É sempre doloroso voltar à mátria, por uns dias, sabendo de antemão, que o regresso definitivo será sempre e eternamente adiado, neste país sem futuro que leva as gentes a emigrarem e imigrarem para buscarem esse bem furtivo que é o direito ao emprego. Regressado à terra, houve tempo para observar as pequenas mudanças que se registaram em doze meses de ausência e constatar a novidade e qualidade do novo Museu de Arte Contemporânea. Algumas lojas fechadas indicavam inequivocamente que a crise já tinha chegado aqui e o pequeno comércio continuava a fechar as suas lojas nesta voragem de modernidade que tudo consome.
Como é sabido, o regresso anual não é uma peregrinação de emigrante, mas antes uma missão encetada há uma meia dúzia de anos, de trazer até aqui um importante debate sobre a Língua e Cultura Portuguesa, no âmbito dos Colóquios da Lusofonia.
Já é longa a lista de sucessos obtidos por esta organização da sociedade civil composta por pessoas de boa vontade e muita dedicação. Em 2004 fizemos a campanha que ajudou a salvar o Ciberdúvidas, em 2005 assistimos ao lançamento do Observatório da Língua Portuguesa integrado na CPLP, em 2006 lançamos a primeira pedra para a criação da Academia Galega da Língua Portuguesa, em 2007 o 1º Prémio Literário da Lusofonia patrocinado pela Câmara e fomos os primeiros a discutir e lançar as bases da discussão pública que viria a culminar na assinatura do Acordo Ortográfico. Em 2008 já demos continuidade à discussão sobre o Acordo ortográfico no 3º Encontro Açoriano da Lusofonia e à concretização desse grande projecto que é a Diciopédia ou Dicionário Contrastivo da Língua Portuguesa e Dicionário de Açorianismos, e terminou-se o Colóquio deste ano para assistir a esse acto histórico que é o primeiro acto oficial da Academia Galega da Língua Portuguesa nascida de muitos labores e lutas com o apoio destes Colóquios.
Este ano falou-se da «Língua Portuguesa e Crioulos: um enriquecimento biunívoco». Para isso teve-se como convidado de honra João Craveirinha, moçambicano, escritor e artista plástico, além de inúmeros especialistas na área como, por exemplo, as investigadoras Dulce Pereira e Helena Anacleto-Matias que, com ele, tiveram uma sessão de apresentação e autógrafos dos seus livros. Igualmente foi possível trazer de novo a Bragança os dois académicos que em 2007 acederam a serem patronos deste evento: Malaca Casteleiro da Academia de Ciências de Lisboa e Evanildo Bechara da Academia Brasileira de Letras, mas a grande surpresa foi conseguir trazer o Professor Adriano Moreira, Presidente da Academia de Ciências de Lisboa e o Vice-Presidente, professor Artur Anselmo. Presentes cerca de seis dezenas de pessoas do Brasil, Portugal, Moçambique, Reino Unido e Galiza que ao longo de quatro dias além de debaterem a «Língua Portuguesa e Crioulos: um enriquecimento biunívoco», prestaram uma Homenagem contra o esquecimento pelo 4º centenário do PADRE ANTÓNIO VIEIRA e pelo 1º centenário de VITORINO NEMÉSIO, além do habitual tema de Estudos de Tradução. Enquanto a tradução de obras portuguesas não estiver suficientemente difundida, a língua portuguesa não pode alcandorar-se ao nível de reconhecimento mundial doutras línguas. Começa a haver um certo número de traduções de livros de autores portugueses, mas é altamente deficiente e deficitária. Uma das formas de preservar a língua é através da tradução. Só a tradução de obras permite a divulgação, algo muito importante na preservação da língua. Por exemplo, a tradução das obras de Saramago nos EUA atingiu um milhão de leitores novos, igualmente a tradução de autores açorianos nos EUA e Canadá, fez disparar as vendas desses autores praticamente ignorados no mercado nacional.
Este ano estiveram representadas as seguintes entidades:
Academia Brasileira de Letras
Academia de Ciências de Lisboa,
Academia de Letras de Brasília,
AGAL Galiza;
Associação pró Academia Galega da Língua Portuguesa,
blogue A Bem da Nação,
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa,
Clube dos Poetas Vivos (Galiza),
Direcção Regional do Ministério da Cultura (Norte)
Escola EB2,3 Augusto Moreno (Bragança),
Escola EBI Maia, S. Miguel, Açores,
Escola Secundária, Abade de Baçal (Bragança),
Escola Secundária Madaragoa, Corunha, Galiza
Escola Secundária do Monte de Caparica,
Escola Secundária Miguel Torga (Bragança),
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança,
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal,
Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Instituto Politécnico do Porto,
Movimento Cívico Linha do Tua,
Movimento Internacional Lusófono,
Universidade do Algarve,
Universidade da Beira Interior,
Universidade de Évora,
Universidade de Lisboa,
Universidade do Minho,
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro,
Universidade Estadual de Santa Cruz da Bahia, Brasil,
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
Universidade Lusófona,
Universidade Mackenzie de São Paulo,
Universidade de Nottingham no Reino Unido,
Universidade de São Paulo Brasil
Chrys CHRYSTELLO
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
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