Sem dúvida que o tema da "Lusofonia" começa a ficar cada vez mais entrosado na sociedade e na política portuguesas... O próprio ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu recentemente que a "Lusofonia" era a prioridade para o Governo de Lisboa e que, nesse sentido, Portugal iria aprofundar todas as vertentes da cooperação. Reforçando esta reorientação da política externa portuguesa, Augusto Santos Silva, o ministro dos Assuntos Parlamentares acrescentou: "A lusofonia é uma prioridade, não só para mim, como para todo o Governo". Existe desde 2007 um "Fundo da Língua Portuguesa" para financiar projetos dedicados à divulgação e ensino do português nos países de expressão portuguesa, um fundo a que o governo de Lisboa apelou a que outros países da CPLP se juntassem, um apelo que até agora não encontrou ecos... nem no Brasil.
Santos Silva definiu que, neste domínio, Portugal iria concentrar estes apoios na área do apoio à comunicação social, um apoio a materializar quer na área técnica, quer através do aumento da disponibilidade da RTP até todos os países lusófonos, como por exemplo pelo apoio dado pela RTP ao lançamento de um segundo canal de televisão, em Moçambique. Todos estes movimentos da diplomacia e da cooperação portuguesa deviam ser re-orientados para uma vertente lusófona que nunca foi uma das suas prioridades. Esgotado que foi o modelo de "desenvolvimento europeu", onde foram malbaratados milhões de euros de ajudas europeias, "dadas" a troco do encerramento de largas parcelas da indústria e agricultura portuguesas. Espanha, começou por ser a primeira prioridade da política externa do atual governo Sócrates (uma prioridade expressamente declarada em várias ocasiões) e não deixa de ser compreensível e até razoável ou incontornável que Espanha desenvolva um papel predominante na política externa portuguesa, não somente pela intensidade das relações económicas entre os dois países, como até pelo simples facto de ser Espanha a única fronteira terrestre portuguesa e pela proximidade de temperamentos e culturas entre as duas margens da raia... Mas Portugal deve recentrar esta ligação com a Espanhal, focando estes contactos nas relações inter-regionais. Aproximando a Galiza com o norte de Portugal, o Alentejo e o Algarve com a Andaluzia, e assim por diante. Recentrando a política externa nas regiões, aproximamos as pessoas, que por necessidades económicas e proximidades culturais e linguísticas já têm laços mais fortes do que aqueles que qualquer diplomacia pode estabelecer... Portugal deve ter um papel predominante na refundação de uma "Europa das Regiões" várias vezes prometida e nunca cumprida... e de permeio, assentar os alicerces para uma aproximação dos povos ibéricos de matriz lusófona (Portugal e a Galiza) e lançar os esteios que um dia permitirão a Portugal abandonar essa decrépita, desalmada e economicista Europa, mandada e "gerida" pelos Senhores do Norte e re-encontrar na Lusofonia e no Atlântico o seu verdadeiro destino... juntamente com os nossos irmãos galegos.
Fontes:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=109158
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1335626
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Do atual recentramento "lusófono" da política externa portuguesa e de alguns caminhos que daí poderiam advir...
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