A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 24 de janeiro de 2009

Orfeu Estudo da Coletânea Número Três da Revista AQUARIOS da SBE

ORFEU
O MANU DOS CELTAS

O R F E U
o divino Orfeu, o mago do som, o doce cantor, foi o iniciador da Grécia sagrada... Sua Lira de 7 cordas moldava a natureza e os homens. Filho de Apolo, portador do Verbo solar, imortal Soberano, salvador dos homens e vitorioso nos três mundos, ele ensinou à Grécia a verdade dos Mistérios, a harmonia da música e a beleza da Poesia, como revelações sublimes da Verdade eterna.

I – A Manifesração de Orfeu
A grécia se achava mergulhada no caos religioso. A culto solar havia, de há muito, decaído, cedendo lugar, na preferência do povo, ao dominio terrível do culto lunar. No fundo dos vales, pontificavam as sacerdotis da infernal Hécate, sob o comando a Aglocice, com suas evocações ás forças cegas da natureza a às paixões perigosas.
Inimigas mortais do Verbo Solar as sinistras bacantes, de seus veles sombrios submetiam a homens e mulheres pelo terror infundido através de suas urgias sangrentas.
Encontrava-se a grécia em tal situação, quando surge na Trácia, a região sagrada da grécia, o jovem orfeu, o filho de apolo, o grande hierofante, que, com estranho encanto, fala dos deuses com palavras melodiosas e cheias de doçura e magia.
Sua fama se espraia e desperta inveja ódio das bacantes que reconhecem, no divino jovem, seu inimigo mortal.
Sua vida corre perigo, e Orfeu, ainda muito jovem retira-se para o Egito, onde passa vinte anos, iniciando-se nos grandes Mistérios.
Completada a sua iniciação, retorna ele á sua amada grécia, já com o nome iniciático de Orfeu ou “Aquele que cura pela Luz” , para dar cumprimento à sua grande missão.
Sua influência se faz sentir por todos os santuários da Grécia. Realiza uma obra de grande profundidade no âmbito social, ao estabelecer os fundamentos do tribunal dos Anfictiões, ao qual deve a Grécia a sua unidade. Cria os Mistérios Orficos; realiza a fusão dos cultos a Zeus e a Dionisios; proclama a majestade suprema de Zeus Olimpico e revela, aos iniciados, o profundo mistério de Dionisios celeste.

II O ensinamento de Orfeu

Orfeu irradia uma luz inconfundivel, e brilha através dos tempos com a fôrça do gênio criador. É o apaixonado do Eterno-Feminino da Natureza: e, por isso, glorifica-se em nome de Deus. Suas palavras,carregadas de Divina melodia, são o testemunho da grande Luz.

Palavras ao Postulante: "Dobra-te sobre ti mesmo, para te elevares ao Principio das coisas, à grande Tríade que flameja no Éter imaculado.Cosome o teu corpo com o fogo do teu pensamento; desliga-te da matéria como a chama da madeira que devora. Então, o teu espirito se elevará ao éter puro das causas eternas, como a águia ao trono de Jupiter".

O Grande Arcano: "Um único ser reina no céu profundo e no abismo da terra, Zeus tonante, Zeus etéreo. Ele é o conselho profundo, o castigo poderoso e o amor dulcíssimo. Reina nas profundezas da terra e nas alturas dos céus estrelados: sopro das coisas, fogo indomado, macho e femea, um Rei, um Poder, um Deus, um Grande Senhor".

O Primeiro Mistério: "Jupiter é o Esposo e a Esposa divina, Homem e Mulher, Pai e Mãe! Do seu casamento sagrado, das suas bodas eternas sai, incessantemente, o Fogo e a Agua, a Terra e o Éter, a Noite e o Dia, os Titãs altivos, os deuses imutáveis e a semente ondeante dos homens.

