INSTRUÇÕES PRIMÁRIAS
AUTO-CONSELHEIROS
1 - Cá pra mim é isto: um homem chega a conselheiro de estado começando por subir o primeiro degrau – que é auto-promover-se a auto-conselheiro. E mesmo que não chegue a conselheiro de estado, para alcançar estatuto de conselheiro seja do que for tem mesmo que começar por se auto-promover
Conselheiro familiar poderá ser tomado como segundo degrau da interminável escalada social? Se for, para o atingir já é matéria mais escorregadia, mais instável, mais exigente em luta – tendo em conta que no núcleo familiar nem sempre os consensos são visíveis – como os dióspiros nas árvores no Outono. É preciso procurá-los, aos consensos, quantas vezes negociá-los.
2 – Negociá-los
Sempre mexeu comigo a designação (quase universal) de Ministério dos Negócios Estrangeiros. Comum à maioria dos 200 e não sei quantos países do planeta. Quando descobri Angola pós-independência com um Ministério de Relações Exteriores, ou coisa semelhante, exultei de alegria. Parece é que, ainda mais infelizmente, se tratou de uma simples armadilha de semântica: este era um Ministério não de simples mas de super Negócios estrangeiros. E não só
3 – E não só
Os 200 000 milhões de euros para resgatar a economia da Europa - pacotão Barroso – entendo eu que não vai resolver coisa nenhuma. Tenho o lume aceso, e sei quanta lenha é preciso acrescentar a toda a hora para que a chama não se extinga. Manter lubrificada uma economia que há muito perdeu o boujon do cárter não vai ser fácil, não. Ao menor descuido – gripa. Esta gente brinca.
Entretanto, não param os fluxos de imigração clandestina, a chegada diária de balsas carregadas de indigentes – à procura do eldorado da Europa. (Parece que o eldorado europeu já é deslocalização do mito)
Com os States, mesmo em vésperas de Barak, também a coisa parece não estar fácil.: 700 000 milhões. Bilions? Of dóllars – que, para mal dos seus pecados, não há meio de recuperar da lipoaspiração a que, por questões de estética se submeteram. Não é que a magreza natural deixe de ser boa para a saúde…
A ameaça aqui não é dos que chegam de barco – é dos que escavam túneis como ratos cegos ou toupeiras. Vão ao sonho de chegarem a conselheiros de qualquer coisa: um Banco; uma Seguradora; uma Fábrica de automóveis; a governança de um estado. Ver a inesgotável vaca leiteira que é o lugar vazio de Obama. O governador já fez rifa do senatoriado – parece é que saiu à casa, e o criativo governador tratou de leiloar.
É por isso que o rafeiroso maltrapilha mexicano é capaz de arriscar o magro cabedal.
4 – Magro cabedal
Nada que tenha a ver com os 200 europeus ou 700 americanos biliões para pôr as economias africanas a rodar sobre esferas. Ainda agora, por via dos nevões, vamos nós, que em termos económicos somos o fundo da lata dos trocos da Europa, pôr seis limpa-neves a funcionar nas estradas de Trás-os-Montes. Meia-dúzia de perfuradoras a abrir furos artesianos para abastecimento de água das populações – em zonas mais carenciadas – seria suficiente para evitar milhares de mortes de africanos que têm que fazer quilómetros diários por uma pinga de água.
Tratar esgotos urbanos e fornecer água potável bastaria a que surtos mortíferos de cólera – como recentes de Luanda e actuais e de Harare não chegassem às páginas dos Jornais.
E os ricos – dos BILIÕES – até estabeleceram marcos cronológicos para acabar com a miséria – a fome sobretudo - no Mundo:
2015 em Porto Alegre (?) ou Em Quioto?
E onde os resultados? Onde os – não direi biliões – onde os milhões para amenizar a morte lenta dos nossos vizinhos africanos?
A Europa que se cuide, que a indústria da fome não está menos em crise do que a dos Automóveis e dos Bancos
Bom Natal – e não se esqueça de ser generoso nesta Quadra
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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