A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Texto que nos chegou...

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A Crise Portuguesa Actual

Esta crise não é mais de que a continuação da perpétua crise em que Portugal sempre viveu, agravada, nos tempos actuais em que vivemos, por ideias erradas e negativas, baseadas em destrutivos slogans de conveniência política e que não passam de falsas verdades.
Falsas verdades em que o nosso Povo, principalmente o pouco culto, sempre acreditou.
O mais falso de todos estes slogans é o que está sendo permanentemente apregoado aos quatro ventos, intoxicando o raciocínio das grandes massas e está sendo aproveitado pelos políticos para grande obtenção de votos e não só !.

O slogan diz
Todos nascem com direitos !!!!!!

Porém, a verdade é outra!
Todos nascem com deveres, os direitos conquistam-se!!!

Quando se enraíza a ideia de que todos nascem com direitos, imediatamente se pensa, na sua lógica mais simplista, que tudo tem que lhe ser dado,
Aí estamos a falsear todas as regras em que na realidade se baseia qualquer sociedade, tanto humana, como em qualquer sociedade animal da natureza.

Sim, porque nós, como animais que somos, acrescento racionais para não melindrar muita gente, obedecemos às leis da nossa própria natureza e uma delas, a que mais prevalece, é o sentido de posse.
E nós temos que saber fazer uso dela como qualquer animal faz quando marcou o seu território e a seguir o defende, e defende-o somente porque conquistou o direito de o ocupar.

Mas a Ambição também não tem limites, principalmente quando as pessoas que ocupam o poder não tem capacidade nem inteligência para o exercer ou não são sérias.
Tudo isto é mais complicado e insolúvel, quando se é confrontado com situações de verdades virtuais cronicamente herdadas de passados longínquos, mesmo para pessoas dotadas de capacidade e inteligência invulgares
Perante esta situação é vulgar viver-se de expedientes de momento, perante a inexistência da verdade pura e absoluta.

E a solução mais fácil e rápida é fazer BLUFF.
Começa-se por mentir, a dizer meias verdades cheias de sofisma, para mais tarde se justificar e vive-se então durante algum tempo na ilusão de tempos melhores

Mas, com estes métodos, esses tempos nunca poderão chegar!

Este é um dos problemas que arrasta uma continuidade doutros.

Na minha óptica o problema da crise já existia muito antes de EÇA.de QUEIROZ o ter escalpelizado.

Portugal, por ser pequeno e sermos poucos, quase sempre viveu assim para poder sobreviver, mas sempre com uma grande ambição de todo o seu povo sonhando com grandes projectos.
Isto é, olhando para coisas longínquas e descuidando o essencial que está ao pé da porta.

Essa sua característica foi, ao longo dos séculos, bem aproveitada por outros povos que tinham os meios e espaço necessários para a realização dos seus projectos e que os enriqueceram, servindo-se da nossa indispensável colaboração e iniciativa.

Concretizando, para não me alongar mais nesta divagação, escolho um exemplo bastante evidente e que constituiu o maior feito da nossa historia !

Porque razões fomos escolhidos, entre tantos outros, para realizar um projecto cujo êxito nos trouxe o indiscutível Período Áureo das « NOSSAS NAVEGAÇÕES » ?????

Começo por esclarecer que o Projecto das nossas navegações não foi financiado pelos Reis de Portugal.

Portugal não tinha dinheiro para tamanho projecto!!!!

Um conjunto de circunstancias, às quais os PAPAS, movidos por interesses da Igreja, não foram alheios como mediadores, ditaram a razão porque entrámos, antes de Espanha, na corrida das Descobertas dos Caminhos Marítimos, com o fim de tornar mais fácil e seguro o transporte para a Europa dos produtos orientais, substituindo a velha rota da seda, as rotas do Deserto e outras, onde se perdiam cerca de 90% desses produtos.

O transporte destas mercadorias até Veneza, principal porto de entrada na Europa, era muito difícil devido à pirataria que enxameava a navegação mediterrânica e a solução era encontrar a forma de contornar Africa para um transporte seguro e directo do oriente para a Europa.

Como a Espanha só em 1492, após a conquista do Reino de Granada, ficou em condições de entrar na corrida das navegações, a solução éramos nós, depois de falhadas tentativas de armadas mediterrânicas terem enfrentado o Atlântico.

Foi assim que entramos neste grande projecto, que se iniciou com as Cruzadas.

Este projecto era no seu princípio financiado por Banqueiros das cidades do norte da Alemanha e por outros sedeados em Veneza e mais tarde na Flandria, com cujo dinheiro o Infante D, Henrique, baseado em Lagos, soube gerir com muita eficiência A ESCOLA DE SAGRES !!!!

Para ser mais preciso: Devo ainda informar, quem não sabe, que a segunda viagem de Vasco da Gama à India, via Cabo da Boa Esperança em 1502 e a de Fernão de Magalhães á volta do mundo ao serviço de Espanha, foram financiadas inteiramente pela família AFAITATIS, uma das mais ricas da Europa e principais credores de Carlos V de Espanha, de Eduardo VI de Inglaterra e até mesmo do próprio rei de França.

Esta família de banqueiros , oriundos de CREMONA veio viver para Portugal para a que é hoje a Quinta dos Loridos, actual propriedade do Snr. Joe Berardo, para acompanhar de perto todo o projecto das nossas descobertas e gerir os seus negócios.

