A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 6 de dezembro de 2008

Sobre a (des)igualdade entre os homens...





1. Os homens não nascem todos iguais. Essa desigualdade inata pode depois ser aumentada ou diminuída pelas circunstâncias da vida de cada um.

2. Não sendo todos os homens iguais, todos têm, à partida, igual dignidade. Esse é para mim um princípio sagrado. E por isso, à partida, olho todas as pessoas de frente.

3. Tendo todos, à partida, igual dignidade, podem perdê-la. Das mais variadas formas. Uma delas é olharem de cima aqueles que lhes são superiores…

12 comentários:

coalvorecer disse...

Caro Renato,

Julgo ter compreendido o significado intrínseco do que escreveu nos pontos um e dois do seu comentário à foto que inseriu. Contudo, no que se refere ao terceiro ponto fiquei sem resposta. Será “porque hoje é sábado” ? Poderá ajudar-me neste processo de compreensão?

Abraço cordial,

coalvorecer

julio disse...

Prezado Reanto,
1) a desigualdade, o creio eu, tem a sua referência no AHANKARA - EU SOU – original, em princípio como herança genética, adâmica.
Quando o indivíduo aí nascia da miscigenação do terráqueo com o que “desceu”, e ao longo do tempo formaria o ego pessoal, que aqui chegaria, assim...
Isto de acordo com o mito da queda, e segundo a (Gupta Vydia), quando ainda não havia indivíduos, mas mônadas coletivas, regidas pelo alto... Paraíso... Animal coletivo, mas diferenciado da espécie, assim conhecida...
Não creio totalmente em Darwin, na questão humana.
2) Mas já agora, ao nascer, 18 milhões de anos após aquele evento primordial da queda, trarão a carga pessoal, na partida de cada um, ao aqui chegar em plena inocência original, pré-adâmica.
E aí também de frente a todos eu olho.
Mas depois todos perdem a inocência, ao despertarem de uma série de conjugações cármicas, inclusive, e aí eu desconfio.
E conte ou não o meio - eu creio que sim - também a base da infância importa muito, desde as primeiras descobertas...
3) (Ao olharem de cima aqueles que lhes são superiores) quais? Quando? Como? Quem? Seria o mal da submissão?

Desculpe a ignorância.

Fraternal abraço MIL, que ao contrário também é bonito: LIM... SIM...

Renato Epifânio disse...

Caros

Obrigado pelos comentários. Eis o que se me oferece dizer:

- a superioridade de que falo não é um estatuto inalterável. Usando a imagem do "alpinista" (de que gosto particularmente), a todo o momento pode-se cair... A capacidade de "degradação" é aliás maior do que a capacidade de "transcensão", no sentido em que é sempre mais fácil cair do que continuar a escalada...

Paulo Borges disse...

Renato, creio que sem definires o que entendes por igualdade, desigualdade, igual dignidade, ser superior e ser inferior, se torna impossível compreender e comentar este teu texto.

Abraço

Renato Epifânio disse...

Regressemos então a Platão: e à diferença entre "igualdade aritmética" e "igualdade geométrica".

Basta conciliar essa diferença com o postulado de que não se deve descriminar ninguém em função: do sexo, raça, credo, etc.

Irei depois desenvolver isso...

Abraço

Ana Margarida Esteves disse...

Renato, ha muito tempo que oico de ti argumentos semelhantes e estou curiosa que me digas, com todas a sinceridade, que criterios usas para definir "superioridade" e "inferioridade".

Alem disso, qual e o proposito desta fotografia cheia de mulheres nuas e que faz lembrar um serralho ou um bordel Tailandes?

Olha que nao sou puritana, mas mesmo assim ponho em causa a pertinencia desta foto.

Ana Margarida Esteves disse...

Julio, creio que o seu comentario eta inspirado na obra de Helena P. Blavatski, nao e verdade?

Renato Epifânio disse...

Ana

A foto foi escolhida por acaso. Fui ao "google", digitei "multidão", e esta foi das primeiras que apareceu. É daquele fotógrafo que gosta de fotografar grupos nus. Achei a foto suficientemente ilustrativa do texto (até por causa do "olhar de frente") e por isso a pus. Nada, pois, de especial. Em todo o caso, digo-te que não tenho nada contra bordéis...

Quanto ao meu critério de "(des)igualdade", remeto de novo para Platão: e para o seu mito dos três metais...

julio disse...

Antes dela, Ana, a filosofia Hindu denomina Ahankara, o estado inicial de movimento radical centrípto,
com a finalidade de se construir o individuo.

