3. Alimentação
Ontem estive com o meu amigo Jorge. Jantámos juntos. E disse-me ele: "O pessoal come demais. Já reparaste que bastava eliminar a carne e o peixe ao pequeno almoço e ao jantar para reduzir a mais de metade o sacrifício animal?"
E como podia eu deixar de concordar?!
A alimentação tradicional que temos por cá tem séculos atrás de séculos. Ora, se nós somos também o que comemos, então estamos bem cristalizados naquilo que somos. Ou não?
Com o tempo tudo muda, até os hábitos alimentares. Mas tem mudado devagar e não necessariamente para melhor. É verdade que nestes tempos que correm está tudo a mudar mais depressa, embora como sabemos o espaço que passa e o tempo que mede, depende do posicionamento de quem observa...
Ao lado da alimentação tradicional podemos pensar numa alimentação... vegetariana. Mas logo algumas perguntas se vão chegando:
1) Será que depois de tantos séculos a comer mais do mesmo, se deverá (e poderá) mudar de um dia para o outro?
2)E que alterações no comportamento, e na saúde, poderemos esperar?
3) Será uma alimentação vegetariana (à boa maneira dos carneiros, dos cavalos e dos elefantes) mais apaziguadora para a mente, o espírito e a alma?
Eu comprometo-me. Sejamos as próprias ideias. "Semeemos a doutrina e sejamos apóstolos pela praxis".
Até logo.
Luis Santos
P.S.: O título ainda continua a ter música. Desta vez é o Rão Kyao, mas tem mais...
Ontem estive com o meu amigo Jorge. Jantámos juntos. E disse-me ele: "O pessoal come demais. Já reparaste que bastava eliminar a carne e o peixe ao pequeno almoço e ao jantar para reduzir a mais de metade o sacrifício animal?"
E como podia eu deixar de concordar?!
A alimentação tradicional que temos por cá tem séculos atrás de séculos. Ora, se nós somos também o que comemos, então estamos bem cristalizados naquilo que somos. Ou não?
Com o tempo tudo muda, até os hábitos alimentares. Mas tem mudado devagar e não necessariamente para melhor. É verdade que nestes tempos que correm está tudo a mudar mais depressa, embora como sabemos o espaço que passa e o tempo que mede, depende do posicionamento de quem observa...
Ao lado da alimentação tradicional podemos pensar numa alimentação... vegetariana. Mas logo algumas perguntas se vão chegando:
1) Será que depois de tantos séculos a comer mais do mesmo, se deverá (e poderá) mudar de um dia para o outro?
2)E que alterações no comportamento, e na saúde, poderemos esperar?
3) Será uma alimentação vegetariana (à boa maneira dos carneiros, dos cavalos e dos elefantes) mais apaziguadora para a mente, o espírito e a alma?
Eu comprometo-me. Sejamos as próprias ideias. "Semeemos a doutrina e sejamos apóstolos pela praxis".
Até logo.
Luis Santos
P.S.: O título ainda continua a ter música. Desta vez é o Rão Kyao, mas tem mais...
11 comentários:
Este texto é absurdo, lê-lo uma perda de tempo. O conceito de alimentação enquanto doutrina constituinte de uma ética só é aplicável a seres humanos. Nada diz «dos carneiros, dos cavalos e dos elefantes».
Toda a opção ética alimentar humana é justificável, como o é toda a ética. Não há éticas más e éticas boas, há ética coerentes e incoerentes, como tudo, como as nossas vidas.
A opção vegetariana extremada é má nutrição, desaconselhada por todo o organismo internacional de saúde. O Homem é um ser omnívoro, que, sem dúvida, deveria ingerir menos proteína animal, mas sem esta morre, nada pode substituir a vitamina B12 na fonte vegetal.
Eticamente o veganismo é uma mera mania de classe média-alta urbana, e uma aldrabice ética, porque as plantas são seres vivos, devorá-las é matá-las e sentem dor.
Este comentário, além de laborar no erro grosseiro e ultrapassado de pensar a ética à escala meramente humana e logo antropocêntrica, ignora elementares dados científicos, que mostram que há mais fontes de proteína no seitan e no tofu do que no bife de vaca, e que sugerem que a sensibilidade existente nas plantas é reflexa, não estando associada a uma vida consciente autónoma.
A prova de que não se morre sendo vegetariano é que estes aumentam cada vez mais e estão de boa saúde.
Quanto ao mais, caro Luís Carlos, parece-me evidente, por experiência própria, que a alimentação vegetariana é apaziguadora, sobretudo da má consciência de se viver à custa do sofrimento de outros seres vivos e sensíveis como nós. Todavia, não substitui nem pode substituir a meditação como forma de transmutar em consciência e criatividade a energia das emoções destrutivas. Não é sobretudo do que se come mas do que se pensa que vem o conflito e logo o tormento interior, embora o que se come contribua para a obtusidade e insensibilidade que predominam no mundo.
