15. José Afonso
O Zeca Afonso não é da minha geração, nem faz parte da minha cultura musical.
Todavia, encontro nas minhas liberdades fundamentais uma dívida para os que como ele deram a vida pela liberdade, pelo fim da guerra colonial, contra a pobreza e a injustiça social.
É boa a criação do símbolo que nos permite recordar que alguém teimou em ter-nos amarrados, mão-de-obra para uso privado e não nos queria a voar. Eram mais ou menos assim, os fascistas do Estado Novo. Mas há muitos mais…
Creio igualmente que muitos há, que levantam o punho com o José Afonso, mas embora nem suspeitem são parecidos com os outros.
Como conheço mais o ícone José Afonso do que a pessoa não vou duvidar da sua generosidade na partilha. Sei que naquele tempo se confundiam facilmente intenções totalitárias com liberdade. De maneira alguma, me atrevo a dizer que tenha sido o caso. Mas não é que ainda hoje acontece com muito boa gente...
Luis Santos
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
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Donde vimos, para onde vamos...
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3 comentários:
Registo que desta vez não fizeste a apologia do regime chinês. Até porque, segundo a tua grelha de análise, é também um regime "fascista"...
Renato, acho que é uma confusão tua. Eu nunca fiz a apologia do regime chinês. Sou um defensor da Liberdade individual, e até da liberdade de não se ser livre, crítico da censura e da perseguição política, seja em Portugal, na China, ou outro qualquer lugar do mundo.
Quando falo em Socialismo de Mercado, que talvez possa ter alguma coisa do sistema político chinês, mas não à maneira da China, sobretudo, no que toca à censura e à perseguição política, é no vislumbre de uma maior justiça social, mais anti-clientelas partidárias, menos corrupção, enfim, de uma organização democrática mais esclarecida, mais eficaz, do que aquela que temos hoje.
Os Socialismos tal como as Democracias são sacos muito grandes, onde cabem muita coisa distinta. A minha preferência política vai para um sistema, seja ele qual for, que assenta numa tensão entre a máxima das liberdades para a máxima das igualdades. Como será que lhe hei-de chamar? Um dia destes te direi.
OK, Luís.
Iremos então continuando a nossa conversa...
Abraço MIL
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