6- Pobreza
Ao cruzar-me com o "Prós e Contras" da rtp1 tive a possibilidade de ouvir um conjunto de bons comentários sobre a pobreza, um problema gravíssimo do País que envergonha o Presidente da República!!!
Pude concluir que há unanimidade quanto à necessiade de combater e resolver o problema. Mas como?
É aqui que surgem algumas diferenças políticas entre os agentes sociais... Todos de acordo que a solução é multi-factorial: necessiade de compromisso do Estado, políticas sócio-económicas (e macroeconómicas) adequadas, maior consciência cívica de todos - e logo também de políticos, patrões e sindicatos (necessidade de investimento na educação).
Constatar que 19% da população é pobre e 2/3 dos pobres são desempregados e empregados de baixos salários (o que é espantoso). Dizer que não fazem parte destas estatísticas os endividados pelo crédito bancário, o que no dizer da DECO são muitos.
Reconhecer que se faz um bom esforço no país em termos de solidariedade social, mas que não existe alternativa a ter de se fazer um esforço maior. Temos de resolver o problema desses 2/3 o mais rápido possível para logo atacar os outros. É, em grande parte, um problema de agenda política.
Saber que no mundo o problema assume contornos muito maiores entre os países menos desenvolvidos e que devemos participar activamente na definição de políticas macro-económicas (como ajudar a concretizar os objectivos das Nações Unidas que pretendia em 2000 a redução, a curto prazo, da pobreza para metade...).
Nós por cá, estamos como estamos, e não há milagres. Temos muitas limitações e muito por crescer. Mas lá chegaremos, creio. Temos é que nos pôr a caminho... mas como? E para onde? Onde queremos chegar?
E já agora, enquanto vamos pensando nos pobres do mundo e do país, digam-me lá algumas coisas que possamos fazer para ajudar os pobres que temos aqui ao pé da porta. Por onde devemos começar? Qual é o caminho mais curto?
Luis Santos
Notinha: Como sempre o título tem música... vale a pena. A pena?
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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