"Se velam e oram é para obter de Deus por manha o segredo do seu poder. Pérfidas súplicas as destes revoltados em torno dos quais o demónio se apraz de rondar. Hábeis, dele colhem também por manha o seu segredo, forçando-o a trabalhar para eles. Sabem tirar proveito do princípio maligno que os habita para se elevarem. Aqueles que se desmoronam fazem-no com alguma complacência: tombam não como vítimas, mas como associados do Diabo. Salvos ou perdidos, todos trazem uma marca de não-humanidade, todos se repugnam a conferir um limite aos seus empreendimentos. Renunciam? A sua renúncia é total. Porém, em vez de isso os diminuir e enfraquecer, por ela se encontram mais poderosos que nós, que conservamos os bens por eles abandonados. Aterrorizam-nos, estes gigantes de alma e corpo fulminados. Contemplando-os, temos vergonha de ser homens sem mais. E se, por sua vez, eles nos olham, deciframos as palavras que a nossa mediocridade inspira à sua misericórdia: "Pobres criaturas que não tendes a coragem de vos tornar únicas, de vos tornar monstros". Decididamente, o Diabo trabalha para eles e não é estranho à sua auréola. Que humilhação a nossa por havermos pactuado com ele em pura perda!"
- E. M. Cioran, "La Tentation d'Exister", in Oeuvres, Paris, Gallimard, 1995, p.921.
[Usufrua de mais desassossegos em http://serpenteemplumada.blogspot.com/]
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
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3 comentários:
Ainda bem que o texto está confuso. Prefiro não ter entendido nada...
É hora então de absolver o diabo.
Que assim os seus criadores se revelam.
E os homens sem medo seguem...
Para onde?
Subindo ou descendo, de frente ou dos lados, que outros caminhos não temos.
Que o diabo ou satanás faça por nós o que os sacerdotes ignoram, e mentem oferecendo a já apagada luz.
Ao preço do dia.
Por medo de deus e do diabo e sem lugar para nos escondermos,
fujamos lá para dentro de nós, e o que tiver de ser feito para sobreviver, se faça,
que aí nem os enviados de deus nem os do diabo nos vêem.
Aí nem politicamente correto nem pecador a gente é...
Por fora só máscaras mesmo!
Douradas ou prateadas não faz diferença.
Talvez ajude a compreender ler o Livro de Job e o Fausto, de Goethe.
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