A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Hoje, no 116º dia do ano, no calendário gregoriano, festejamos a Revolução dos Cravos.

No dia 25 de Abril de 1974, conhecido por “Dia da Liberdade”, num golpe militar sem grande resistência das forças leais ao governo do Estado Novo, oficiais intermédios da hierarquia militar, na sua maioria capitães ex. combatentes da guerra colonial, derrubaram o regime político nacionalista, corporizado no golpe de 28 de Maio de 1926, comandado pelo General Gomes da Costa, que pôs termo à recém-nascida e, por isso, frágil Democracia portuguesa e ao descrédito da ingovernável Primeira República Portuguesa, que em 16 anos e debaixo de frenética intriga política, golpes e contragolpes, contabilizava sete Parlamentos, oito presidentes da República e cerca de cinquenta governos.

Tudo começa em Bissau -no contexto geral de pobreza e miséria de uma sociedade atávica mergulhada no obscurantismo, com a primeira reunião de capitães a 21 de Agosto de 1973. A 9 de Setembro, em Alcáçovas, é constituído o Movimento das Forças Armadas, a 5 de Março de 1974, é aprovado o documento “Os Militares, as Forças Armadas e a Nação” que é posto a circular clandestinamente, a 24 de Março, é decidido derrubar o governo pela força e, no dia 24 de Abril, no quartel da Pontinha em Lisboa, é instalado secretamente o posto de comando do Movimento das Forças Armadas, sob as ordens de Otelo Saraiva de Carvalho.
Nesse mesmo dia, às 22:55hs, dos Emissores Associados de Lisboa, é dado o primeiro sinal combinado com a canção “E depois do adeus” do Paulo Carvalho -emitido por João Paulo Dinis, que fizera tropa em Bissau sob as ordens de Otelo e que, desencadeia a primeira fase do golpe. Às 0:20hs do dia 25, na Rádio Renascença, o jornalista e poeta moçambicano Leite de Vasconcelos, emite o segundo sinal com a canção “Grândola Vila Morena” do José Afonso, que confirmava o golpe e iniciava a segunda fase do que viria a tornar-se uma autêntica Revolução social e mental, de profundo e seminal significado histórico e, nos conduziria de forma relativamente serena e pacifica, ao hoje, em que comemoramos o 34º aniversário da Democracia, com um Estado de Direito Democrático estável.

Nota: Confesso, a minha dificuldade, em descrever tão grande e significante dia e seus antecedentes de forma telegráfica, mas a preferência dietética do fast reading, foi aqui, levada em conta.

José Pires F.

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