Li este fim de semana no PGL (Portal Galego da Língua) um artigo muito interessante de Manuel Casal Lodeiro que nos trás à realidade sobre o que se está a passar a nível planetário.
http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=442:o-capitalismo-e-um-depredador-que-morrera-matando&catid=9:canal-aberto&Itemid=75
Acredito que no futuro se vão definir dois novos sistemas dialéticos. Um, o sucessor directo do capitalismo falhado, onde o jogo de aparência democrática irá ser de alguma forma ultrapassado em favor de uma praxis de exploração económica directa assente em intervenções militares e "protectorados" e um outro baseado num sistema de inspiração "cooperativa" e sustentabilista hoje também designado como permacultura. A postura e inserção dos países/regiões Lusófonas neste novo mundo parece-me ser da maior importância para que um desiderato como o defendido pelo MIL possa ter sucesso. Para que isso possa ocorrer os países Lusófonos deverão rejeitar a primeira hipótese e adoptar a segunda. Em conjunto temos todos os recursos que qualquer uma das nossas comunidades pode necessitar.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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19 comentários:
Completamente de acordo, Miguel. Como eu próprio já aqui escrevi (ver, em particular, ponto IV):
I. Para o MIL, a Língua e a Cultura devem ser o eixo de toda a Política, ao contrário do que acontece actualmente, em que a pasta da Cultura é a menos importante de todas.
II. Para o MIL, Portugal deve privilegiar, acima de todas as outras, as relações com os outros países com quem tem afinidades linguísticas e culturais, ou seja, com os países lusófonos, assim aprofundando a actual Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nessa medida, apoiamos todas as medidas que visem o aprofundamento dessa Comunidade, em prol de uma efectiva União lusófona.
III. Para o MIL, Portugal deve assumir-se, no quadro da União Europeia, como o representante dessa União Lusófona, ou seja, dos cerca de 240 milhões de pessoas que se expressam na nossa língua e não apenas dos 10 milhões que habitam em Portugal.
IV. Para o MIL, essa União Lusófona deveria dar o exemplo de uma outra forma de globalização, assente no comércio justo e não na exploração dos homens e dos recursos naturais.
V. Para o MIL, essa União Lusófona deveria ainda dar o exemplo de uma outra forma de diálogo entre culturas e religiões, contra todos os pretensos “choques de civilização”.
Completamente de acordo com todos os pontos, Renato. Para além do já referido, e atendendo à proximidade geográfica, é importante que as relações com Espanha sejam feitas no sentido de promover a inserção de Espanha no que designei como sistema alternativo.
Era importante que o nacionalismo espanhol fosse de alguma forma condicionado por uma nova visão, para que o nacionalismo português que é extremamente reactivo em relação ao primeiro não se desenvolva. Acredito que se o nacionalismo português se desenvolver, todo o projecto Lusófono/MIL estará em perigo (pelo menos do lado português).
Estamos a entrar na era das Euroregiões, Galiza-Norte de Portugal, País Basco, Paises Catalães, etc. A forma como for feito o desenvolvimento destas Euroregiões (experiência que comporta os seus riscos) será decisiva na vitória do patriotismo saudável vs nacionalismo de antanho.
"...é importante que as relações com Espanha sejam feitas no sentido de promover a inserção de Espanha no que designei..."
Caro Miguel Santos, o nacionalismo português tem de se desenvolver cada vez mais dentro do mundo lusófono, a missão de Portugal é construir Pátrias e nunca desenvolver euro regiões de maneira nenhuma.
Em Espanha é o império castelhano que subjuga as outras nações espanholas que por sua vez se permitem a ser subjugadas.
Quando Espanha acabar, então sim deverá haver diálogo entre Portugal e as nações/pátrias espanholas, até lá deveremos respeitar a soberania espanhola/castelhana, para não pormos em risco a nossa própria independência cultural e principalmente linguística, já que a económica estagnou e só com uma política de salvaguarda do que é português poderá renascer.
"Acredito que se o nacionalismo português se desenvolver, todo o projecto Lusófono/MIL estará em perigo (pelo menos do lado português)."
São ideias como a sua que pôem em causa o projecto Lusófono/MIL que pretende a integração em euro regiões com Galiza-Norte de Portugal, País Basco, Paises Catalães...
