A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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domingo, 14 de setembro de 2008

A união

A ética e a moral desde os mais antigos tempos andam irmanadas orientando a humanidade em todos os seus segmentos. Os nossos códigos desde Hamurabi até os mais modernos têm como fonte maior a ética para impor seus postulados à sociedade das mais primitivas às evoluídas.
A partir daí, outras linhas são traçadas no caminho da humanidade a indicar-lhe o direito sagrado à liberdade como um dogma importantíssimo para o conceito do chamado direitos humanos. A liberdade no campo dos direitos humanos se destaca com grande eloqüência no segmento da expressão livre para o desenvolvimento das idéias e da cultura, sem fronteiras físicas, psicológicas ou outros impedimentos secundários ou precários. A liberdade de expressão se harmoniza muito com o conceito de boa vontade do homem em sua plenitude de pensamento, como na lição de Kant “ nem no mundo, nem em geral, fora do mundo é possível pensar nada bom sem restrição, a não ser tão só uma boa vontade.”
Quando a obra do homem tem como ponto máximo a boa vontade, em todos os sentidos da vida, a plenitude dos direitos humanos se materializa de modo a engrandecer cada vez mais o homem. Quem expressa sua ideologia composta inteiramente do bem, não pode sofrer sanção como censura ou exemplo expresso para os demais. A sanção, quer seja com a pena; quer seja com a reprovação por mais leve que seja, afronta o corpo e a alma de quem pensa e de quem quer ver a fraternidade ser a fonte de toda harmonia e unidade entre os homens, independente de todas as diversidades em outros ângulos da vida.
Impor disciplina repressora a quem pensa bem, sem preconceitos, prejulgamentos é sobretudo atingir ( pode ser até involuntariamente) os direitos humanos da pessoa, coisa que é preservada e garantida por todas as Constituições dos Estados que elegeram a democracia como regra maior para a convivência.
É aqui e lá, em outras nações que sabem dar aos direitos humanos o lugar de destaque que a humanidade tanto lutou e tanto luta para vê-los eloquentemente implementados.
Quando se fala do bem comum, da fraternidade entre os homens, do crescimento das idéias, tudo vêm em seu apoio, como a ética, a moral, a ciência, a religião em todas as suas modalidades. A religião pode fazer parte da vida do homem, mas não pode impor rigorosamente regras exclusivas. Se este for o comportamento nas relações humanas onde a religião decide, a divisão dos homens se realiza, o que não é bom para a própria fraternidade e amor ao próximo, dogmas até divinos. A união entre os homens não pode ser ameaçada ou atingida pelo egocentrismo de uns em dentrimento do crescimento dos demais nas relações sociais, culturais e até religiosas. A contestação, a discussão nas relações humanas é importante quando o sentido é da união no crescimento global dos projetos desenvolvidos em quaisquer campos de atividade.

6 comentários:

Paulo Feitais disse...

Gosto muito do texto.
A ética, para mim, está aquém da sanção, como é mais radical do que qualquer moral. Mas isso é só uma coisa que me anda na cabeça.
Também gosto de separar a religiosidade profunda da religiosidade positiva e dos seus sistemas morais. Mas não vejo aí um conflito insanável.
E acho que o egotismo é terrível porque nos instaura na cisão e na crise.
Penso que um dos grandes problemas de hoje é a ausência de sistemas de canalização (ou sublimação) das energias do inconsciente colectivo, bem como das tendências libidinais dos indivíduos que se encontram, cada vez mais, investidas nos objectos de consumo e em formas de fruição marcadas pela imediatez e pela massificação. Acho que se poderia encarar a líbido como uma forma privilegiada de auto-poiésis.
Mas enfim, gostei do seu texto porque me abre muitas vias de reflexão.
;)

SAM disse...

Paulo,

obrigada pelo seu comentário. A reflexão do ser humano está ligada a sua formação de caráter e aos demais princípios que o norteiam, como ideologia, religiosidade, ética , moral , etc. Mas a justiça deve prevalecer acima de quaisquer princípios subjetivos a bem da união e fraternidade. Paulo de Tarso já dizia " peço que vocês se comportem de modo digno da vocação que receberam. Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros por amor." Em relação as tendências libidinais, jamais poderão ser exaltada acima dos conteúdos acima descritos. A carne é efêmera. A exaltação de valores humanitários são eternos, pois há de se ter em mente a abolição do ego. A partir de um preceito que adoto " Eu decido não utilizar mal a minha sexualidade, e sim ser cuidadoso e responsável, e " Eu decido não falar sobre as falhas de outros, mas sim ser compreensivo e solidário.". Determino assim, os meus princípios em relação a mim e aos demais.

Lux Caldron disse...

A Censura e a privação de liberdade, principalmente de expressão está ainda presente nas vincadas democracias... é pena que assim seja, mas enquanto houver gente a pensar, haverá sempre alguém a falar!

Abraço MIL

SAM disse...

Concordo, Lux Caldron. A vigilância contra estas posturas repressoras deve ser permanente.

Abraço

Quasímodo disse...

Belíssima abordagem. Elucidativa.
Parabéns.

SAM disse...

Obrigada, Quasimodo