E segundo eles (Hindus) e todas as correntes iniciáticas, anteriores e posteriores a eles,
falam desse momento, a partir do casamento dos deuses com as filhas dos homesns, inclusive no mito bíblico da Queda dos Anjos.
E nem há mais como se sustentar o mito do Criacionismo, e portanto nada estava, como ainda hoje 18 milhões de anos depois não está nada pronto, em relação ao ser, que teria sido feito à imagem e semelhança de Deus, e segundo o filósofo a medida de todas as coisas.

Mas realmente essa Mulher - HPB - com é conhecida é que trouxe ao Ocidente boa parte do conhecimento Esotérico, tradicional, dos colégios mais secretos do Oriente.

Mas realmente comparando este mar Virtual com o tenebroso... heheheh
somos uns felizardos

Fraterno abraço Mil.

Paulo Borges disse...

Creio que, sem se ter uma visão acerca da natureza primordial ou da perfeição última do ser humano, se torna impossível fundamentar um critério no que respeita à questão da igualdade ou desigualdade, da superioridade ou inferioridade dos homens. Para mim a questão é clara: a natureza primordial e o fim último do ser humano coincidem num estado em que se superaram todos os limites do conhecimento e do amor, vendo-se as coisas como são, para além de juízos, interpretações e conceitos, e amando-se todos os seres vivos igual e incondicionalmente. Nesta perspectiva, se quisermos usar esta linguagem equívoca, relativamente superiores são os que mais se aproximam deste estado e relativamente inferiores os que mais dele se afastam, embora uns e outros possam trocar posições a cada momento. Em qualquer dos casos não vejo a pertinência de qualquer outro critério, intelectual, cultural, moral, físico, político ou económico. Quanto aos que estão nesse referido estado de perfeição, ou porque nunca o perderam ou porque a ele regressaram, estão para além de qualquer comparação entre superior e inferior e constituem a única elite autêntica. Todavia, por isso mesmo, jamais se vêem como superiores ou como constituindo qualquer elite, pois não se vêem separados de nenhum ser vivo, vendo em todos e tudo a mesma perfeição que em si há. E é assim que podem funcionar, para quem os reconheça, como modelos e exemplos a seguir. O seu único intuito é que todos advenham ao seu estado, para além de todas as relações de poder: nesse sentido os vejo como uma aristocracia comunista e anarquista, que visa nivelar tudo por cima, pela realização da suprema possibilidade do ser humano e do próprio ser, instaurando todavia aí e em simultâneo o critério para a sua objectiva diferenciação. A desgraça dos povos e nações, no momento presente, é que jamais aceitariam ser dirigidos ou sequer inspirados por homens destes. O que as multidões e os indivíduos em geral querem é dominar ou ser dominados: transcender-se em ordem à perfeição não é programa sedutor para quase ninguém. E aqui não sejamos idealistas e ingénuos: os portugueses, brasileiros e lusófonos não são diferentes de todos os outros. Sem encarar isto de frente, falar de União Lusófona ou Quinto Império como alternativa mundial é retórica vã e oca. Faço a minha própria autocrítica, pois não há mais tempo a perder com ilusões.

Paulo Borges disse...

Caro Julio, eu traduziria "ahamkara" por "fazer(-se)" (kara, mesma raiz de criar) "eu" (aham): a raiz do indivíduo e da desigualdade que instaura em relação ao fundo indiferenciado a partir do qual e contra o qual se constitui. A história de todos nós, não perdida num passado mítico e especulativo, mas consumada e reiniciada a cada instante.

julio disse...

Caro Paulo,
sim, concordo que assim seja, apenas me referia ao início, como a partida para esta construção diária, naturalmente, cujo percurso está longe do final, em que se atingirá a perfeição.

Kara, Ma-kara (criador), Karana, Antakarana: (canal, conduto,)
tem a mesma raiz de Brig - Brama "criar", "espraiar" "propagarbem como a raiz Ak, no caso já como entidade superior diferenciada, mas saída do próprio corpo de Brama; a sua criação, no entanto, será pela via do instrutor, guia etc. grosso modo, naturalmente.

Mas em relação ao individuo, não foi sempre assim.

Há um momento, e não creio seja apenas mito, em que teve início a construção contínua do ser, quando deixou de ser Alma Grupo, Mônada Coletiva, passando gradativamente à construção do indivíduo, em perpétuo aperfeiçoamento.

Em tese, porque muitos regridem e atuam instintivamente piores do que os animais.