Os amores do céu e da Terra nao são conhecidos dos profanos. Os mistérios do Esposo e da Esposa só aos homens divinos são revelados. Porém, eu quero declarar o que e verdadeiro. O trovão abala os rochedos. O raio cai sobre eles como um fogo vivo, uma chama ondulante; e os ecos da montanha berram de alegria. O homem treme sem saber de onde vem esse fogo e nem onde ele cai. E o fogo masculino, semente de Zeus, o fogo criador. Ele sai do coração e do cérebro de júpiter; ele se move em todos os seres. Quando tomba o raio, ele brota de sua mão direita. Mas nós, os seus sacerdotes, nós conhecemos a sua essência, as vezes, dirigimos as suas flechas.
Contempla o firmamento. Vê esse circulo brilhante de constelações sobre as quais pousa a mantilha leve da Via Láctea, poeira de sóis e de mundos. E o corpo da Esposa divina que, ao cantar sublime do Espôso, voteia num transporte luminoso. Olha com os olhos do espírito e tu verás a sua cabeça derribada nos seus braços estendidos e poderás, então, levantar o seu véu semeado de estrela”•

O Segundo Misterio: "Zeus é o grande Demiurgo. Dionisios é o seu filho, o seu verbo revelado. Dionisios, espírito radioso, inteligência viva, resplandecia na casa de seu Pai, no palácio do Eter imutável. Um dia, debruçado, contemplava os abismos do céu através das constelações e viu refletlda no azul profundo a sua própria Imagem, que lhe estendia os braços. Apaixonado por esse belo fantasma, amoroso de seu duplo, precipitou-se para alcançá-lo. Mas, a imagem fugia, fugia sempre e o atraía para o fundo do vórtice. Finalmente, encontrou-se em um vale assombreado e perfumado, gozando com as brisas voluptuosas que lhe acariciavam o corpo. Em uma gruta descobre Perséfona. Maia, a bela tecedeira, tecia um véu, onde se viam ondular as figuras de todos os seres. Diante da virgem divina, ele ficou mudo de espanto. Nesse instante, os Titãs altivos, e as livres Titãnidas, viram-no.
Os primeiros, ciumentos de sua beleza, as segundas, tomadas de amor louco, lançaram-se sobre ele como os elementos furiosos e fizeram-no em postas. Depois, distribuindo entre si os seus membros, fizeram-nos ferver em água e enterraram o seu coração. Jupiter fulminou os Titãs e Minerva levou para o Éter o coração de Dionisios e, ali, ele se tornou um sol ardente. Porém, da exalação do corpo de Dionisios, saiam as almas dos homens que sobem para o céu. Quando as pálidas sombras atingirem o coração flamejante do deus, elas iluminar-se-ão como chamas, e Dionisios, inteiro, ressuscitará mais vivo do que nunca, nas alturas do Empíreo".

O terceiro Mistério: “Os homens são a carne e o sangue de Dionisios: os homens desgraçados são os seus membros esparsos, que se buscam torcendo-se no ciúme e no ódio, na dor e no amor, através de milhares de existências. O calor ígneo da terra, o abismo das forças inferiores, os atrai sempre, cada vez mais, pata o báratro, prendendo-os.
Porém, nós, os iniciados, nós que sabemos o que existe no alto e o que existe embaixo, nós somos os salvadores das almas, os Hermés dos homens. Como irmãs, atraimo-los a nós, atraídos nós próprios por Deus. Assim, por celestes encantamentos, reconstituímos o corpo vivo da divindade. Nós fazemos chorar e alegrar-se a terra e, como jóias preciosas trazemos no coração as lágrimas de todos os seres para as transformar em sorrisos. Deus morre em nós: em nós renasce!”.
Oração aos Iniciados: " Saude a todos os que viestes para renascer após as dores da terra e que renasceis neste instante. Vinde beber a luz do templo, vós todos que saístes da noite. Vinde alegrar-vos, vós que sofreste vinde repousar, vós que lutates. O sol que eu evoco sobre as vossas cabeças e que vai brilhar nas vossas almas, não o sol dos mortais; é a luz pura de Dionísios, o Grande sol dos iniciados. Pelos vossos sofrimentos passados, pelo esforço que vos traz, vós vencereis e, se,accreditais nas palavras divinas, então, já sois vencedores. Porque, após o longo circuito das existências tenebrosas, vós saireis finalmente, do círculo doloroso das gerações e todos vos encontrareis, como um só corpo, como uma só alma, na Luz de Dionísios

