A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Saudade e Instante

"Para a radical imobilidade da nossa vertiginosa vida e para o gritante silêncio com que clama absurdamente por si mesma, onde encontraremos uma mais sensível figura que nessa Saudade em que o mesmo Pascoaes resumiu o nosso ser profundo? Enganam-se os que vêem nela apenas a disposição anímica prevalente da nossa particular existência. É só uma atenção aguda ao que ela traduz o que nos pode ser imputado. Enganam-se mais ainda os que nela denunciam a mera complacência pelo nosso pasado. A Saudade é a sensível existência humana, a si mesma incessível e próxima. Inacessível porque próxima. Como a de Teseu, a nossa circular aventura decorre num labirinto buscando o dono dele, desde sempre aí esperando-nos, mas impossível de tocar se para ele não nos encaminham os fios do amor e da esperança. São eles que nos asseguram o regresso que a Saudade significa. Nela vemos que os meandros sem fim da nossa caminhada não conseguiram expulsar-nos da terra incircunscrita do Instante. Quem encontramos é o mesmo que buscava, o labirinto é a própria busca antes que a Saudade, de súbito, a faça reverter para o lar da nossa perpétua infância. Aí vemos que o esquecimento não triunfou, que o Instante onde enraizamos corre imóvel sob o seu reflexo tornado criatura a que chamamos Tempo. A segunda vez, o re-conhecimento que a Saudade manifesta é a verdadeira primeira vez, terra de nascimento e não túmulo. Com profunda justiça foi que Pascoaes lhe chamou Criação..."
- Eduardo Lourenço, "Tempo e Poesia", in Tempo e Poesia, Lisboa, Relógio d'Água, 1987.

5 comentários:

Anónimo disse...

Arrisco que esta página vale (mais que)toda a obra do Eduardo Lourenço...

Ana Moreira disse...

(...)Era uma Saudade extrema que me rasgava, uma ausência sem fundo, como se aquela letra contivesse uma mensagem que me era dirigida pessoalmente, por alguém de quem me havia esquecido. Assim começou a minha demanda, a pior das Sedes: - Perguntar: Quem sou? O que faço aqui? De quem me esqueci?(...)

Nunca estarás sozinho!

Anónimo disse...

"Só a criatividade absoluta nos pode livrar do espaço e do tempo", Agostinho da Silva

Paulo Borges disse...

Ana, pode-se saber de quem é a citação?

Anónimo disse...

A criatividade absoluta redime da criatividade relativa - ou da relativização da criatividade? - que gera espaço e tempo...