros que nos dão estabilidade e continuidade; sem esta a Conservação as fontes do grande abismo se dissolvem, a sociedade resvala para a anarquia.

8 comentários:

AAG News disse...

Caro Júlio, por vezes para se poder continuar a ser conservador, têm de se tomar atitudes revolucionárias e a Anarquia não é sinónimo do Caos é apenas a ausência de governo.
Há cada vez mais países em que era preferível não terem nenhum governo a ter os governos que são obrigados a ter.

Saudações Militantes

Luís Cruz Guerreiro

AAG News disse...

"Quando cada pessoa pretende ser um poder em si mesmo, então a sociedade se transforma numa anarquia"

Isto é a antítese da Anarquia, a Anarquia é a ausência do poder.

Isto é mas é o Caos.

A Anarquia valoriza o valor individual de cada um, integrando-o num objetivo coletivo, como Espécie, Pátria, ou Religião.

L+G

julio disse...

Acho, caro Luiz, que essa foi a forma que o autor quis dizer.
Caos, mas como vulgarmente se diz, anarquia.

Não creio tenha se referido à teoria, embora eu também não creia seja ela possível, com esse tipo humano, que temos hoje.

Creio mesmo, que estamos vivendo tanto aqui quanto aí uma dessas fases em que melhor seria sem "eles".

Mas o povo vota!

Concordo com a teoria, seria realmente o ideal, mas onde está o homem civilizado suficientemente para respeitar esse mais alto estado de convivência pacífica?

Aqui mata-se por um par de tênis para comprar crak.
Ainda há pouco as noticias davam conta de que membros da equipe de Obama renunciaram por motivos de imposto...
Aqui seria um diploma de ingresso na candidatura ao cargo, para se começar a conversar e provar outros "diplomas" desse nível para cima.
Mas acho também que é o fim de uma etapa e início de outra bem melhor.

Claro que a limpeza mal começou...

AAG News disse...

Não estou a defender a Anarquia como solução, estou a dizer que a Anarquia tem princípios ideológicos que nada têm a ver com os aventados neste texto, que a deturpa e incute confusão premeditada nos leitores.

A verdade é que este texto tem bastantes incoerências e peca por um simplismo demasiado conotado com uma visão a preto e branco da realidade, sem nuances e sem cor, aliás muito parecido com a visão demagógica e parcial que padece a informação por exemplo da TV Record, ou SBT ou aqui em Portugal a TVI ou a SIC, muito moralista mas à superfície e apenas influenciadora dum tipo simplista de espectadores, o que não corresponde de maneira nenhuma à visão que eu tenho do Julio.

A Anarquia como sistema nunca foi posto em prática, será concerteza o que mais se adequa ao supremo na realidade social humana, recomendo-lhe um livro de Ficção Ciêntifica, que retrata muito bem as possibilidades práticas desse sistema se fosse implantado, chama-se esse livro, "Os Despojados" e a autora é Ursula K.Le Guin, aqui foi publicado pela Europa-América.

O que eu tento é abrir possibilidades de inter relação entre as ideologias, como nas religiões todas têm lados positivos e lados negativos, os regimes monárquico e republicano também, será pela depuração das ideologias que encontraremos um caminho para Portugal e para a lusofonia.

Eu pelo menos vou continuar a tentar achar essa nova via, que forneça a liberdade sem menosprezar os valores conservadores, mas também os inovadores e que dê a todos os suprimentos essenciais à existência física, ou seja, a alimentação, a habitação, a saúde, e a livre circulação entre todos os países lusófonos, que acho dever serem gratuitos.

Saudações MILitantes de Luís Cruz Guerreiro

julio disse...

Entendi perfeitamente e concordo com essa nova via, que há de nascer das que temos.

Mas pessoalmente acredito numa forma embrionária de Sinarquia pós tudo isso.

Mas naturalmente resultado dessas experiências todas das quais o reflexo, como bem disse, está extratificado na demagógica pose desses canais e até de certa forma na Globo,cujas novelas e até as bolhas salariais afrontam a dignidade de quem pensa.

Mas há um componente que sustenta isso tudo e acaba se tornado cumplice, que é a marca (Brasil um País de Todos)massificante e muito bem paga...

São as marcas meu caro Luiz, da época em que vivemos.
E as mudanças requerem grande esforço e tempo...

Por isso às vezes o rigor em vez da misericórdia.
Mas continua sendo o egoismoe a demagogia o grande mal do mundo e por uma dessas desgraças universais parace ter havido um conluio geral que o comando está nas mãos de escória humana.

E o dono da Record um dos que desde o inferno subiu ou desceu para criar seu império...

AAG News disse...

Caro Julio, nunca tinha ouvido tal palavra, Sinarquia, poderia fazer um post sobre o seu significado?

Desculpe a emenda, mas o meu nome é Luís, com s, como o Brasil.

:D

L+G

julio disse...

Desculpe o z e a distração e a risada.

julio disse...

Acho que a melhor maneira seria esta de ir lá e ler um berve e melhor interpretação...

http://br.geocities.com/nx2005/geral/sinarquia.htm