Os problemas de Pátria não se pôem em Portugal, se Espanha os tem que os resolva, não podemos ser nós a fazer perigar a nossa Pátria com os problemas dos outros parceiros europeus, especialmente Espanha.
A minha Pátria tanto é aqui em Portugal como no Brasil, ou em qualquer lado do mundo onde se fale português e não castelhano.
Saudações de
Luís Cruz Guerreiro
Bom, quanto à relação com Espanha, concordo bem mais com o Luís...
AAG, creio que não me terá entendido, concordo com muito do que disse (não tudo), e a última coisa que me verá a fazer é "cutucar onça com vara curta" ...
Muito pelo contrário acredito que as euroregiões são uma ideia "europeia" "generosa" no sentido de atenuar os nacionalismos mas que corre riscos sérios de acicatar o oposto.
O que quis transmitir no que respeita ao nacionalismo português é que ele se tem que transmutar numa ideia de pátria que vai para além do rectangulo, e vai para além do mar. Acredito que essa ideia de pátria mais abrangente não poderá desenvolver-se enquanto uma visão de nacionalismo passadista for dominante. E sem qualquer dúvida, esse nacionalismo passadista existirá sempre em forma reactiva, enquanto existir vontade de domínio "castelhano" em relação aos outros povos da península...
Creio que a UE quer transformar Espanha+Portugal na Hispania Romana onde supostamente não existiriam conflitos "nacionais". É uma ideia que se funcionasse "talvez" tivesse "algo" de positivo só que neste momento estamos no papel de cobaias.
Daí que tenha referido que considerando a integração europeia um dado adquirido, e considerando que as perspectivas nacionais não vão desaparecer por magia, devemos encarar o relacionamento com a Espanha, de uma forma que saia um pouco dos canones tradicionais, deixando margem a que os povos possam interagir de forma directa atendendo ao estado planetário e ao que se pretende para o futuro.
Não me interessa absolutamente nada que o planeta todo se afunde com Portugal em guerras com a Espanha. Pelo contrário acho que a Lusofonia e a CPLP têm em si potencialidades para que, por exemplo, se mostre à Espanha (e a outros) que as relações de domínio "imperial" não são a via do futuro.
Existe um tempo para tudo e neste momento, para o bem ou para o mal, partilhamos na península aquilo que infelizmente ainda é potencialmente, um "saco de gatos" colectivo, com a desvantagem de o saco estar atado... ou seja é uma óptima altura de todos os gatos aprenderem a controlar as suas emoções, para não sairmos todos muito arranhados!
Meu Caro Miguel Santos, as regiões europeias foram ideias saídas dos burocratas europeus que nada sabem da realidade das nações,veja-se o apoio que deram à in(dependência) do Kosovo, desmembrando-a da sua Pátria a Sérvia, para a tornar uma região europeia que nunca o será por não ter razões históricas para isso, nem viabilidade económica, o futuro dessa região será a integração na Albânia ou a sua reintegração na Sérvia o que acho que será o melhor, mas o que teria sido mesmo melhor era a UE nunca ter cometido tal erro.
Na Península Ibérica, como lhe disse anteriormente,Portugal não tem nenhum problema de nacionalidades, somos uma Pátria com uma língua própria e com fronteiras definidas vai para mil anos.
A Espanha tem diversos poroblemas,tantos como as nações que por lá existem, isso são problemas do foro interno de Espanha, e eles é que terão que os resolver, Portugal nunca poderá entrar nesse problema, primeiro porque não é nosso, segundo porque iria ainda complicar mais a situação já complicada que Espanha tem pela frente e cada vez se fará sentir de maneira mais intensa, porque os nacionalismos em Espanha, mas em geral em toda a UE irão cada vez agudizar-se mais.
Se Portugal entrasse nesse clube ibérico das regiões, seria mais um gato assanhado dentro desse saco de gatos assanhados e quiça o mais assanhado de todos, Portugal nunca se sujeitaria a estar dentro desse saco e quem tem orgulho de ser português pelo menos tentaria abrir esse saco e espalhar a guerra por toda essa Hispania Romana sem Deus nem César.