Vitamina B12, disse - você não sabe ler?
Antropocêntrica, claro, «a sensibilidade existente nas plantas é reflexa, não estando associada a uma vida consciente autónoma» - com a mesma tese se classificou o negro como não pensante, equiparando-o ao gado (verdade não foi à cenoura).
Você só diz barbaridades. Como se torna evidente também sou membro do MIL e apenas estou a cumprir o apreço do seu líder beatificado pelo anonimato.
Fale do que sabe senhor filósofo, evita asneiras, eu sou médico.
«A prova de que não se morre sendo vegetariano é que estes aumentam cada vez mais e estão de boa saúde.» - os vírus também, e o cancro.
Fale de apaziguação às plantas carnívoras.
Concordo que no ocidente, "Eticamente o veganismo é uma mera mania de classe média-alta urbana, e uma aldrabice ética", mais do que isso uma moda, mas na India é um princípio cultural fundamental.
"Toda a opção ética alimentar humana é justificável, como o é toda a ética."...diz o "toureiro e matador", seguindo esse princípio, o canibalismo e o vampirismo são também justificados, éticamente coerentes e mais do que isso saudáveis para uma alimentação correta omnívora ?
Acho que as opções de cada um devem ser respeitadas e se alguém quiser ser vegetariano ou estritamente carnivoro ou omnivoro, isso é lá com cada um, a moralização da parte dos defensores ou detratores de todas essas ideias é que acho absurdo.
Por exemplo para quem goste de beber vinho com a refeição, não recomendo o vegetarianismo, mas para quem não gosta, porque não optar por isso ?
Eu por mim não abdico do vinho !
Saudações Omnívoras,
Luís Cruz Guerreiro
Paulo, gostei das tuas palavras. Obrigado. Gostaria só de acrescentar que o se pensa também vem do que se come.
Quanto ao resto, não sou apreciador de touradas.
Caro amigo toureiro e matador, sobre as plantas não discuto mais, porque não tenho conhecimentos suficientes numa questão difícil. Sobre o resto, como médico sabe certamente mais, incluindo que a sua profissão depende em boa parte da proliferação de doenças que em muito se devem à acumulação de toxinas, provenientes da alimentação carnívora, que estranhamente o organismo humano não está preparado para eliminar.
O veganismo é uma coisa, o vegetarianismo outra, mas ambos podem ser sustentados, mesmo que causem uma nutrição deficiente - o que a boa saúde dos seus praticantes desmente - , pelo princípio ético da não-violência, levado até onde for conciliável com a sobreevivência humana (o que justificaria tirar a vida às plantas, pois mesmo que tenham dor, não parece ser tanta como a dor dos animais ao serem abatidos). Leia Sampaio Bruno, há mais de um século, ou Peter Singer, hoje, pois um bom médico não me parece que possa dispensar a filosofia.
E não será a alimentação carnívora generalizada, nas quantidades absurdas que são consumidas, uma invenção sim da burguesia urbana e da gula que lhe é própria? Repare-se no que comiam os antigos, sobretudo no campo. A carne era para os dias de festa. Quando muito um pouco de toucinho no pão ou na sopa.
Acha mesmo que o aumento dos virus e do cancro tem a ver com o aumento do vegetarianismo? Serei eu que digo barbaridades?
Por fim, para esclarecer, eu sou predominantemente vegetariano - com escapadelas não-fundamentalistas, embora quase só para o peixe - e também não abdico do vinho, que acho que vai muito bem com vários pratos vegetarianos, caro Luís Guerreiro!
Isto é o que se pode chamar de "uma discussão saudável".No entanto, parece~me que "um está a falar de alhos e o outro de bogalhos".
Depois destes comentários, acho que ambos deveriam investigar um pouco a evolução da dentadura humana e o funcionamento do fígado,quer dos humanos quer dos estritamente carnívoros.
Á margem deste assunto, impressiona-me a facilidade com que, neste blogue, se recorre à ofensa para contestar opiniões divergentes.
Nunca vi tanta gente a dominar " verdades absolutas".
Que "líder" é esse "beatificado pelo anonimato"!? Não percebi nada...
Caro Arnaldo, estou consigo na diferença que faz entre con-versar e a necessidade constante de auto-afirmação a que amiúde assistimos por aqui.
Acabei por não perceber o que quis dizer quando nos manda estudar a evolução da dentadura humana e o funcionamento do fígado. Não quer partilhar connosco aquilo que se pressente ter enunciado nas entrelinhas.
Pensei que me tinha enganado no blogue. Parece um blogue de culinária.
Ser-se ou não vegetariano é uma opção de cada um, ponto.
O que se pensa vem do que se come????!!!
Sendo assim, vou mudar os meus hábitos alimentares e daqui a umas semanas digo-vos alguma coisa, está bem assim?
Na Primavera as flores multiplicam-se e Outono é sempre que um Homem quiser.
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