A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 6 de dezembro de 2008

Para o José Pacheco Pereira

Muitas vezes não concordo contigo, mas em algo sim. De essencial. E em absoluto…

Falo da cada vez maior dificuldade em discutir publicamente ideias. Pela cada vez mais apertada vigilância do PC (Politicamente Correcto). Pela cada vez maior ignorância das pessoas em geral…

Sorri ao ver, no outro dia, o teu enfado a comentar aquela “gaffe” da líder do teu partido sobre a “Democracia”. De facto, há cada vez menos paciência para aturar a gente ignara, todas as falsas virgens que, ao menor pretexto, rasgam as vestes…

Soubessem um pouco de História: da Grécia, de Roma, do que se seguiu…

Mas não. Para essa gente, o mundo começou ontem e nasceu do nada. É, pois, tudo uma questão de perspectiva. Já que todas as opiniões se equivalem…

E ai de quem se atreva a desenvolver um pensamento um pouco mais complexo, que destoe da pauta que é suposto todos seguirmos…

Faz-me lembrar uma história da minha juventude liceal: tive uma professora que gostava de “votar” as notas que dava; quando chegou a minha vez, tive colegas que defenderam o abaixamento da minha nota, sob o pretexto que, em geral, “não percebiam” o que eu dizia…

Um dia, garantiu-me, então, o meu colega de carteira, essa será a regra. Há quem lhe chame “justiça popular”. O nome chega a ser comovedor…

Enfim. Resiste na tua frente. Que eu resistirei na minha…

Com um Abraço

7 comentários:

José Miranda disse...

Importante mensagem! O artigo de hoje no "Público", de José Pacheco Pereira vai ainda mais longe; a imprensa precisa de reflectir sobre o que está a fazer.

Flávio Gonçalves disse...

É um pensador que me agrada ler, Pacheco Pereira é lúcido como poucos neste manicómio que vai dando pelo nome de Portugal.

Também gosto de consultar de quando em vez os textos de Adelino Maltez e do Nuno Rogeiro.

Renato Epifânio disse...

Também já li o artigo de hoje. Eu costumo lê-lo. E às vezes ainda consigo ser mais pessimista do que ele quanto ao estado dos nossos "media". A percepção que eu tenho é que este alinhamento dos jornalistas em relação ao Governo (e à Mafia que o governa) tem a mais prosaica de todas as explicações: ignorância. Nada melhor que que um acéfalo para servir de caixa de ressonância...

Rui Martins disse...

Pois sim... mas ele também escrevey isto:

"O que se passa é que esse verdadeiro mostruário em linha, feito de mil egos à solta, revela mesmo a nossa pobreza, a nossa rudeza, a falta de independência face aos poderosos, grandes, pequenos e médios, os péssimos hábitos de pensar a falta de estudos e trabalho, de leitura e de "mundo", que caracterizam o nosso "Portugalinho". Nem podia ser de outra maneira. Com a diferença que nos blogues o retrato é mais brutal porque mais arrogante e mais solto, ou pelo anonimato, ou pela completa falta de noção de si próprio de quem, por poder escrever sem edição para os milhões de leitores potenciais da Rede, acha que é crítico de cinema instantâneo, engraçadista brilhante, analista político, escritor genial de aforismos, herói único da denúncia dos males do mundo, e portador de todas as soluções que só não são aplicadas porque os outros, a começar pelo blogue do lado e a acabar no fim do mundo, são todos corruptos, vendidos e tristes. Como os blogues são viveiros de elogios mútuos e de complacência, estes traços alastram como um vírus e tornam-se comunitários, definidores do meio.".

Pacheco Pereira, Público, 29 de Dezembro de 2007.

Uma rotulação simplista e injusta que também deve estar na nossa memória.

Renato Epifânio disse...

Isso não é completamente errado para muitos blogues. Para muitos outros, contudo, é, de facto, um tiro completamente ao lado. Como no outro dia dizia o Pedro Mexia, a blogosfera é, neste momento, o grande espaço de liberdade em Portugal...

Ana Margarida Esteves disse...

Tambem passei por situacoes semlhantes e ate muitos piores nos tempos de liceu mas nao lhes guardo rancor. Pelo contrario. Hoje em dia reconheco que eles tinham uma certa razao.

So ao fim de 33 anos de vida, de residir em 4 paises estrangeiros e viajar por varios outros em quatro continentes e que me dei conta de que aquilo que tu chamas de "justica popular" e a qual eu chamava de "inveja de alunos caloes e professorzinhos frustrados" nao era mais do que uma tentativa de nos ensinar uma licao muito preciosa: Que o saber livresco e as acrobacias intelectuais sao apenas uma das muitas formas de adquirir conhecimento, que nem sempre e a forma melhor e mais eficaz de conhecer a realidade e que nem sempre equivalem a Sabedoria.

Renato Epifânio disse...

Ana

Da "inveja de alunos calões e professorzinhos frustrados", como tu bem lhe chamas, nada de bom eu retiro. E não lhes reconheço razão alguma...
Se tirei algum ensinamento da situação, foi no sentido de me proteger de situações análogas no futuro. E ter sempre presente até onde pode ir a mesquinhez humana...