"Todos os homens são mais ou menos invejosos; os homens políticos são-no absolutamente. Não nos tornamos um senão na medida em que não suportamos ninguém ao lado ou acima de nós. [...]
Se os actos são fruto da inveja, compreender-se-á porque se reconduza a luta política, na sua expressão última, aos cálculos e manobras adequados a assegurar a eliminação dos nossos émulos ou dos nossos inimigos. Quereis golpear certeiramente? Começai por liquidar aqueles que, pensando segundo as vossas categorias e os vossos preconceitos, e tendo percorido a vosso lado o mesmo caminho, sonham necessariamente suplantar-vos ou abater-vos. São os mais perigosos dos vossos rivais; limitai-vos a eles, os outros podem esperar"
- E. M. Cioran, "Histoire et Utopie", in Oeuvres, Paris, Gallimard, 1995, pp. 1008-1009.
Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".
Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
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5 comentários:
Lembra-nos muito O Príncipe de Maquiavel, Paulo. Ou "A Arte da Guerra" de Sun Tzu...
...Ou Freud e seu Complexo de Édipo. Ou até a Metamorfose do Narciso, que pode ser na versão de Salvador Dali...
Ou o processo inquisitorial no Vieira. Ou até Judas Iscariote, que pode ser na versão Dan Brown...(desta feita, de acordo com um espírito mais lusófono!).
Tudo isso está dentro de nós. O mal, metafísico, moral, histórico e político, não nos é alheio. Os grandes tiranos e os maiores facínoras nascem constantemente nas palhinhas dos nossos corações. Mal de quem o ignora.
Obrigado pela lembrança.
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