- A Águia é um título mítico da história da nossa tradição cultural e filosófica. Não houve ninguém que tivesse considerado um “sacrilégio” esta vossa ideia?
Renato Epifânio: O que lhe digo a esse respeito é que este projecto é apoiado pelas figuras mais relevantes da tradição filosófica portuguesa. Falo, nomeadamente, de António Braz Teixeira, António Telmo, Dalila Pereira da Costa, Eduardo Lourenço, Manuel Ferreira Patrício e Pinharanda Gomes. Para além disso, nós os três, modéstia à parte, temos algum currículo: os três publicámos já obras sobre a tradição filosófica portuguesa. Sabemos pois bem o significado da revista “A Águia” e do “Movimento da Renascença Portuguesa”. E estamos bem cientes da responsabilidade…
- Não esperam, pois, contestação?
Renato Epifânio: É possível, até provável, que venha a surgir. Como sabe, neste país, um dos grandes sentimentos é a inveja. Depois, dada a mediocridade reinante, qualquer projecto mais arrojado suscita logo ressentimentos. Mas estamos preparados para isso…
- Que mais destacam neste primeiro número, dedicado à “ideia de Pátria”?
Renato Epifânio: Pensamos que conseguimos reunir contributos de nomes muito prestigiados da nossa cultura: Agustina Bessa Luís, Ariano Suassuna, Mário Cláudio, Pinharanda Gomes, António Telmo, Dalila Pereira da Costa, Joaquim Domingues, António Cândido Franco e Miguel Real, a par de muitos outros. Depois verão…
Celeste Natário: E nem todos os textos são sobre a ideia de Pátria. Há textos sobre outros temas…
– No vosso entender, que importância poderá ter a publicação desta revista? Que dinâmica pretendem introduzir na senda cultural do País, do espaço lusófono e além destas fronteiras?
Paulo Borges: A NOVA ÁGUIA pretende levar os portugueses a conhecer e repensar a sua cultura e a sua identidade, que muitas vezes ignoram e desprezam, como ponto de partida para a sua abertura ao mundo. Esta proposta estende-se a toda a comunidade lusófona, cujos povos e nações se devem aproximar e conhecer melhor, ultrapassando todos os traumas pós-coloniais. A “Nova Águia” pretende despertar uma consciência lusófona, que faça de uma comunidade de 240 milhões de falantes uma potência cultural mundial, que dê a conhecer as suas obras e valores e se torne visível e influente a nível planetário. Pretendemos contribuir assim para um diálogo fecundo com todos os povos e culturas, que confira um sentido superior à globalização económica.
Celeste Natário: Achamos que esta revista será importante. Faltava, a nosso ver, uma revista como esta, uma revista de referência, que se debruçasse sobre um certo tipo de questões. Que outra revista, por exemplo, dedicaria hoje um número à “ideia de Pátria”?
Renato Epifânio: A importância é apenas esta: trata-se do ACONTECIMENTO CULTURAL DO ANO. Nada menos do que isso… Quanto à dinâmica, queremos que cada lançamento seja motivo de um amplo debate público. Para este primeiro número, temos já agendados mais de duas dezenas de lançamentos, de norte a sul do país. Queremos, em cada um deles, estimular esse debate…
– Porquê o lançamento do primeiro número no Porto (no dia 19 de Maio, às 21h30, na Fundação José Rodrigues)?
Celeste Natário: A Águia era uma “revista do Porto”, a NOVA ÁGUIA teria que ter o primeiro lançamento no Porto. Para além disso, será na Fundação José Rodrigues, autor do desenho da capa da revista, o que é para nós muito honroso. Quando cá vim, pela primeira vez, falar-lhe deste projecto, o Mestre José Rodrigues manifestou logo todo o seu apoio.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
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