A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ainda sobre a Integração Europeia e Lusofonia

A construção Europeia, seja na forma actual ou numa futura Federação ou Confederação, não é de todo incompatível com a Lusofonia e o aprofundamento dos laços entre os países Lusófonos. Veja-se o caso da "Francophonie" ou da "Commonwealth", e da forma como o Reino Unido usa a sua "relação especial" com os EUA como instrumento político dentro da UE.
Além disso, é de lembrar que a integração Europeia, ao permitir uma circulação mais fácil de ideias progressistas vindas da Europa dentro do território Português, tem contribuido para "disciplinar" um certo autoritarismo estrutural que infelizmente ainda domina a nossa esfera pública e teima em manter-se entranhado nas nossas cabeças.
É certo que esse "disciplinar" do autoritarismo estrutural tem tido épocas de maior e de menor sucesso. Na época actual, por exemplo, verifica-se um recrudescimento desse autoritarismo, a par de um aprofundar de medidas disciplinárias e coercivas pela UE fora, em nome da "flexisegurança", da competitividade económica, da formatação dos hábitos sanitários e de uma suposta "luta anti-terrorista".
No entanto, uma coisa é certa: Tendo em conta os germes de autoritarismo político que se mantiveram em Portugal e Espanha da segunda metade da década de 70 até à de 90, podemos ter a certeza que, se não fosse a pressão democratizante vinda de além-Pirinéus e a posterior integração Europeia, muitos de nós já estariam no Linhó ou em Caxias ...

8 comentários:

Aestranha disse...

A integração europeia também me parece possível e até extremamente boa para a nossa "Nação" no dia em que o nosso "Estado" tenha algo de apetecível para a "Federação" Europeia para além do servilismo já habitual. Talvez no dia em que possa ser possível tomar certas atitudes como tem feito o Reino Unido munido de uma Commonwealth e de uma moeda, que se não me engano continua a ser a mais forte...
Até lá, tenho dúvidas e não tenho tido muitas razões para deixar de as ter.
O que afirma é verdade no sentido em que é verdade que se a o Império Romano não tivesse atingido estas lusas paragens teriamos tido os mesmos problemas que se fizeram sentir em Edimburgo durante toda a Idade Média de terem uma visita quase anual da Peste Negra por não saberem o que era um sistema de escoamento de dejectos...

Quanto ao que afirma:

"No entanto, uma coisa é certa: Tendo em conta os germes de autoritarismo político que se mantiveram em Portugal e Espanha da segunda metade da década de 70 até à de 90, podemos ter a certeza que, se não fosse a pressão democratizante vinda de além-Pirinéus e a posterior integração Europeia, muitos de nós já estariam no Linhó ou em Caxias ..."

Eu não estou assim tão certa de tais factos, aliás incomprováveis. Não me recuso a pensar na possibilidade, mas custa-me cair em tal pessimismo e em tal sintoma de dependência depressiva. Algo teria acontecido diferente, mas os sistemas autoritários têm sido intermitentes ao longo da história mundial e até agora ainda não se conseguiu resolver de facto esta tendência humana de lá ir cair frequentemente (que eu saiba, pelo menos...).

O que não acredito mesmo é que a "Federação" Europeia seja imune ao autoritarismo e confesso que um autoritarismo da dimensão dos E.U.A. me faz ter mesmo muito medo.

Lamento não poder concordar com o que diz. Gostava mesmo de poder concordar, era menos uma preocupação das grandes...

Cumprimentos.

Casimiro Ceivães disse...

Cara Ana Margarida: seria bom não confundir a construção europeia com a construção de um Estado europeu, não confundir um espaço de liberdade com um espaço de poder. Embora a liberdade seja, normalmente, uma figura alada e armada. Precisamente o Reino Unido e a França - cada um a seu modo, cada um com as suas armas - intervieram durante décadas na "Europa" (no sentido estatal, ou pré-estatal do termo), de acordo com as suas conveniências imperiais, e não de acordo com uma lógica de rendição e entrega. E daí a Commonwealth, e o prudente distanciamento (até do euro!) que o Reino Unido mantém ainda hoje, e daí a permanente (e algumas vezes ocultíssima - leia-se o Le Cinquième Empire, de Dominique de Roux, aliás traduzido, reeditado e quase inencontrável entre nós) presença francesa em África desde os anos 60.

Linhó e Caxias são casos agora anacrónicos, e na verdade sempre o foram: recordo-me a esse respeito de uma curiosíssima nota da PIDE, a propósito de Miguel Torga, que vi publicada em fotografia no Expresso há uns tempos: "homem de ideias avançadas", dizia o afanoso informador, e aí estava a inconsciente e patética confissão da derrota.

Hoje não há, na Europa, Linhós nem Bastilhas; o que se deve muito mais à espantosamnente eficaz neutralização da política (no sentido próprio do termo) induzida pelo sistema cultural-financeiro em que vivemos do que ao fortalecimento da democracia como poder do povo, porque poder que não é consciente de si pode ser força, mas poder não é. Pela primeira vez na história (será? era curioso comparar com o império romano) o poder concedeu aos escravos a inteira liberdade sexual, e a inteira liberdade de impressão (forma passiva da liberdade de expressão); e os escravos estão, para já, sossegados.

Sem a posição central e a extensão territorial da França (aliás a primeira agora perdida a favor da Alemanha) e sem o recuo insular da Grã-Bretanha, o Portugal-europeu (o cantinho peninsular assim designado) não tem ponto de apoio por onde se distanciar da Europa; e o Brasil nunca soube deixar de ser um imenso Portugal à espera de vez, como cantou tão bem e há tanto tempo o Caetano.

Cordiais cumprimentos,

jawaa disse...

Donde se pode inferir que, antes de 75, não havia «autoritarismo político» em Portugal...?!!!

andorinha disse...

Estou de acordo com as opiniões de a estranha e do Casimiro.

"O que não acredito mesmo é que a "Federação" Europeia seja imune ao autoritarismo e confesso que um autoritarismo da dimensão dos E.U.A. me faz ter mesmo muito medo."

Também não acredito, aliás esse autoritarismo já se verifica nos dias de hoje.

"Pela primeira vez na história (será? era curioso comparar com o império romano) o poder concedeu aos escravos a inteira liberdade sexual, e a inteira liberdade de impressão (forma passiva da liberdade de expressão); e os escravos estão, para já, sossegados. "

Brilhante análise.

Beijinhos aos dois
Eu não cumprimento, só beijo...:)

Anónimo disse...

A estranha tem razão chega de servilismo, que não é nada apetecível.Mas que temos de apetecível?
Sejam sinceros: para a Europa o que temos de apetecível é a nossa Lusofobia enraizada.

Anónimo disse...

"Hoje não há, na Europa, Linhós nem Bastilhas"

mas há linhos e pastilhas, Sr. Ceivães. Então por aqui, pastilhas é aos montões!!
Basta começar a ler, vai-se logo sentir completamente pastilhado.

Casimiro Ceivães disse...

A diferença, anónimo, é que a Bastilha tinha o Máscara de Ferro e nós temos os Máscaras do Berro.

Anónimo disse...

Pra pastilhar é melhor o Berro! Mas aqui também não falta ferro. Ora leia, Sr. Ceivães, e no fim veja se há o que dizer senão "que ferro!"