A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 16 de novembro de 2008

Sobre o estado da educação neste país...

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1. Fiz todo o meu percurso liceal no ensino público, em várias escolas. Fui várias vezes delegado de turma e cheguei a ser Presidente da Associação de Estudantes (na Escola Secundária dos Anjos, entretanto extinta).

2. Mesmo enquanto Presidente da Associação de Estudantes, sempre fui muito céptico em relação ao “poder dos alunos” no sistema de educação. Para incredulidade de muitos dos meus colegas, fui contra uma greve a respeito da PGA (Prova Geral de Acesso). Na altura, a Escola Secundária dos Anjos deve ter sido das poucas escolas secundárias deste país, senão a única, que não aderiu formalmente a essa greve…

3. Na Universidade, mantive-me à margem de todas as Associações de Estudantes, ainda que observando sempre o que se passava. Cada vez mais, nestas últimas décadas, fui constatando que a orientação tem sido, nos diferentes graus de ensino, fortalecer esse poder dos estudantes, inclusive na elaboração dos programas.

4. Lembro-me, por exemplo, de, ainda no secundário, ter preenchido um inquérito de avaliação dos docentes. Os resultados foram os (por mim) esperados: quanto mais exigente era um professor, pior classificação tinha, em geral, por parte dos estudantes. Lembro-me, na altura, de sentir a injustiça disso para com, em particular, o meu professor de matemática – João Almeida, julgo que era esse o seu nome…

5. Nada de surpreendente. Como toda a gente sabe (mas escamoteia), a maior parte dos estudantes, sobretudo na fase da adolescência, quer trabalhar o menos possível. Limita-se, quanto muito, a estudar (o mínimo possível) os programas, apenas com o propósito de passar o ano. Leituras “extra-programa” é, quanto muito, uma boa anedota…

6. Não sei como estão os programas actualmente. No meu tempo, já eram muito maus. Hoje, pelos ecos que recebo, devem ainda ser bem piores. A bem, claro está, dos estudantes…

7. Com programas cada vez piores e com professores cada vez mais manietados (inclusive pelos estudantes), não admira que tenhamos chegado à actual situação. Aparentemente, as coisas estão bem: os exames foram de tal modo facilitados que até em matemática temos, actualmente, uma “média europeia”. Na verdade, as coisas estão muito mal…

8. O pior, contudo, nem é que estejam mal. É que não se veja qualquer perspectiva de melhoria. A esse respeito, qualquer mudança ministerial é irrelevante. A questão é muito mais grave. Trata-se de inverter todo um paradigma sedimentado ao longo de várias décadas: o de que a aprendizagem deve ser algo de essencialmente lúdico, que dê prazer ao aluno, algo que implique pouco ou nenhum sacrifício…

9. Por isso, quando hoje vejo e ouço os estudantes a protestar, apenas me pergunto: ainda mais?!...

2 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

Hum, também andei - e agora bem me arrependo - na greve contra a PGA (e bem me arrependo), apareci inclusive na RTP de dedo em riste e a cantar o "ó ministra, ó ministra, anda cá, anda cá, vira o..." e etc., o que caiu muito mal lá em casa quando, em família, se viu o telejornal...

Não sei porquê, julgava que nos separava um fosso maior de idades.

Romeu disse...

Meu Amigo,parece-me que estou assistindo à reprise de um filme por demais conhecido!
A situação, aqui, no Brasil, não difere muito,melhor,quase nada!
Aqui,em São Paulo,especialmente nas escolas públicas(que,a bem da verdedade,já foram de excelente qualidade),enconta-se arraigado o mesmo problema: professores desmotivados,pelos baixíssimos sálarios pagos pelo governo estadual; aqueles que ainda se dignam a exercer esse verdadeiro sacerdócio são simplesmente execrados pelos alunos,pelos pais!
É triste! A escola,hoje, por determinação dos modernos responsáveis pelos assuntos pedagógicos, tornou-se um lugar de lazer, de brincadeiras, de bailes Funk, aonde os alunos vão para se divertir, para "zuar", como eles dizem. Tudo sob as vistas complacentes e "maternais" de diretores e diretoras que se dizem afinados com a moderna Pedagogia ou seria melhor dizer"pedagorréia"!