Mãe, se eu fosse pastor haveria de dar um nome a cada pedra deste caminho Mãe, se eu fosse vento arrastava a miséria para a cova mais funda Mãe, se eu fosse flor daria pétalas que seria como pão de boca em boca Mãe, se eu fosse presidente o pai não seria mandado para Longe Mãe, se as minhas orações fossem atendidas o mar não banhava a nossa casa Mãe, se sonhar fosse mais que um sonho a minha irmã festejava hoje os seus vinte anos Mãe, se eu pudesse ser hoje homem duro cobrava o sangue que nos foi roubado Mãe, achas que o silêncio tem vocação animal? Achas que a força é um monstro que se domestica? Diz-me como se alcança o azul fluorescente Fala-me da amoreira que fecundou lindas meninas Pode o silêncio ser combatido com raticidas? Mãe, o pai disse que vinha já e não veio, lembras-te? Por que é que hoje não há cheiro a bolo de chocolate e não me tocas no cabelo? Mãe, o que significa a bandeira preta? Por que é que te finges morta? Mãe, mãe, mãe! |
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A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008
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1 comentário:
Belo texto, sentimento e humanidade. Bye. Ibernise
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