O blog "Serpente Emplumada" cumpre hoje o primeiro aniversário. É um espaço aberto às experiências-limites da vida, estando aberto a quem se sintonize com o projecto.
Como prenda de aniversário a todos, aqui se repete o seu primeiro post, intitulado "Provocações":
"O "eu" constitui o privilégio apenas daqueles que não vão até ao fim de si mesmos" - Emil Cioran, A Tentação de Existir .
Que possamos residir sempre no fundo, sem fundo, de nós mesmos!
serpenteemplumada.blogspot.com
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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7 comentários:
"O "eu" constitui o privilégio apenas daqueles que não vão até ao fim de si mesmos"
Haverá fundo de si mesmo, sem o "eu"?
Não conheço esse senhor, muito menos o que ele entende por "eu"
Mas em qualquer circunstância não há justificativa para essa afirmação envolvendo o "eu", como "eu" mesmo.
Eu entendo o "eu" como a parada finalíssima de todas as caminhadas, que está, diga-se, a milhões de eras distante.
inclusive, para os ditos iluminados.
Caro Júlio, o que é então o "eu" e onde reside ele?
Caro Renato
Creio ser o objeto final, e a identidade única do individuo.
O "eu" seria o todo do individuo.
A consciência suprema, o Espírito;
segundo a ciência iniciática seria ainda o ponto de encontro e o resultado final entre o terreno e o divino, como consciência de si mesmo.
E nesse caso não se pode dizer que o eu está desperto em todos os seres.
Quem age e reage quase que instintivamente, o "eu" nele está ainda em potencialidade.
Por isso creio que o "eu" é isso: a consci~encia de si mesmo e aquele que se expande.
Quanto mais consciência e saber tanto em relação ao exterior quanto ao interior mais vivo será o eu de cada em cad ser.
E é nesse sentido, e o caro Renato pelo que revela sabe disso muito mais do que eu, que o "eu" tem o significado de bem, bom e belo.
Caro Júlio, creio ser a mim que se refere... Agradeço a sua resposta, mas permita que reitere a minha segunda questão. Se o "eu" é "a identidade única do indivíduo", isso supõe que, sendo uma id-entidade individual, o "eu" é uma entidade permanentemente idêntica a si mesma e indivisível. Onde reside então? Pergunto porque, seja no corpo, divisível em partículas até ao infinito, seja na mente, divisível ao infinito em momentos de consciência, jamais idênticos entre si, não consigo encontrar esse "eu".
Desculpe Paulo. Desculpe, mesmo!
Estava pensando no Renato e fiz uma tremenda confusão.
Me desculpa?
Sei que me desculpará, mas eu tenho de ficar preocupado, pois, já agora, que "eu" é este, em mim, que vê uma pessoa e se refere a outra?
Velhice? rsrsrsr
Quanto ao "eu" concordo que só uma substância existe, contudo há diferenciações e níveis de vibração diferentes.
O Ser, aquele que sente, pensa,constitui-se na alma, que ao contrário da crença, é ela tão somente o conjunto emoção e pensamento, engajados num veículo astral.
E, naturalmente, este (Astral)é uma das camadas da matéria, das sete em que se divide.
Tendo a alma como veículo o corpo,
é este conjunto chamado homem terreno: Corpo e Alma,e dependendo das suas descobertas, sentimentos e saberes, (bens da alma) passará a vibrar numa dimensão mais elevada, (sutil) e como dizem os Mestres, nesta alma feita espelho aí se refletirá o espírito universal, que é Uno e um só existe, até porque não há nenhuma fabrica deles.
Neste conjunto, alguém observa e adquire uma consciência de si mesmo, e é esta entidade que se chama "eu" e não está em lugar específico nenhum, nem é nada separado do todo homem.
É aquele que sente, sabe (relativamente, óbvio) e até faz confusão trocando o nome de Paulo pelo de Renato.
Seria o resultado de um processo evolutivo, mas que se aninha no centro da consciência, e isto pode ser comprovado através de certo exercício, quando se tem a sensação de sermos do tamanho do universo, ou mesmo nas famosas viagens astrais conscientes, por sinal já fora de moda, no processo iniciático.
E ao final desse prcurso, que está infinitamente longe,
o ser terreno se integra por afinidade e sutilização do ser inferior, se encaixando na parte superior, ou espírito, que no fim é a mente universal.
E então o Deus que está por trás de tudo, seria, enquanto romanticamente Pai, a mente universal, e enquanto Mãe a emoção, de cuja união surgiu o universo, como seu corpo manisfestado.
Isto tudo reduzido seria no micro o homem, como corpo, alma e espírito.
E o "Eu" aquele que vai colhendo as experiências e transformando em conhecimento, depois sabedoria e finalmente estado de cosciência, e seria este estado o que diferencia uns dos outros.
Grosso modo é mais ou menos isto,
caro Paulo, me perdoando a confusão da troca dos nomes.
Saudações fraternais.
Júlio
Caro Júlio, não se preocupe em absoluto! A sua troca fez até bastante sentido, na minha perspectiva, pois não admito um "eu" enquanto identidade estática, preferindo falar antes de um fluxo de consciência em metamorfose contínua, que pode reconhecer ou não o fundo sem fundo, o incondicionado sábio e compassivo, que é a sua natureza primordial e última...
Um Abraço fraterno
Crao Paulo, acho que fundo sem fundo está perfeito.
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