A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Texto que nos chegou...

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Àqueles que olham com desconfiança a Lusofonia.

Para os lusófonos, independentemente da sua naturalidade, que olhem para os símbolos portugueses e para os profetas da "nossa" mística, temos de lhes lembrar que esses símbolos – as Quinas Sobre a Esfera Armilar – e as profecias saídas da pena de ilustres representantes da nossa filosofia, remontam ao Portugal dos Descobrimentos, do Portugal Global que se espalhou pelo mundo e que findou em 1580. Aquele Portugal que é afinal o tronco comum da mesma árvore que representa os povos falantes da língua portuguesa, descendentes dessa mesma cepa pela via genética e cultural. A sua génese é tão profunda quanto a nossa história comum e infelizmente reflectem muito pouco do Portugal estrangeirado de hoje: do ibérico, do afrancesado, do americanizado, do europeu com ideais saxónicas e nórdicas.
Os símbolos ancestrais não devem causar nenhum tipo de déjà vu, de fantasmas passados do imperialismo – aliás algo que foi mais fama, criada pelas nações alheias à nossa filosofia e que ficou comprovado no pouco proveito que tivemos em comparação com essas mesmas nações. Apesar de alguns desses poucos símbolos continuarem a representar a nação portuguesa, não são mais do que ecos abafados desse passado empreendedor.

Para o luso-descendente que procure Portugal pela tradição, pelo regresso às origens, pelo sentido da busca do fio condutor dos seus antepassados, dificilmente o encontrará no Portugal visível de hoje. Os que temem um novo colonialismo, não terão razão alguma porque um país amnésico e sem o músculo que construiu o nosso tronco comum, não poderá liderar nenhum processo como o finado Portugal quinhentista: não vai além do símbolo que por si só representa.
Terão que ser os seus "filhos" a emanarem a nova onda civilizacional lusófona depois da sua necessária emancipação e não o ancião do qual se poderá esperar mais do espírito e menos do corpo, tal como o avô que conta as suas histórias e os seus ensinamentos aos seus netos…

Quem quiser encontrar de facto a tradição, pelo regresso a casa, pelo sentido da busca do fio condutor só terá os velhos símbolos que pertencem não só aos portugueses do rectângulo formal na orla da península ibérica e suas ilhas, mas por herança a toda a civilização lusófona – em especial a todos aqueles que se revejam nesse projecto quinhentista das Descobertas, todos eles são os seus dignos herdeiros!
Quem olhar para os profetas e as suas profecias, compreenderá que elas não se dirigem, como nunca se dirigiram à grandeza de Portugal como nação, mas à sua instrumentalização e sacrifício como construtora do utópico mas possível Quinto Império, imortalizado pelas Quinas, que por força teimam em continuar. Compreenderá que elas se dirigem a um movimento civilizacional alicerçado nas diferenças, mas onde importa menos as nações e mais as pessoas: a sua cultura, a sua língua e de um modo geral uma filosofia comum que torne de facto a partir de nós, os representantes da lusofonia – os propagadores da Luz – todos os outros povos mais fraternos.
Como diria o Pessoa, no dia em que a utopia se transformar em realidade, Portugal como Símbolo desaparece, o avô descansará em paz porque a sua missão ficou cumprida.



Eurico Ribeiro

1 comentário:

Ariana Lusitana disse...

Bom trabalho, a minha vontade de não ler não mudou. De «profecias» ainda menos.