A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

VYASA... Estudo da Coletânea Número Três da Revista AQUARIOS da SBE

VYASA

O CODIFICADOR DA VEDANTA

Em um antigo número de "Dharana", com as seguintes palavras refere-se nosso Mestre J.H.S. “A Excelsa Galeria da S. T . B . mais do que glorioso monumento, o Templo da Socieda de Teosófica Brasileira, serve de modesto mas indestrutivel PANTHEON aos Grandes Instrutores ou Guias Espirituais de todos os povos, a esses extraordinários Seres que, desde Vyâsa, codificador da Vedanta, até ao último rebento oriental, o sábio e mistico Ramakrishna, vieram impulsionar a tônica da Verdade e encaminhar as mônadas que deviam constituir nestas plagas, as futuras civilizações".
Da "Excelsa Galeria", destacamos aqui a luminosa figura de Vyasa, ou seja: "aquele que desenvolve ou amplia" .
Ou ainda, em outras palavras, o que explana, interpreta, revela, fazendo surgir qual flor que desabrocha - sob a letra que mata, o espírito gue vivifica, ensinamento es¬te tão maravilhosamente aplicado pelo nosso Mestre aos que tiveram a honra e a ventura de conviver com Ele.
Diz-nos H.P.B. ter havido de passagem pela Terra, ou melhor, pela face da Terra, numerosos Vyasas lá pelas longinquas paragens de Aryavarta, antigo nome da India do Norte. Parece que ali se teriam estabelecido em remotas eras os invasores brahmânicos. Era aquela região compreendida entre as soberbas cadeias de montanhas do Himalaya e de Vindhy, indo do mar oriental ao ocidental.
Trazendo pois esses gloriosos Seres cada um a sua missão ao nosso planeta (e quem a este mundo viria sem trazer uma missão?) um deles teria sido o Compilador e organizador dos Vedas: as Escrituras dos indus e que constituem as mais antigas, as mais sagradas obras sânscritas.
Como acima dissemos houve (segundo Helena Petrovna Blavatsky) diversos Manus conhecidos sob o nome de Vyasa: um deles, repetimos, foi o revelador dos Vedas, aquele que explana... até certo ponto, um mistério para os profanos. Outro, que dizem ser o vigésimo oitavo Vyasa e o autor do Mahabarata, famoso poema épico da India e possivelmente o mais extenso poema jamais escrito; encerra nada menos do que 220.000 versos divididos em 18 livros
Outro Vyasa houve, ou seja,o autor do Uttara Mimânsâ, o sexto sistema ou escola da fllosofia indiana, o fundador do sistema Vedantino.
Longe vão os séculos e bem parcos são os dados que até aos nossos dias chegaram acerca de Seres tantos que em paises vários e em diversas épocas entre os humanos têm passado trazendo centelhas da Verdade Única, ainda a ser desvelada...
Segundo alguns escritores, o autor do Uttara Mimânsâ teria vivido 1400 anos antes de Cristo, o Nazareno, data, ao que parece, um pouco recente. Falam os Purânas apenas em vinte e oito Vyasas que de tempos em tempos, segundo ordena a Lei, aqui vieram promulgar as ciências, ou melhor, a Sabedoria Védica; parece no entanto ter sido maior o número desses Manus. Quem o podeá ao certo saber? Tal como cumprem os astros suas trajetórias, assim tais Seres sob nomes e aspectos diversos - suas trajetórias realizam em compassiva missão pela humanidade.
Entre todos eles, Krishna Dwaipâyana parece ser o mais notável, dada a importância das obras que compilou, tais como o Mahâbhârata e que narra fatos ocorriaos durante a Dwâypayâna, idade que precedeu a nossa, há uns 5.000 anos passados. São as lutas entre raças rivais (as eternas guerras na eterna ambição).
Vedânta: Um sistema mistico de filosofia que foi desenvolvido e promulgado por diversas gerações de sábios com o intuito de interpretar o secreto significado dos Upanishads ou seja a "penetração" dos Vedas segundo os métodos da Vedanta.
Explicam os Panditas indus significar a palavra Upanichad "aquilo que destrói a ignorancla, produzindo a liberação do espírito”.
Não foi isto o que Jesus pregou quando, lá pelas terras da Galiléia, dizia aos seus discipulos: "Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres. (João,VIII,32).
E não nos foi também, aqui em nossa Obra, ensinada esta frase que, entre lutas tantas e bem duros embates, nos tem sido escudo e final: "Os Filhos da Luz caminham na Luz sem receio das trevas".
Dos tratados dos Upanichads que representam o eco da primitiva Religião da Sabedoria, foi desenvolvido o sistema Vedanta.
Alguns orlentalistas assinalam à primeira dessas obras uma antiguidade de 600 anos A.C. Mas dêsses tratados, em numero de 150, ao que parece, restam hoje
apenas uns 20,livres de qualquer alteração.
- Assunto? Focalizam profundas questões metafísicas tais como: a origem do Universo, a natureza e a essência da Divindade manifestada e as dos deuses manifestados; a universalidade da mente e a natureza do Ego e da Alma humana.
Sempre e sempre, em todas as épocas e sob todos os céus que abrigam essas ou aquelas raças, sempre se patenteia a mesma ansiedade e perpétua angustia do homem na busca de si mesmo, da sua origem... 0lvidada, interroga, busca, pesquisa sentindo muitas vezes, até inconscientemente, a nostalgia de uma pátria perdida, aquele Éden das sagas de todos os países e que teria sido, um dia, o seu divino berço.
É o velho simbolismo da lenda: Adão e Eva expulsos do paraíso natal...
Muito mais antigos do que o Budismo devem ser os Upanichads de tão profundo mistério que num dos seus trechos assim reza:
"O Atman, nosso verdadeiro eu, é Brahman; é o Ser puro e indivisível, luminoso em si, concentrado em sua consciência, é fonte de alegria para ele mesmo. Sua existencia é Luz e Felicidade. Ele é sem tempo, sem espaço, livre".
Os indus ortodoxos dão à Vedanta a denominação de Brahmã-Jnana: o puro e espiritual conhecimento de Brahma.