III – A vitória de Orfeu

Tendo completado o seu tempo e realizado a sua grande colheita, sentiu Orfeu que a hora de confirmar a sua missão havia chegado. Reuniu-se, então, no interior do templo, com os seus discípulos, os sacerdotes de Zeus. Estes, distribuindo-se em torno do mestre, apresentaram as suas saudações, segundo o costume. O momento era grave. Os sacerdotes, tomados por profunda angustia, entreolhavam-se. Orfeu os observava com olhar distante e tranqüilo. Por fim, falaram:- Mestre! – Aglaonice, a terrive maga de Hécate, e as suas sinistras bacantes reuniram, no vale, os principais guerreiros da margem do Ebro, insuflando neles o ódio aos filhos de Deus, os templos dos deuses solares estão sob ameaças de destruição!.
Orfeu, que a tudo ouvia, sem se perturbar, disse: - "Tudo isso devia realizar-se:" Percebendo que suas palavras aumentara, ainda mais, a inquietação de seus
discípulos, acrescentou:
- "Por que temeis ? Não estou eu, aqui, convosco?".
Diante desta admoestação, os sacerdotes passaram a considerar as possibilidades de esmagar a rebelião, mas Orfeu, o filho de Apolo, o portador do cetro místico dos filhos de Deus, falou:
- "Os deuses se defendem pela palavra e não pelas armas. Nada tendes a temer, ficai tranquilos.O reinado de Aglaonice e suas bacantes chega ao seu fim".
E, transfigurando-se, disse:
"Amanhã, eu irei só. Para mim bateu a hora suprema. Os deuses solares vencerão!
Terminara a reunião. Todos se retiraram em pesado silêncio. Orfeu dirigiu-se, então, a um jovem discípulo e lhe disse:
- "Segue-me. Vamos ao vale. A hora aperta e eu quero surpreender os meus inimigos".
Caminhavam a passo firme. Enquanto andavam, Orfeu falava ao jovém discipulo com doçura e encantamento: "A alma é filha do céu. Quando ela desce à carne, continua, embora fracamente, a receber o influxo do alto. É por nossas mães que primeiro nos chega esse sopro poderoso. Seu leite nutre nossos corpos, mas é da sua alma que se alimenta o nosso ser, angustiado pela sufocante prisão do corpo.
Minha mãe era sacerdotisa de Apolo. Minhas primeiras recordações mostram-me um bosque sagrado, um templo solene e uma mulher envolvendo-me na sua doce cabeleira. O seu olhar inundava duma recordação divina do céu. Mas esse raio luminoso desapareceu: minha mãe tinha morrido. Privado de seu olhar e de suas caricias, eu fiquei espantado com a minha solidão. Vaguei atônito e desci aos vales tenebrosos. As bacantes surpreenderam a minha mocidade. Aglaonice já reinava e todos a temiam. Por esse tempo, já tinha ela lançado as suas vistas sôbre uma donzela - Eurídice, a quem queria arrastar para entregá-la aos gênios infernais..
Atraído por um pressentimento, caminhava eu pelo vale do lempe quando descobri, à minha frente, Eurídice que caminhava lentamente como que fascinada por um destino invencível. Contemplei-a por momentos e, tomando-lhes as mãos, gritei: Eurídice - Como que acordada dum sonho, ela deu um grito de horror e de libertação e caiu sôbre o meu peito. Foi, então, que o divino Eros nos dominou e, com um olhar, Eurídice e Orfeu foram esposos para sempre.
Todavia, Eurídice tremia de terror por Aglaonice. Dirigi-me à sua gruta e
