A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 24 de junho de 2008

O rei-Saudade

"[fala de Pedro] Mas um dia, "Alguém" desceu ao fojo: - "Alguém" que era da morte e era da vida; e mais - de além da morte e além da vida... E eu vi a Saudade ao pé de mim. Nunca mais me deixou: vivo com ela. Fez-se em mim carne e sangue. Fez-se Inês. Por isso sabes toda a minha vida. Por isso eu sei a morte como tu. Sou o homem que viveu a vida e a morte: sou o homem-Saudade, o rei-Saudade..."
- António Patrício, Pedro o Cru, in Teatro Completo, Lisboa, Assírio & Alvim, 1982, p.167.

Uma obra belíssima e genial, como quase tudo em António Patrício. Dramaturgia iniciática. Tive a felicidade de a ver encenada no D.Maria II em 1982.

4 comentários:

Klatuu o embuçado disse...

Tão bem lembrado e tão injustamente esquecido, Paulo!

Um autor fundamental, dramaturgo complexo e poeta refinado. O seus poemas sobre o ópio e sobre os galgos ficaram-me gravados como uma tatuagem na carne da alma.

§

De que me rio eu?... Eu rio horas e horas
só para me esquecer, para me não sentir.
Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;
passo a vida febril inquietantemente a rir.

Eu rio porque tenho medo, um terror vago
de me sentir a sós e de me interrogar;
rio pra não ouvir a voz do mar pressago
nem a das coisas mudas a chorar.

Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim
o mistério de tudo o que me cerca
e a dor de não saber porque vivo assim.

§

É o poema de quem rasga os versos
porque os sentiu demais para os dizer
e os ouve nas ondas tão dispersos
como os sonhos que teve e viu morrer

§

Viver é ir morrendo a beijar a luz.


António Patrício



P. S. Com tempo ainda aqui publico as maravilhas que não estão disponíveis em hiper-texto... E Wenceslau de Moraes, e Camilo Pessanha! Os nossos orientais da diáspora do Império.

Abraço!

Casimiro Ceivães disse...

Ora, e eu não o li nunca. Tantas coisas.

Esse "riso" é tão certeiro.

Obrigado a ambos.

Jo disse...

Dramaturgia iniciática.
Plenamente de acordo, esta é uma obra genial (acalento o sonho de a trabalhar com os meus alunos, um dia destes).

E a poesia, que não conhecia, encantou-me.

Viver é ir morrendo a beijar a luz.

Sem palavras...

Beijos

andorinha disse...

Também nunca o li:(
Gostei do excerto.Muito.
Um abraço.

Klatuu,
O poema é simplesmente FABULOSO!
Espero que cumpras o que dizes no teu P.S.:)