A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A Viagem

A Viagem...


Venho de longe, muito longe, imensidão!
Pensei ter ouvido uma guitarra
Mas não passava do canto da cigarra,
E nem cantava, nem era uma canção...

Venho de longe, sim,
E até aqui cavalgando a ilusão.

Venho de longe buscando não sei quê,
Empurrado pela mística emoção
À mercê do frio do inverno, em pleno verão.
Atrás de não sei bem, que se não vê!

Venho de longe, sim,
E por aí caminho sem saber pra quê.


Instinto eu o tive, usei-o, senti-o e passei;
Sensações trêmulas muitas, eu senti,
Mas prossegui além de aí
E nos sentimentos e razões aqui cheguei...

Venho de longe, sim,
Mas até aqui nada encontrei.

De muito longe! Aos ossos minerais carrego,
E os vegetais já se fizeram veias;
Tal como as aranhas tecendo teias
Por este mar sem fim enfim navego...

Venho de longe, sim,
E ainda sim à minha “cruz” eu levo.

Nasci, fui célula mineral em cada ser,
Fui animal em forma e pêlo...
Pelo deserto já cansado e sem querê-lo
Ainda vou meio animal, meio a viver...

Venho de longe, sim,
Mas ainda sem nada saber...

A razão carece compreensão
Desde o começo de onde eu parti...
Muito andei bem sei até aqui,
Mas eu não vi se há aqui mais que ilusão...

Venho de longe, sim,
Mas ainda circunscrito a um coração.

Com os animais com que ainda estou
Aos racionais momentos abomino;
Que de atrevimento de menino...
Chegou tudo assim como chegou...

Venho de longe, sim,
Mas ainda sem saber para onde vou.

É meu caminho sem caminho certo,
Meio empurrado e meio sem vontade,
Ao descobrir não existir verdade
O mais patente Ser é o “Encoberto”...

Venho de longe, sim,
E tudo o que é meu é um mar aberto...

Mas eu sou filho sim desta cultura
Sem saber já se há nela luz...
Meio ao escuro que até aqui é quem conduz,
Saio da luz ao dia e entro pela noite escura...

Venho de longe, sim,
Mas ainda sem saber se é início, ou sepultura!

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