E acerca do "conhecimento de Brahman", aprendemos na "Doutrina Secreta: "É o declarado Criador masculino; só existe periodicamente em sua manifestação, entrando depois em palavra, ou seja: desaparece. É o Deus ou princípio criador do Universo - a personificação temporal do poder criador de Brahma, juntamente com Vishnu e Shiva a Trindade indu" .

Outros estudiosos das imortais obras sânscritas atribuem à Vedânta, uma antiguidade de 3.300 anos, afirmando ter Vyasa (o Codificador) vivido 1.400 anos antes do Cristo Jesus e a intitulam a Cabala da Índia.
Segundo os ensinamentos da Vedãnta - ciencia do Abstrato – seria precisamente o Abstrato, a Realidade única, ao passo que o universo concreto, com os milhões, talvez de "universos" que encerra nos infinitos do Infinito, não passaria de uma ilusão. (Maya)
Encarcerados na matéria, na prisão corpórea - não vivemos nós, os humanos, dentro da ilusão dos sentidos? De costas para a Luz, segunda aquela imagem de Platão?
Dos pouquíssimos dados biográficos que ate nós chegaram acerca da vida do Codificador, rezam alguns haver Vyãsa se casado com duas viúvas de seu meio-irmão, o rei Vichitravirya (que morreu sem deixar herdeiros) e de cujas esposas teve dois filhos chamados: Dhritarâchtra e Pându.
Vyãsa... Vyãsas... Um só nome abrangindo, como sempre, nos relatos da Sabedoria Iniciática, o mistérios de vários Seres:
Luminosos Gurus, Viajores de ignotas plagas... Manus que surgem ao decorrer dos Ciclos vindo trazer à Terra, de acordo com as exigências das épocas, com as necessidades das raças e dos povos, novas clareiras que ensinam a palmilhar o árduo Caminhonho da Evolução
Estrelas Guias, aos quais servem reverentes os peregrinos que pelo mundo - e no mundo, "estrangeiros" buscam, ante as agruras do exílio, a senda bendita que, cedo ou tarde, há de reconduzi-los à pátria de antanho, ao Eden jamais olvidado.
" ... Eu sou o Peregrino da Vida que venho de Alem-mar ... "

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