Mas como é que tudo evoluiu ?

Com a descoberta do Caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1492, as actividades comerciais de Veneza, (que esta detinha há mais de 200 anos ), transferiram-se para Lisboa, transformando o seu porto no maior Entreposto Comercial Europeu, por ser a plataforma ideal para a distribuição das mercadorias orientais para toda a Europa.

Portugal, aberto ao livre comercio, foi então durante cerca de 10 anos o País mais rico da Europa !!!

Mas, perante tanta riqueza, o Rei D. Manuel, pensando ser o dono de tanta riqueza, mandou cobrar impostos (a dízima) sobre essas mercadorias e, como consequência, as armadas começaram a ir directamente para a Flandria, primeiro para Bruges e depois para os restantes portos dessa região, principalmente para os que são hoje os portos de Antuérpia, Roterdão e Amsterdão!

Entretanto o Banqueiro Afaitatis morreu, não se soube mais da viúva e seu filho o cabeça de Família, Juan Carlos, foi viver para o Castelo de Selsaeten, nos arredores de Antwerpen..

Com esta alteração e a Expulsão dos judeus de Portugal, (condição expressa pelos reis católicos Fernando e Isabel para que D. Manuel pudesse casar pela terceira vez com a Infanta D. Isabel), os banqueiros, quase todos judeus, deixaram também Portugal, tal como já tinham deixado Espanha.

Com eles foi também para a Flandria um grupo de famílias de banqueiros Portugueses, que foi considerado o grupo mais poderoso de todos, entre os quais se destacavam os Ximenes, os Teixeiras de Sampaio e os Duartes, mas o mais importante de todos foi o Barão Rodrigues Ximenes de Evora , conhecido como the Little King.

(Ainda hoje existe uma placa comemorativa na Rua Meier em Antuérpia no local onde existiu o seu estabelecimento.)

Por esta razão Portugal passou de rico a pobre e ficou na miséria!

Portugal nunca mais recuperou a sua grandeza, vivendo depois disto sempre com altos e baixos, como chaga que jamais se cura.

Depois do 25 de Abri foram tomadas medidas devastadoras para o País e hoje, tal como no passado, continua-se agravando cada vez mais a crescente miséria em que já nos encontrávamos.

Passa-se mais tempo numa renhida luta entre e dentro dos partidos do que na Governação do País!

E A HISTORIA REPETE-SE PERANTE A IMCOMPETENCIA, MEDIOCRIDADE, AMBIÇÃO DO PODER E INTERESSES PESSOAIS de grande parte DOS POLÍTICOS GOVERNANTES.

TUDO TAL E QUAL COMO NO TEMPO DE D, MANUEL PRIMEIRO!

Nos dias de hoje continuamos cronicamente na mesma!!!!!!

Contudo: " O FUTURO ESTÁ SEMPRE NA ESPERANÇA "

Aos 7 de Julho de 2005

João Augusto Graça
Comandante Sénior de Linha Aérea (B 747)
Reformado TAP

Nota actual: Nesta data não faço ideia do que o futuro nos reserva, não vejo qualquer luz ao fundo do túnel; antes pelo contrário, vejo não só o nosso País, como todo o mundo, completamente desgovernado, não acreditando na resolução dos problemas actuais com a simples ajuda aos Bancos porque com este sistema só se resolve possivelmente os problemas de uma macroeconomia, o dinheiro fica acumulado e não circula, serve apenas para novos empréstimos ao povo, que já está vivendo abaixo da miséria.
Este sistema não faz crescer a riqueza porque o povo, que é quem paga os impostos, acaba por não ter dinheiro.
O dinheiro só circularia se desenvolvesse ao mesmo tempo uma microeconomia e então haveria dinheiro a circular.
Eu concordo plenamente com uma máxima de um economista alemão, Snr. Jean Paul Kauffman que diz :

A economia depende tanto dos economistas como o tempo depende dos meteorologistas.

Com este conceito chegamos à conclusão de o que necessitamos é apenas de bons gestores mas acho que necessitamos, acima de tudo, de uma boa reestruturação para encontrar um equilíbrio entre a produção e o consumo.

Este é o meu ponto de vista.
Aos 24 de Novembro de 2008
João Graça

2 comentários:

julio disse...

Foi realmente assim que assim aqui chegamos, e de tal sorte, aqui estamos.
Mas ainda em nossas costas pesa a carga da igreja, tendo mesmo de andar de joelhos e sempre em falta e devendo a deus.
Esses direitos todos que temos não sevem para nada.
A nossa dívida para com deus é impagável, e ainda que os nossos direitos fossem supridos, muito ainda falatria para saldar a divida celeste.

Vivemso assim entre duas ameaças:
a do céu, grandes tempestades e trovoadas e a ameaça do inferno;
da terra pauladas, impostos, promessas e esperar.
Esperança? Ainda? Acho que esperar o que nunca vem é o máximo que a maoiria pode fazer.

JSL disse...

Como aprendo e posso levar avante uma nova armada. Esta sim pelos "ares" de Portugal ...

www.gov.blogtok.com

Um texto que sem alterar qualquer virgula tem lugar cativo numa teoria para uma nova forma de governar...

Governar com arte é governar para todos.

JSL