A inconsistência da actividade humana está em basear-se no saber-fazer ignorando o saber-ser de modo total. Desde o princípio, a pessoa é ensinada a como actuar na vida, e pouco ou nada a ser quem é. Porém, enquanto não entender inteiramente quem é, é incapaz de saber qual é o seu real papel e a sua acção. Pois como se pode correr para a meta sem haver entendido onde começa a corrida? Como se pode agir adequadamente sem antes haver percebido quem é o agente? E assim, sem haver percebido qual a natureza da sua acção.
Nesta realidade física, o Homem é o seu corpo, e o corpo só age fundindo-se com a acção, ou seja, o ser humano torna-se totalmente na acção que pratica, deixando de ser quem era para passar a ser esta. Assim, quando esta não reproduz o agente, este deixa de existir, pois se não se é a si nem a acção que executa nada mais é:
a sociedade humana não incita as pessoas a serem o que são, ensina-as a nada serem.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008
A visão partida cega os olhos para a partida
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17 comentários:
Inteiramente de acordo, Ana. Só uma observação: "nada", em português, vem do "nata" latino; nada é aquilo que nasce como algo diferenciado, como uma coisa diferenciada ("res nata"), como aquilo que "é". Neste sentido, podíamos inverter o raciocínio e dizer que a sociedade humana, incitando as pessoas a serem (isto ou aquilo), ensina-as a nada serem. A mentalidade dominante, a luta por se ser algo ou alguém, ou a convicção de se ser algo ou alguém, é o verdadeiro e mais profundo niilismo.
Inteiramente? Hmm, devo estar errada.
Pode-se estar de acordo com o sentido ou um sentido do que é dito e, por isso mesmo, não se estar com a forma que assume...
Uma observação à observação (correcta) do Paulo no seu primeiro comentário:
Precisamente por isso - por "nada" ser sempre, ainda, aquilo que "é" - é que nas línguas latinas surge a aparentemente estranha construção negativa: se não fôssemos alguma coisa, "não seríamos nada".
(o mesmo em francês: "ne rien être", em que o "rien" ("nada") vem do latino "rem", "coisa")
Isto fica talvez mais claro se repararmos que quem fica calado "não diz nada", "ne dit rien", ou que quem não dá uma ajuda "não ajuda nada".
Se concordo com a observação, já não acompanho a aparente simplicidade da "inversão" a que o Paulo procede a seguir: como raciocínio em sentido estrito, quero dizer, porque obviamente o acompanho na crítica à abjecção burguesa do "ser alguém na vida".
Já a "convicção de ser" é outra conversa, e outra conversa terá de ser que esta vai longuíssima para comentário...
A palavra "ser" é de facto tão estranha como a palavra "nada", e nisto também acho que língua e filosofia não são separáveis :)
:) Sou uma libertina quanto ao sentido "oficial" das palavras... ainda estou a aprender a usá-las.
Se algum sentido nelas descobrirem já é um milagre...
E corrijam-me, sempre.
Agradeço e aprecio a observação do Casimiro, que acompanho no que respeita à questão do "nada", embora daí tiremos conclusões diversas. Acrescentava uma nota: há quem sustente que "nada" resume também uma expressão latina - "nulla res nata", nenhuma coisa nascida - , que não remeteria para a noção de não-ser, mas antes de não diferenciação, não determinação ou não manifestação, não como o que a nega mas o que a desconhece. O "nada" português e castelhano não poderia ser assim confundido com o não-ser, como mera negação do que é ou da determinação, inerente a outras línguas europeias: N-ichts, ni-ente, no-thing, né-ant ou mesmo o oud-en grego...
Na perspectiva da sua etimologia luso-castelhana melhor se compreende que "Nada" se assuma, nalguma teologia e filosofia ocidental (Eckhart, Eriúgena, Silesius, Pascoaes, Pessoa, Agostinho da Silva, entre outros), como designação de Deus, do absoluto ou do mistério, além do ser e do não-ser, além das categorias antinómicas da razão humana.
Já agora, a respeito do "ser", parece que em português e castelhano procede do latino "sedere", estar sentado, redidir, estar em repouso, o que remete para a sua dependência de algo anterior que, em relação a si, surge como um fundo ou fundamento: o "nada", na perspectiva que expus, como ausência de determinações que, por isso mesmo, é a fonte ou o sustento de todas as possíveis?...
Na verdade, estas considerações metafísico-ontológicas são o fundamento de todas as posições que tenho sustentado, neste blogue e noutros lugares.
"redidir" leia-se "residir".
