“INDO SEM NUNCA IR A LADO ALGUM”
Vamos lá pintar livres com palavras soltas
Vamos à aventura do pensamento e do acto
Vamos aprofundar-nos nas águas da filosofia
Vamos em busca do sentido místico da vida
Vamos reflectir sobre a existência em si
Vamos comer a imagem com talheres de nadir
Vamos vergar a mola à volta da lareira imaginária
Vamos pegar direito na pena com a mão esquerda
Vamos embora daqui para fora antes que o tempo finde
Vamos-nos afundar num mar qualquer de ideias profusas
Vamos para além do estar e deste saber pouco profícuo
Vamos vêr se há algo para sentir após a partida do agora
Vamos pela beira das coisas em busca de uma sombra ao sol
Vamos estrada afora abeirando o rio à procura da luz da ribalta
Vamos sem rumo definido ou qualquer destino predestinado
Vamos alheados da verdade e sem qualquer mentira para dizer
Vamos no vai-e-vem da eternidade em uma nave feita de misturas
Vamos emaranhados em sentidos atrás de títulos sem sentido
Vamos-nos às pressas antes que nos retirem da lista do amor
Vamos a correr para evitar que nos coloquem de início no princípio de tudo...
Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 8 de Dezembro de 2008, em Homenagem a todos aqueles que idealizam desde o início dos Tempos, a Globalização da Língua, independendentemente de sua aparente pertença a alguém específico, uma vez que ela, ao contrário de qualquer sentimento, é sim, propriedade e pátria de quem a exercita e fala...
© Manuel de Sousa
Luanda, Angola
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