Osborne, 4 de Setembro de 1855
Hoje quero transmitir-te, antes de mais, os parabéns pela tua subida ao trono no dia 16. Que Deus te dê a sua melhor benção, o Espírito Santo te guie e inspire, e que mantenhas a saúde, a boa disposição e a perseverança suficientes para levares a bom termo todos os teus bons propósitos, para bem do teu país e do teu povo. O Espírito Santo aprecia muito a boa vontade e a dedicação honesta e costuma associar-se-lhes; por isso, se o quiseres atrair, segue essas virtudes.
O meu primeiro conselho será sempre no sentido de aceitares como princípio que não contam as pessoas, mas sim as causas; por isso elimina das tuas considerações, na medida do possível, tudo o que seja pessoal, concentrando-te unicamente nas causas. Os homens (na vida pública) não merecem que arruinemos a nossa vida por eles ou contra eles; são todos mais ou menos interesseiros, mas em geral ninguém é tão esquecido dos seus deveres que não se lembre também, por vezes, do bem do País.
O meu primeiro conselho será sempre no sentido de aceitares como princípio que não contam as pessoas, mas sim as causas; por isso elimina das tuas considerações, na medida do possível, tudo o que seja pessoal, concentrando-te unicamente nas causas. Os homens (na vida pública) não merecem que arruinemos a nossa vida por eles ou contra eles; são todos mais ou menos interesseiros, mas em geral ninguém é tão esquecido dos seus deveres que não se lembre também, por vezes, do bem do País.
Alberto de Saxe-Coburg, ao seu sobrinho D. Pedro V, rei de Portugal
Nota: Alberto de Saxe-Coburg, pelo seu casamento com a rainha Victoria, foi rei-consorte de Inglaterra. Era irmão de Fernando de Saxe-Coburg, casado com a rainha D. Maria II de Portugal. A este devemos o palácio da Pena, em Sintra, e algumas outras coisas ostensivas e ocultas.
D. Pedro V morreu a 11 de Novembro de 1861, com 24 anos de idade.
Nota: Alberto de Saxe-Coburg, pelo seu casamento com a rainha Victoria, foi rei-consorte de Inglaterra. Era irmão de Fernando de Saxe-Coburg, casado com a rainha D. Maria II de Portugal. A este devemos o palácio da Pena, em Sintra, e algumas outras coisas ostensivas e ocultas.
D. Pedro V morreu a 11 de Novembro de 1861, com 24 anos de idade.
2 comentários:
Sublinho: "Os homens (na vida pública) não merecem que arruinemos a nossa vida por eles ou contra eles; são todos mais ou menos interesseiros, mas em geral ninguém é tão esquecido dos seus deveres que não se lembre também, por vezes, do bem do País."
Abraço MIL
Gostei muito da carta!
Obrigada.
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