Ainda na questão das palavras, curiosissimo o caso francês (não sei se há outros) com a presença das duas palavras "rien" e "néant": este permite a clareza do verbo "anéantir", decerto mais expressivo para um falante francês do que o nosso "aniquilar". Claro que aqui é o "néant" que está em causa: só esse.
Por isso, Paulo, as nossas "conclusões diversas" não requerem reexaminar Eckart e Silesius - na parte que aqui, na Nova Águia, é relevante.
Há um Nada "centrífugo": o misterioso Nada divino (que a própria mística cristã, que não abandona facilmente a questão da pessoalidade de Deus, por vezes toca), o "Deus atrás de Deus", chame-lhe o que quiser: o Nada anterior à primordial manifestação, a Fonte única das coisas, o Pleroma. Tudo isso.
Tudo isso deixo a místicos, poetas e físicos nucleares. Ou, masi prosaicamente, a outros movimentos, outros blogues, outras circunstâncias. Posso ocupar-me dele aqui, mas aqui ele não me preocupa. Ai de mim se para julgar o Acordo ortográfico tivesse eu que saber o Pleroma (embora seja isso que a Anita sugere no seu texto), se para reconhecer a minha Pátria tivesse que rasgar o véu das divindades.
Mas - e quem diria que isso aqui, na Águia, viria a ser um tema fulcral?! - há um outro Nada. Um Nada centrípeto. Nele não há generosidade mas voracidade. Não é fonte, mas abismo. Não gera, mas aniquila. Não doa, mas dissolve. Não sustém, mas detém. Não produz, mas seduz.
Dito em Português-língua: talvez haja um Nada que é suporte do Ser; mas o que a todos aqui tem sido patente é que há também um Nada para quem todo o ser é insuportável.
Não sei se me vai dizer que sou tão dualista que até o Nada quero dividir. Brincando mais um bocadinho com as palavras, responderei que o verdadeiro ser nada divide...
"o verdadeiro ser nada divide"...
e daí que nos deixa com mais nada a dizer...
e talvez com toda a vontade de
o... di-ser.
Casimiro, para quem o vive, sobretudo na mística cristã, o Nada divino é bem mais centrípeto do que centrífugo... E nunca ninguém lamentou ser sorvido para esse Abismo, a não ser quem se apega demasiado a pensar ser isto ou aquilo... Falo sempre da mística cristã, onde realmente a aniquilação assume um valor espiritual eminente, como também na islâmica... Nas outras tradições, o que acontece é mais um sorriso desperto perante tantos artifícios conceptuais e consequentes angústias psicoógicas.
Quanto a este não ser um espaço para estes debates, sempre pensei, na minha tendência arqueo-lógica, que só se podem compreender as realidades derivadas a partir da sua fonte primeira. O que parece é que há quem queira elevar realidades derivadas ao plano de questões primeiras. A isso chama-se perversão e idolatria, uma das formas do pecado, sobretudo na tradição judaico-cristã. Noutras tradições chama-se ilusão.
Um tenor, um barítono e uma cigarra dentro da tuba, vou para o meu nada do sono.
Ora, Paulo, exactamente: "para quem o vive" (na mística cristã, quero dizer). Era - ou é - uma tradição que distinguia os eremitas dos pregadores, os contemplativos dos bispos, e todos estes dos príncipes, navegadores, artesãos e camponeses. Por isso, se nunca ninguém lamentou ser sorvido, também raramente alguém convidou ou induziu outros a serem-no, muito menos propôs fazê-lo colectivamente (vou excluir daqui grupos como os "fraticelli").
Em Aljubarrota estavam presentes o Mestre de Aviz e o Mestre de Cristo (e, julgo, o Mestre de Santiago nas hostes castelhanas): nenhum deles, antes do confronto, denunciou como ilusão as espadas do adversário ou - o que seria traição maior - as da sua própria hoste.
Também não sei - julgo que os cronistas o não referem - se eremitas terão sido recrutados à força para algum dos campos: se o foram, não o deveriam ter sido por razões éticas - e por razões tácticas: só foram decerto atrapalhar os cavalos. E se na decisão de confiar ao Gama a jornada da Índia tiver pesado a sua sisudez, e não o seu sorriso, isso só demonstra a meu ver a prudência do nosso grande D. João II.
É esta a tradição cristã, e foi essa que atravessou o Mar.
A tradição islâmica - pois. Que pena não ter surgido aqui ainda ninguém para nos falar dela. Ou do olhar que Guénon e Corbin sobre ela lançaram. Mas espero que lá cheguemos.
Nas "outras tradições" (mantenhamos o eufemismo) é verdade que há um sorriso - que se não encontra quase nunca nas antigas imagens dos santos cristãos. Estes, em contrapartida, costumam ter os olhos bem abertos, e não é por acaso...
