A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O Poema chamado Homem

A razão surge da concretização da loucura, da ausência de razão, pois como se pode concretizar o que já é concreto? Como se pode definir a definida razão senão tornando-a indefinida... loucura? O Homem concretiza a loucura chamando-lhe razão, concretiza o silêncio chamando-lhe voz. A loucura nasce do sentimento: concretizar o sentimento é a única forma de se pensar.

"(...) o espírito humano tende naturalmente para criticar porque sente, e não porque pensa (...)."
Fernando Pessoa, "Livro do Desassossego"

O que acontece em sociedade é que se pensa através dos sentimentos alheios e não dos próprios. A possibilidade de se viver a vida através do que se sente é roubada sem que a humanidade se dê conta: o pretexto é de que pensamento e sentimento são fenómenos distintos, sendo o primeiro mais fiável que o segundo.
O pensamento é, totalmente, a definição do sentimento, um esboço da realidade, nada mais do que poesia: ser poeta é, portanto, o único modo de ser humano.

O Homem define o sentimento chamando-lhe pensamento, concretiza o sonho chamando-lhe realidade. O Homem é poeta, cria palavras e encarna como seu próprio poema: os versos que para ele revelam o significado do que vive, isto porque, não pode viver objectivamente e reconhecer-se como Homem, isto é, o que vive é sempre o símbolo que atribui ao mundo. Não fosse esquecer que tudo é símbolo, e se confundir como objecto... e que objecto... pensante e criador de sinais invisíveis.

O Poeta só é capaz de encarnar o seu poema, por isso, quando lhe é exigido encarnar um poema alheio, sente-se confuso, visto a vida apenas o ter colocado a sentir o seu próprio sentimento e, em consequência, o próprio pensamento-verso. Num mundo de homens-ideias, o Poeta sente-se inabilitado, não conseguindo viver através de ideias que não tenham um corpo real.
O português é acusado de viver na cauda do mundo-fantasma europeu, sente-se fora de um mundo que não tem fora nem dentro, restando-lhe ficar triste por estar vivo num mundo que -ainda- não nasceu.
Ser o português o culpado de ainda existir num mundo dominado por idei-ot-as? Por certo que sim-to...

Falo do português pois nasci com o defeito de apenas saber falar do que me sinto ser, sendo a minha noção de português universalmente pessoal.

2 comentários:

platero disse...

para além de flores, gostava de entender assim os seres humanos

parabens, Anita

Unknown disse...

:)
Beijo, "meu" Principezinho Alentejano.