A Espanha nunca lhe interessaria que Portugal fosse o causador principal duma mais rápida independência de diversos estados na península ibérica e a Portugal tão pouco, pois uma guerra fraticida aconteceria mais em Portugal do que em Castela, devido aos nacionalistas portugueses nunca aceitarem a traição dos outros portugueses para com a Pátria.
Deixemos pois a Espasnha resolver os seus problemas e tentemos nós resolver os nossos o melhor que podermos.
L+G
"O que quis transmitir no que respeita ao nacionalismo português é que ele se tem que transmutar numa ideia de pátria que vai para além do rectangulo, e vai para além do mar. Acredito que essa ideia de pátria mais abrangente não poderá desenvolver-se enquanto uma visão de nacionalismo passadista for dominante."
Aqui estou de acordo, aliás é por isso que estou e penso que a maioria dos MILitantes estão, no MIL.
Portugal teve a graça e esses países a sorte e o saber, de se terem mantido nações que têm se mantido unas e sem independentismos, o Brasil é o grande exemplo, mas também Angola que apesar da ditadura ,(agora mais suave) em que vive, conseguiu manter a sua unidade. A unidade nacional das pátrias lusófonas é o paradigma das independências das colónias portuguesas, ao contrário de Espanha que dando-se a independência da América Espanhola, se dividiu em miríades de estados, o que é sintomático da própria Espanha e reflexo da sua projecção ibérica para as Américas.
A forma de vermos as descobertas é também completamente diferente da forma como os espanhóis as veêm, aliás como não a veêm será dizer melhor, pois o termo não é aplicável em Espanha, o termo usado é o Império, que como se sabe começou com Carlos I, quando começou a castelhenização da Espanha Ibérica e depois continuou na Espanha Americana.
Portugal é por isso um "case study", da colonização, melhor dizendo da povoação das colónias, pois ao contrário dos outros países colonizadores a ideia dos portugueses nunca foi abandonar as colónias depois de as terem explorado, mas sim fazer novos Portugais em todos os sítios que ficaram.
Foi Eterno enquanto Durou !
Luís Cruz Guerreiro
>>A Espanha tem diversos poroblemas,tantos como as nações que por lá existem, isso são problemas do foro interno de Espanha, e eles é que terão que os resolver, Portugal nunca poderá entrar nesse problema,<<
Caro AAG, lamento desiludi-lo mas as Euroregiões já existem, umas em projecto e outras formalizadas com capital, presidente, tudo direitinho de papel passado!!!
Nas que já existem uma das primeiras a entrar em vigor foi a Euroregião Galiza-Norte de Portugal. Creio que os portugueses talvez andem um "pouco" distraidos... a questão não está em deixar os espanhois "lá com as guerras deles" mas sim saber gerir com inteligência as caixas de Pandora que já foram destapadas e ainda as outras que brevemente o serão.
Para sua informação algumas tendências (com peso) dentro da Galiza ao contrário de quererem integrar a comunidade dos países Lusófonos pretendem a recriação da "Gallaecia Romana" com uma Língua que dizem já não ser o Galego-Português mas uma Língua Galega Independente que supostamente seria falada na Galiza e .... no Norte de Portugal!! São tendências que herdaram do Espanholismo um profundo ódio à Lusofonia e ao que Portugal conseguiu em termos Históricos. Se lhe disser que essas tendências estão extremamente satisfeitas com a criação da Euroregião Galiza-Norte de Portugal, continua a achar que nós não temos nada a ver com isso??
Se lhe disser que as competências de gestão da Euroregião que neste momento são assumidas do lado português pela CCDR da Região Norte, passarão automaticamento para um governo regional eleito da Região Norte em caso de avanço da regionalização, continua a dizer que não temos nada que ver com isso???
A geo-estratégia peninsular está a ser mexida à revelia de Portugal e Espanha. Se a postura nacionalista de Portugal se mantiver idêntica ao passado quando tudo está diferente o resultado não será bom, nem para Portugal, nem para a Lusofonia.
Gostem ou não, temos uma dívida histórica para com a Galiza. Foram irmãos lusófonos que "abandonámos" ao fogo castelhano e esquecemos durante 800 anos. É evidente que as coisas não são assim tão simples, mas é assim que são percepcionadas numa parte do inconsciente Galego.
O que proponho é que em vez de termos uma postura de retracção histórica e animosidade engagemos o relacionamento com Espanha e sobretudo com a Galiza de forma positiva não alimentando ódios históricos que só alimentam os adversários da Lusofonia.
