– Quais foram ou ainda são os maiores desafios para colocar esta revista no mercado?
Paulo Borges: Os desafios maiores são assegurar a sua distribuição por todo o país e, tanto quanto possível, pelo mundo lusófono e assegurar um número de assinantes que, progressivamente, torne a revista auto-sustentável. Temos a expectativa de que isso aconteça a médio prazo, em função do grande número de adesões a este projecto, que excede já neste momento o meio milhar de pessoas em todo o espaço lusófono.
Celeste Natário: Para este primeiro número, tivemos o apoio da Câmara Municipal de Amarante e da Mota-Engil. Esperamos que esse apoio se mantenha, pelo menos até que a revista se torne auto-sustentável…
Renato Epifânio: Para a edição e distribuição da revista, estabelecemos uma parceria com a Editora Zéfiro, que já tem aliás um excelente catálogo de edições na área da cultura portuguesa, nomeadamente de obras sobre Agostinho da Silva. O seu responsável, Alexandre Gabriel, está também muito empenhado neste projecto…
– De que forma se desenvolve o vosso trabalho, nomeadamente, em termos da escolha dos temas de cada edição, bem como dos colaboradores que para ela escrevem?
Paulo Borges: É um trabalho conjunto entre a Direcção e o Conselho Editorial, cabendo a decisão final aos directores da revista. Procuraremos dedicar números temáticos a grandes questões da cultura portuguesa, desde “a ideia de Pátria”, neste primeiro número, até a “António Vieira e o futuro da Lusofonia”, no segundo, o diálogo entre Culturas e Civilizações, o Iberismo, a Europa, etc. Quanto aos colaboradores, serão dirigidos convites quer a nomes consagrados da nossa cultura, quer a novos valores que estejam a despontar, havendo ainda lugar para textos que nos sejam enviados, caso sejam de reconhecida qualidade. Apesar da revista ter o ideário definido no seu Manifesto, assume-se como um espaço plural, aberto a diferentes perspectivas.
Celeste Natário: Sublinho isso: um espaço plural, aberto a diferentes perspectivas.
– Num lado mais pessoal, como decorre o trabalho entre os três elementos da Direcção. Nem sempre são fáceis as Direcções colegiais…
Paulo Borges: É um trabalho gratificante, pois decorre de uma grande afinidade de perspectivas e de um longo conhecimento mútuo, enraizado na investigação e docência na área do pensamento e da cultura portuguesa.
Celeste Natário: Acho que tem sido muito enriquecedor para este projecto. As nossas três sensibilidades têm-se complementado…
Renato Epifânio: Sobretudo, há uma relação de relação de confiança mútua. E isso é fundamental…
– Ao que sei, a «Nova Águia» é um órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono. Gostaria que falasse um pouco dos objectivos em que se enquadra o MIL
Paulo Borges: A “Nova Águia” surge vinculada a três entidades, a Associação Marânus/Teixeira de Pascoaes, de Amarante, que é a nossa sede Norte, a Associação Agostinho da Silva, de Lisboa, que é a nossa sede Sul, e o MIL: Movimento Internacional Lusófono. O MIL corresponde ao movimento cívico, pedagógico e cultural proposto no Manifesto da “Nova Águia” e pretende continuar o Movimento da “Renascença Portuguesa” no início do século XX, cujo órgão era “A Águia”. O MIL tem uma Declaração de Princípios e Objectivos que pode ser lida no nosso blogue e pretende promover a discussão pública do sentido de Portugal e da Lusofonia, contribuindo para uma cidadania mais activa. O MIL propõe a aproximação progressiva, a todos os níveis, dos povos e nações lusófonas, unidas pelo ideal de uma comunidade planetária mais consciente, livre e solidária. Há que efectivar a ideia da CPLP, que tem estado muito pouco operacional, e promover a língua e cultura portuguesa, bem como a cultura lusófona, a nível internacional, sem qualquer inibição.
Renato Epifânio: Com efeito, tal como A Águia tinha um movimento, o da Renascença Portuguesa, nós também tínhamos que criar um. Daí o MIL. Sem ele, a NOVA ÁGUIA não teria as duas asas…
Quanto aos outros dois vínculos, pareceu-nos, desde o primeiro momento, um “casamento feliz”: entre o Norte e o Sul, entre Pascoaes (e o seu sentido da “terra”, da “portugalidade”) e Agostinho (e o seu sentido de “mar”, de “lusofonia”). Que melhor síntese poderia haver?
– Que futuro esperam para esta revista ?
Paulo Borges: Que ela seja uma pedra no charco do marasmo actual da mentalidade e da sociedade portuguesa e que desperte os cidadãos portugueses e lusófonos para a responsabilidade de construirmos um Portugal, uma Comunidade Lusófona e um Mundo novos, onde se desenvolvam as superiores potencialidades humanas de conhecer, amar e criar e não sejamos meros escravos da produção, do consumo e das distracções fúteis, como actualmente acontece.
Renato Epifânio: Nada menos do que isso…
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
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