O dia começou de forma promissora: com a certeza de que a NOVA ÁGUIA voará em breve até Cabo Verde…
Ao almoço, no Círculo Eça de Queirós, agendou-se mais um lançamento no Brasil: a 5 de Novembro, em Brasília…
Mas hoje era, sobretudo, o dia do primeiro lançamento do segundo número, na Associação Agostinho da Silva. Ainda não tinha sequer visto a revista, “em corpo”. Só quando o Alexandre (Gabriel) chegou, já em cima da hora. Com a ajuda dos muitos amigos presentes (Manuel João Croca, Samuel Dimas, António José Borges, Filipe Gomes, Rui Lopo, Romana…), de imediato as transportámos lá para cima, onde já nos esperava uma sala cheia. Sala demasiado pequena para o número de pessoas presente…
Pedindo desculpa às pessoas que tiveram que ficar em pé, fiz então (dada a ausência do Paulo Borges, que tinha aulas) a apresentação da revista, folheando-a pela primeira vez… Eu gostei. Muito. E isso me basta…
Depois, passei a palavra ao Professor Manuel Ferreira Patrício, nosso insigne colaborador e, para além disso, Presidente da Associação Marânus, sede norte da NOVA ÁGUIA, que fez uma alocução muito sentida sobre o (não) estado da Pátria e da importância da NOVA ÁGUIA em relação isso…
Decerto, não é a nós que cabe “salvá-la” (de “salvadores da Pátria” está o inferno cheio…), mas importa sentir o seu peso sobre os nossos ombros. Eu sinto-o. Muito. E isso me basta…
Fez-se então um ligeiro intervalo, para a segunda parte da sessão, sobre a relação entre “Fernando Pessoa e Agostinho da Silva”. Não estando o José Manuel Anes (por motivos de saúde), começou por falar o António Teixeira, sobre “Fernando Pessoa e a Rosa do Encoberto”.
Por ter tido que falar com várias pessoas, acabei por não ter ouvido, com a devida atenção, a palestra. Também por já estar cansado. De tal modo que abdiquei mesmo da minha: era já tarde e havia ainda que dar algum tempo para o debate. Que, apesar do adiantado da hora, foi muito animado: em particular, pelo Pedro Teixeira da Mota. Ainda que, por vezes, se tenha resvalado para algumas questões a meu ver mais “excêntricas”. De tal modo que, a certa altura, a propósito da “existência do eu”, me senti obrigado a dizer: “nem tudo o que é (alegadamente) ocidental está errado”. Voltarei a isso um dia destes. Importa, a meu ver, revalorizar o sentido da ocidentalidade…
Ah! E ainda houve tempo para pré-agendar um lançamento na "Casa de Goa". Cada vez mais MIL...
3 comentários:
Mail que nos chegou...
Bom dia
"De tal modo que, a certa altura, a propósito da "existência do eu", me senti obrigado a dizer: "nem tudo o que é (alegadamente) ocidental está errado". Voltarei a isso um dia destes. Importa, a meu ver, revalorizar o sentido da ocidentalidade…"
Sobre esta opinião, deixo a sugestão de leitura da não lusa escritora e esoterista "Dion Fortune" que tem exactamente a mesma opinião de que há certamente uma via espiritual ocidental própria, e que desta feita se torna perigoso para o Homem Ocidental abraçar práticas de outros quadrantes antes de compreender a sua própria via!
Quanto ao evento de ontem tive um enorme prazer de estar presente, e de o conhecer finalmente, bem como algumas das pessoas presentes. Os meios electrónicos são essenciais mas nada substitui as relações humanas e o contacto físico!
Obrigado pela publicação integral do texto, o que é uma enorme honra, esperando que seja um bom contributo temático para o sucesso da revista e mais ainda do projecto da Lusofonia (...).
Mais uma vez, um forte abraço MIL...
Eurico Ribeiro
Bem lembrado.
O que será uma via espiritual ocidental ou oriental própria !? E, noutro nível de entendimento, o que haverá na espiritualidade ocidental que não tenha vindo do Oriente, desde o paganismo indo-europeu ao cristianismo?
Enviar um comentário