Acredito profundamente que em termos civilizacionais temos muito para dar e receber e que essa postura de abertura ao "outro" será decisiva para a nossa sobrevivência como civilização a caminho do Portugal sonhado pelos nossos poetas e filósofos maiores.
Caro Luis Guerreiro,
Concordo com tudo o que expôs no último comentário. Espero que no meu comentário anterior a minha perspectiva tenha saido mais clara.
Saudações,
Miguel Santos
Escute... não entre em pânico, tudo isso já eu sei há muito, http://www.forum-gallaecia.net/viewtopic.php?p=433,
e já aqui as divulguei há algum tempo, a regionalização, a Gaelecia os iberismos, tudo está a ser jogado e a ser posto em prática pelos espanhóis, aliás este governo é um governo que pretende essa loucura que é a união ibérica, todos os projetos de mega-empreendimentos têm a ver com isso, toda a desertificação do interior, a destruição da nossa economia, tudo isso é parte da estratégia, o TGV, para ser mais fácil a deslocação de Madrid para cá, nova ponte para o TGV, criação da euro região do Norte com a Galiza, sei de tudo o que estão fazendo, mas digo-lhe que tudo isso nada será, porque a Espanha tem dentro dela o sistema auto destrutivo implícito a todos os sistemas imperialistas, que são as suas nações.
Quanto menos poder económico tiverem, mais serão patentes os ódios entre eles.
O tempo, por mais estranho que lhe possa parecer está do nosso lado.
Portugal não se confina a esta dimensão europeia, continuará onde houver possibilidades de continuar.
Retornaremos depois, quando a UE acabar e a Espanha se desintegrar.
A nossa Pátria é multi-plural.
Saudações otimistas,
L+G
"Gostem ou não, temos uma dívida histórica para com a Galiza. Foram irmãos lusófonos que "abandonámos" ao fogo castelhano e esquecemos durante 800 anos."
Temos nada, desde o princípio da nacionalidade que Galiza sempre apoiou o império ibérico de Castela, aliás a primeira ideia de D.Afonso Henriques era combater e conquistar a Galiza e não os mouros como teve de acontecer depois, devido às cruzadas.
Penso que uma aliança com os mouros teria acabado logo de início com estes problemas Luso-Castelhanos.
L+G
Não se trata de entrar em pânico, mas sim enfrentar desafios novos, reais, que trazem oportunidades de transformação das relações ibéricas. Apenas quero que todos estejam conscientes e preparados para as transformações em curso.
Acredito que as transformações em curso serão pacíficas desde que as estratégias empregues sejam as adequadas. Não tenho prazer nenhum que existam ódios dentro de Espanha embora acredite que a sua desintegração será inevitável se a Catalunha decidir sair.
Não acredito que o cenário nós ou a UE tenha que existir. Temos que ter a flexibilidade mental e de acção para continuar a ser e a fazer com ou sem UE.
Ninguém pode impedir a existência da CPLP nem uma aproximação consciente à Galiza.
Não teremos que retornar porque não pretendemos sair! Temos que agir de forma coerente com um pensamento alternativo ao imperialismo e capitalismo decadentes, baseado na liberdade e irmandade dos povos. Se assim fizermos pouco teremos que temer.
Saudações também optimistas
>>Temos nada, desde o princípio da nacionalidade que Galiza sempre apoiou o império ibérico de Castela<<
Não vamos discutir história mas isso não é totalmente verdadeiro, houve momentos importantes em que estivemos do mesmo lado. Quando falo em dívida histórica não me refiro em termos formais. Quero apenas referir que existe um POVO que fala a nossa língua e que independentemente das opções dos seus líderes em certos momentos históricos, é nosso irmão e foi deixado para trás.
Além disso, é bom relembrar como a nobreza era volúvel com as suas lealdades a um lado e a outro, fosse a galega, fosse a portuguesa. Não fora o povo e D. João I não teria saido vitorioso. Seguidamente é bom não esquecer que a uma dada altura as elites galegas foram substituidas por elites castelhanas, tendo a partir dessa altura o POVO galego ficado "refém" de castela.