encontrei-a sentada junto a uma estátua de Hécate. Nas mãos, um chicote. Aglaonice murmurava palavras de encantamento, fazendo girar a sua roda mágica. Quebrei a roda e calquei aos pés a imagem de Hecate e gritei-lhe:
- Por Júpiter, proibo-te, sob pena de morte, que tornes a pensar em Eurídice! Os filhos de Apolo não te temem!
Aglaonice torceu-se como uma serpente e lançou-me um olhar de ódio mortal.
Conduzi Eurídice aos arredores de meu templo e as virgens Ebro cantaram: Himeneu! Himeneu! eu conheci a felicidade.
Não passara muito tempo e uma bacante, mandada por Aglaonice, apresentou a Eurídice uma taça de vinho dizendo-lhe que ela lhe daria a ciência dos filtros e das ervas mágicas:
Eurídice, curiosa, bebeu-a e caiu fulminada.
Desesperado, gritei onde está a sua alma? - e errei por toda a Grecia. Finalmente, cheguei ao antro de Trofônio, onde certos sacerdotes conduzem os visitantes temerários aos lagos de fogo que fervem no interior da terra. Depois de ter visto o que boca alguma deve repetir, regressei à gruta e caí em profunda letargia. Neste sono de morte, apareceu-me Eurídice e falou-me: - Por mim tu afrontaste o inferno depois de me ter buscado entre os mortos. Eu não habito o seio da terra, mas a região do Erebro, o cone de sombra que há entre a Terra e a Lua. E nesse limbo que eu turbilhono a chorar como tu. Se queres libertar-me, salva a Grécia, outorgando-lhe a Luz. Então, eu subirei para os astros e tu me reencontrarás na luz dos deuses.
- Dito isto, ela desapareceu murmurando: Orfeu...
Senti passar por mim o poder de um sobre-humano amor. Eurídice viva ter-me-ia dado a embriaguez da felicidade; Eurídice morta fez-me achar a Verdade. Foi por amor que eu me votei à grande iniciação. Porém, a hora de confirmar a minha missão chegou. Ainda uma vez é-me preciso descer ao inferno para subir ao ceu".
Chegaram ao fundo do vale. Orfeu caminhava tranquilamente quando uma sentinela interpelou-o, pedindo-lhe o nome.
- "Sou um sacerdote de Júpiter". A sentinela, com espanto, gritou: "um sacerdote do Templo!" Ante o grito de alarme, os chefes acorreram e cercaram o pontífice. Orfeu falou-lhes:
- "Sou um enviado do templo que vos vem dizer, a vós todos, reis, chefes, guerreiros, que renuncieis a lutar com os filhos da luz, pois os deuses do alto falam-vos pela minha bôca".
E Orfeu falou-lhes das coisas divinas, da alegria, do amor, da beleza. Do fundo dos bosques, as bacantes espreitavam. Aglaonice, rugindo de fúria, lançou-se diante de Orfeu e gritou:

- “Um deus, dizeis? – Eu vos digo que é Orfeu, um homem como vós, um mago que vos engana. Que se lancem sobre ele. Se é deus, que se defenda”.
- “Eu morro, mas os deuses vivem!”.

A seguir expirou. Aglaonice, com alegria selvagem, aproxima-se de seu cadáver. Porém, foi tomada de intenso pavor ao ver reanimar-se a cabeça cadavérica, os olhos reabrirem-se num olhar profundo, doce e terrível fixar-se nela enquanto se ouvia mais uma vez, a sua voz de Orfeu pronunciar nome de sua eterna amada:

- “Eurídice!...”

O corpo de Orfeu foi cremado por seus sacerdotes e suas cinzas depositadas num santuário dedicado a Apolo. - E a alma de Orfeu tornou-se a alma da Grécia!- E os deuses solares venceram!



Autor: Dr. José Carlos Simões

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