Mas, e mais importante, eu não acho que este não seja espaço para estes debates - sacrifico de bom grado o tempo de que poderia dispor para opinar sobre a oportunidade das lanchas guineenses a uma boa conversa sobre a oportunidade das avalanchas do amor; na primeira oportunidade voltaremos à nossa Ilha dos Amores camoniana, sobre a qual tenho muito a aprender consigo. Por isso temos conversado tanto; e da mesma forma estou persuadido de que se daqui não tivesse sido (tão simbolicamente!) expulso o nosso luciferino amigo comum, já com ele me teria também amigavelmente engalfinhado, como aconteceu em tantos outros lugares mais próprios, sobre subtilíssimas (ou abissais) questões de primeira importância.
Não se trata de nada disso - do meu ponto de vista. Trata-se de puro assombro.
Eu estou a escrever num blog que está associado a um Movimento - o MIL.
Posso compreender que, tendo escolhido como sinal a Águia e não a Ratazana, se não queira como um lobby, um partido ou uma facção; não posso compreender que se não queira mover.
Posso compreender que queira ordenar (não "compreender") a sua acção de acordo com a hierarquia das realidades; mas abisma-me que essa hierarquia qualifique toda a acção como ilusória - sem que o MIL suspenda de imediato toda a acção.
Estou aberto aos argumentos todos a favor da superação da "identidade": isso não me pode, por razões de estrita lógica, fazer concluir que é essa então a identidade do MIL.
Estou pronto a escutar quem me proponha a dissolução de todos no Todo (ou no seu Nada): no instante em que aquiescer, proporei, como última acção minha, a dissolução do MIL.
Quanto a pecadores e idólatras, vamos a eles. Mas - como o Paulo sabe - quer a tradição cristã quer principalmente a sua história avisam-nos também para o perigo de os ver em todo o lado.
E tudo isto é assombro, Paulo, porque se há um traço comum no património literário, filosófico e espiritual que o MIL e a Nova Águia escolheram e acolheram - é uma visão hierárquica do Real, em que as coisas, mesmo as que não são as "realidades primeiras", têm todas o seu justo lugar.
Até a Pátria.
Eis, enfim, a crucial questão...
Caro Amigo, perdi uma longa resposta que tinha escrito e por isso aqui vai só um resumo. Creio haver no que diz vários equívocos: 1 - O que penso e digo a título individual só me vincula a mim e não o MIL, mesmo quando me pronuncio sobre o MIL; 2 - Creio que nunca propus qualquer dissolução individual ou colectiva no Todo ou no Nada: teria todo o direito para o fazer, o mesmo que outros têm para fazerem a apologia da identidade, mas nunca o faria porque não creio haver algo a dissolver nem um Todo/Nada no qual o dissolver; 3 - o facto de estar ligado ao projecto da NA/MIL não me obriga a sacrificar o meu pensamento a nenhuma tradição, património ou doutrina; todavia, o que hoje penso foi também formado numa relação interpretativa, já com mais de um quarto de século, com a filosofia e a cultura portuguesa; em particular, aqueles onde a NA/MIL mais se inspiram - Pascoaes, Pessoa e Agostinho da Silva - todos viram e disseram que o mundo, a realidade e as identidades convencionais que afirmamos são ILUSÃO, por mais que muitos olhos e ouvidos se fechem a isso; foi aliás nessa visão que fundaram a sua ideia de Portugal e do seu sentido; a visão de que o mundo é ilusão foi todavia para eles, como é para mim, uma boa nova: significa que dela podemos despertar ou, no mínimo, transformá-la em algo de melhor, convertendo-a em i-lusão, jogo criador, mediante uma acção desperta e por isso livre do apego ao sujeito e seus frutos; 4 - Onde é que vê, em Pascoaes, Pessoa e Agostinho da Silva, uma visão hierárquica do real? 5 - Já quanto à identificação da tradição cristã com Aljubarrota, D. João II, travessia do mar, etc., não o acompanho de todo e acho grave essa redução de uma via de redenção à sua institucionalização histórica numa dada nação; não foi por acaso que Pascoaes e Agostinho da Silva prezavam acima de tudo, na espiritualidade nacional, Prisciliano e os franciscanos espirituais.
Enfim, muitas outras coisas se perderam e ficam por dizer.
Saúde
Iara,
Quem me dera saber cantar como a cigarra... quem me dera...
Caro Paulo, estou aflito com falta de tempo e digo só que o li e responderei com o vagar que tudo isto merece.