Seja como for a aproximação que preconizo passa-se no quadro da lusofonia e essa porta temos a obrigação moral de a abrir. Aos galegos (finalmente o povo) a decisão de aderir, ou não.
Caros
Tenho apreciado o vosso diálogo. Não é para "equilibrar as coisas", mas quanto à Galiza, concordo mais com o Miguel...
Abraço MIL
Caros Renato e Luís,
Estas questões colocam-se apenas e tão só nos locais em que por razões históricas ou facticas, o diálogo e a cooperação transfonteiriça se tornam incontornáveis.
Não podemos pensar que estas questões se restringem à cooperação com a Galiza que são obviamente as mais evidentes. O poder local da estremadura espanhola ( e quem sabe outras mais à frente) pretende que as crianças aprendam o português como segunda língua o que vai incentivar uma forte cooperação transfonteiriça.
http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=433:estremadura-espanhola-aposta-no-portugues-como-segunda-lingua&catid=2:informante&Itemid=74
Qual vai ser a nossa política? Qual será a "energia" com que vamos receber essa abertura? Vamos ignorar, e ignorar tudo o que se passa já no Alentejo? Pela primeira vez em 200 anos podemos de "alguma forma" repor a nossa cultura em Olivença e mais além, vamos ignorar isso?
Sem deixar nunca de estar alerta no que respeita a possíveis "aproveitamentos" castelhanos, acho que temos que ser coerentes nas nossas convicções e se acreditamos que a Lusofonia é algo de transformador, e que a nossa cultura tem força suficiente para inclusivé transformar o futuro da humanidade como pensava Agostinho da Silva, não faz sentido criar barreiras que o vento da história está a derrubar. É altura de reaprender a bolinar. O vento não sopra sempre do mesmo quadrante, e temos que continuar na nossa rota sem esperar ventos e marés de feição.
É a isto que me refiro quando digo que não podemos continuar a ignorar a Espanha, e não temos que nos queixar ou depender dos governos. Nós somos sociedade civil, portugueses, associações de portugueses, o que vamos fazer? Como vamos nevegar estes novos caminhos "euroibéricos"? Vamos aceitar que as influências se façam sentir em sentido único ou vamos aproveitar o que elas tenham de positivo para também fazer passar a nossa mensagem?
Abraços MIL
"Vamos aceitar que as influências se façam sentir em sentido único ou vamos aproveitar o que elas tenham de positivo para também fazer passar a nossa mensagem?"
Depois disto, Miguel, só posso dizer, vamos todos para Espanha e em força :D
A sério, a Galiza tem de seguir o seu próprio caminho e em muitos casos esse caminho é coincidente com o da lusófonia e acredito que muitos Galegos querem escrever e expressar-se em português. Tem sido uma vergonha o que Castela os tem obrigado a fazer da sua língua e da sua cultura, basta ver a TV Galiza...
Vamos então como você diz aproveitar os novos caminhos euroibéricos, mas depois não se admire dos raianos espanhóis quererem todos integrar-se em Portugal !
L+G
"Acredito que no futuro se vão definir dois novos sistemas dialéticos. Um, o sucessor directo do capitalismo falhado, onde o jogo de aparência democrática irá ser de alguma forma ultrapassado em favor de uma praxis de exploração económica directa assente em intervenções militares e "protectorados" e um outro baseado num sistema de inspiração "cooperativa" e sustentabilista hoje também designado como permacultura."
Este desígnio cooperativo pode ser uma das soluções políticas para a lusofonia, aprofunde esta ideia Miguel.
Abraços MILitantes !
>>Vamos então como você diz aproveitar os novos caminhos euroibéricos, mas depois não se admire dos raianos espanhóis quererem todos integrar-se em Portugal<<
Não será esse o objectivo, mas como diz o nosso povo no famoso ditado que aparece nos azulejos de algumas casas:
"Seja benvindo quem vier por bem"
:) :)
>>Este desígnio cooperativo pode ser uma das soluções políticas para a lusofonia, aprofunde esta ideia Miguel.<<
Tem sido o que tenho feito desde já algum tempo. A permacultura surpreendeu-me inicialmente pela versatilidade técnica. O desenvolvimento da sua componente social, aliado ao modelo de produção e ausência de "vil metal" no modelo base, é um ponto de partida atraente. Espero poder trabalhar mais tempo neste assunto.
Abraços MIL
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