A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ZARATHUSTRA Estudo da Coletânea Número Três da Revista AQUARIOS da SBE

ZARATHUSTRA
o fundador do Mazdeísmo


Também Zoroastro na forma grega do nome.
Foi legislador e fundador da religião conhecida sob denominações
diversas tais como mazdeísmo, Magismo.
Parsismo, Culto do Fogo ou ainda Zoroastrismo.
Pretendem alguns autores haver Zarathustra (pois Zoroastro e um nome genérico) nascido em Bactriana e outros o dizem natural da Bíblica Rhagés, não distante da atual Teheran. Quando? Tão longínquos aqueles tempos? O escritor Haug,por,exemplo, assinala para Zoroastro, escrevendo acerca das "Etapas do Verbo, solar”,uma antiguidade não menor do que 1000 anos antes de Cristo, Filho de Maria.
Dizem ainda ter ele vivido nos dias do rei Vistaspa, uns 3.000 anos antes da nossa era. Datas pouco importam; sabemos ter sido ele uma das mais luminosas inteligências "descidas" à Terra, um dos maiores homens que abençoaram este indiglente mundo com sua augusta presença, Seus maravilhosos ensinamentos
por largos círculos se difundiram sob o nome de Magismo, tendo sido adotados pelos adeptos de outrora, os astrónomos da Caldeia.
Dissemos ser Zoroastro um nome genérico, para os grandes reformadores e legisladores. Segundo Helena P. Blavatzky, a jerarquia começou,com o divino Zarathustra, no Vendidâd - primeiro livro de fragmentos Zendas,
mais conhecido como o Zend-Avesta findando a mesma gloriosa Hierarquia
como um homem realmente maravilhoso, porém mortal. Mortal na condição de humana criatura,pois que, Vindos do TODO, seremos todos um dia... imortais!
Ainda segundo a "Doutrina Secreta", de H.P.B., o derradeiro Zoroástro teria sido o fundador do Templo do Fogode Azareksh, muitos séculos antes da era propriamente histórica.
Conta-se que nasceu lá pelas monlanhas de Elbourz, descendente de antiga estirpe real; conta-se também que certa vez, caminhando pelas selvagens solidões das florestas um visinário predisse-lhe que seria "um rei sem cetro e sem diadema",
um monarca coroado pelo SOL...

Num morrer de tarde, chegou o Mancebo - infatigável caminhante numa busca que ele mesmo ignorava a um vale, onde sussurrava uma fonte.
Uma mulher vestida de branco, enchia seu cantaro. A uma pergunta do peregrino, respondeu ela que o vale pertencia ao patriarca Vahoumano guardião do Fogo puro e servo do Altíssimo. Assim nos relata Schure, em sua literatura toda poesia.
E a rapriga do cântaro, acrescentou: - "Aquele que beber desta água sofrerá inextinguível sede, uma sede que só Deus pode estancar".
(Sede que somente Deus poderia estancar...)
Vestido de peles de carneiro, Zoroastro passou dez anos ao abrigo de uma floresta de cedros, alimentando-se com o leite e o pão que lhe traziam os pastores.
Era despertado por uma águia, na hora em que o Sol ia nascer.
Muitos anos depois foi que ele ouviu a voz de Ormuz e lhe contemplou a glória.
Ormuz ou Ahura Mazda é o deus dos zoroastrianos ou parses modernos.
Está simbolizado pelo Sol sendo, como é, a Luz das luzes.
Secretas palavras foram ditas então ao ao discípulo de Vahoumano, sendo este por alguns Gnósticos identifica do com Melchisédec, o iniciador de Abrahão.
Dissera Vahoumano ao mancebo quando este, misteriosamente guiado: foi ao seu encontro: "Vem viver na floresta e desaparece aos olhos dos teus. Quando voltares, serás outro não mais Ardjasp, mas Zarathoustra ou seja: "estrela de ouro ou esplendor do Sol..."
Porque Ardjasp, nascido nas tribos de Elbourz, que se chamava então AIbordj, era o formoso mancebo, descendente de estirpe real.
Nuitas vezes falou-lhe a voz de Ormuz que lhe falava numa voz interior ou por meio de imagens ardentes, quais pensamentos vivos que lhe abrasavam a alma.
Misteriosas coisas lhe foram transmitidas pela voz divina... E todo o Zend-Avesta é um diálogo entre Ormuz e Zoroastro: "Do Fogo - segredou Ormuz - recebi a existência!
No Zend-Avesta palpita um otimismo sadio, bem contrário ao pessimismo bouhista. Ormuz condena a violência e a injustiça, apresentando a coragem como sendo a primeira virtude do homem.
No pensamento de Zoroastro parece palpitar a presença contínua do mundo invisível; toda sua atenção é porém focalizada na ação, na conquista da terra a energia da vontade disciplinada pela alma.

Dez ano decorridos na solidão, tornou Zoroastro à sua tribo. Era agora outro homem. Anunciou ao seu povo a Revelação recebida. E, sob a direção de Zorostro, a vida dos Aryas tornou-se uma vigília de armas (combates contra os Touranianos) intercalada pelos trabalhos dos campos, pelas alegrias do lar.
Terminava porém sua obra terrena e ordenou-lhe Ormuz que voltasse para a montanha.
E naquela solidão amiga, agora, ao fim da jornada, teve Zoroastro a sublime visão Ardouizour, aquela que um dia a vida lhe arrebatara, mas que volvia transfigurada no Anjo da Vitória. E as duas almas (almas gêmeas) fundiram-se num amplexo supremo...
Partindo em busca do Mestre, os discípulos não mais o encontraram.
Por toda a montanha buscaram em vão o profeta.
Pousada no velho cedro, estava porém a águia que fora por tantos anos a única companheira de Zoroastro, daquele que ousara - o que jamais homem algum havia ousado - fitar, face a face, o Sol.

Autora: Profª Sylvia Patrícia

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