Deixe-me só apontar-lhe três coisas:
No ponto 5, obviamente não "identifico"; se o fizesse, haveria redução grave. O Cristianismo não se corporizou nunca numa nação ou pátria, e ainda bem para ambos.
No ponto 4, suspeito que temos um mal-entendido sobre o significado de "hierarquia" que me faz lembrar a outra palavra "império". Depois explicarei melhor, mas deixe-me dizer-lhe que vejo hierarquia em tudo o que esses três mestres pensaram. Como o Agostinho pode parecer o mais "anarquista" deles, para simplificar muito, digo-lhe que vejo reconhecimento de hierarquia onde vir os símbolos da Coroa e do Globo-Mundo, como vejo nas Festas do Império do Espírito Santo. Se um dia vir um Espírito Santo com um barrete frígio, desconfiarei de vigarice. Vejo hierarquia onde vir uma referência à palavra "dignidade", para nos mantermos na etimologia das palavras. E onde houver fraternidade, porque a igual dignidade dos irmãos pressupõe a hierarquia em que essa dignidade assenta.
O ponto 1 preocupa-me muito.
Antes de mais, que fique claro que espero que não sacrifique nunca o seu pensamento a quaisquer circunstâncias "mundanas": por si e por nós, e agora este "nós" é bem mais amplo do que os aderentes do MIL ou os leitores da NA. A sua voz na cultura portuguesa (que por feliz acaso pude conhecer desde bem cedo) tem sido, no seu desabrochar ou caminhar, como preferir, de inestimável valor.
Mas - infelizmente - o que pensa e diz não o vincula só a si, desde o momento em que aceitou vincular-se (e com que responsabilidade!) na NA e no MIL. Então se eu fosse o presidente da Associação ANIMAL, poderia dizer "pessoalmente pelo-me por lutas de galos; agora a ANIMAL, sobre isso, entende que..."?
Em Portugal já tivemos pelo menos um Presidente da República monárquico: não era de esperar que se dirigisse à Nação, institucionalmente, no 5 de Outubro, celebrando a República, e no dia seguinte publicasse num jornal, individualmente, uma oração fúnebre pelo Senhor Dom Carlos.
E Trotsky teve toda a liberdade para confessar as suas dúvidas sobre a bondade da violência - até ao dia em que passou a Comandante em Chefe do exército bolchevique.
Por isso (e por muito menos do que isso) houve um dia em que Eduardo VIII de Inglaterra teve que escolher entre mudar a monarquia e mudar-se para duque de Windsor.
Mas tudo isto que eu digo pode vir afinal de insuspeitadas ambiguidades nos textos apresentados (os manifestos NA e MIL), no pensamento das respectivas Direcção e CC (esta, francamente, tão dificil de escutar como as ilhas encantadas do Camões, com as excepções que aqui neste blog conhecemos) ou de qualquer outra coisa. Pode vir de muito lado. A minha preocupação (note que não tenho mais onde a manifestar) é que isso faça com que não vamos a lado nenhum.
Com pena de não ter mais tempo agora, cordiais saudações
Casimiro
Casimiro, o que penso excede naturalmente os manifestos de que fui um dos responsáveis principais para a NA e o MIL. Estes são plataformas de entendimento, para uma acção que não recuso, embora a perspective de um modo diferente de vários dos meus companheiros. Acho, todavia, por respeito por mim e pelos outros, que tenho o direito à liberdade e sinceridade de tornar claro o modo como estou neste barco, por mais que isso destoe da tónica dominante e seja estranho ou impopular. Deste modo, pelo menos, não faço publicidade enganosa. E, para me referir aos seus exemplos, não vejo porque tenha de renunciar à visão que tenho do mundo - coisa que nunca poderia fazer - para estar no barco da NA e do MIL, que aliás são coisas diferentes. Não reconheço a ninguém o direito de me exigir isso e creio que a minha relação com a cultura portuguesa mostra que não há incompatibilidade entre isso e ver o mundo como i-lusão, até porque é assim que o vêem expoentes maiores da mesma cultura. O que é inaceitável é pretender-se criar uma ortodoxia cultural qualquer, portuguesa ou outra, patriótica ou trans-patriótica, em nome da qual não se possa pensar deste ou daquele modo, sob pena de se ser excomungado da barca da suposta salvação. É contra isso que me decidi bater-me, porque senti que havia esse risco neste blogue e neste movimento. Agora não pretendo converter ninguém nem pretendo seguidores. Prefiro que cada um siga o melhor de si mesmo. Espero que este movimento o seja de indivíduos e não de massas. Como vê, prezo bem mais do que parece a individualidade.
Saudações cordiais
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