Civilização ou Cultura? Eis a crucial questão. Dela depende a definição do nosso destino individual e colectivo.
Se, como deve ser, pomos a Civilização acima da Cultura (e da Língua), o destino de Portugal é apenas um: a Europa. Pois que é com outros povos europeus que temos reais afinidades civilizacionais.
Se, ao invés, pomos a Língua e Cultura acima da Civilização, então o destino de Portugal é outro: a Convergência Lusófona. Pois que é com os outros povos lusófonos que temos, de facto, mais afinidades linguísticas e culturais.
Mas não civilizacionais. Muito pelo contrário – objectivamente, todos os outros povos lusófonos fazem parte do terceiro mundo.
Daí que esta escolha seja, em última instância, entre o terceiro e primeiro mundo! A escolha é sua…
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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sábado, 26 de abril de 2008
Entre Cultura e Civilização
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15 comentários:
Escute, e se você fosse ler uns livros de História?
Há uma civilização portuguesa, como modo da Civilização Europeia - poucos povos europeus se podem reivindicar do mesmo, os Britânicos, os Espanhóis, claro, os Gregos, os Romanos, alguém mais? -, e quando falo de Civilização Europeia falo do Mediterrâneo e das suas duas margens; a que o Norte da Europa só veio a pertencer por aculturação (no período romano, os germânicos todos e parte dos celtas eram povos de pilha galinhas, sem agricultura nem escrita).
Além do mais, geográfica, culturalmente e, até, etnicamente, a Península Ibérica é um subcontinente europeu.
Mas, mais importante que tudo: quero que essa Europa de que você fala se lixe!
Ainda não estou à venda.
Cumprimentos.
P. S. «Mas não civilizacionais. Muito pelo contrário – objectivamente, todos os outros povos lusófonos fazem parte do terceiro mundo.
Daí que esta escolha seja, em última instância, entre o terceiro e primeiro mundo! A escolha é sua…»
O destaque não é para demonstrar que você não sabe do que fala - é mesmo só para lhe expressar o meu nojo!
Concebo, de imediato, dois tipos de pessoa capazes de escrever uma barbaridade semelhante:
um daqueles brasileiros classe-média apatetados, com fascínio pela França, a Alemanha, os Estados Unidos;
(como você é Português, resta) um militante, ou simpatizante, do Partido Socialista!
Bem dito...
Ora bem, agora estamos a conversar, vejo que se tomar o tempo consegue elevar-se acima da simples provocação infantil.
Para mim é bastante claro o problema entre eu (e muito mais que só eu) e você, é o fundo o mesmo problema que persegue a humanidade desde a sua origem e que nós tomamos como valor: Palavra e Língua.
Muito provavelmente o que você entende por civilização não é o mesmo que eu.
Outra coisa, a sua distinção entre civilização e cultura… não sei como a consegue fazer. Quer-me parecer que civilização e cultura são coisas simplesmente inseparáveis. Não há civilização sem cultura. A civilização é a expressão no Mundo de uma cultura. Mas aqui está, a sua definição de civilização e cultura são para mim um mistério, e desde já sei-lhe dizer que não são as mesmas que as minhas.
Outra coisa, pegando na sua “civilização”. Acho muito interessante os exemplos que puxou:
“chá com a Rainha de Inglaterra”
É interessante verificar que foi uma portuguesa que ensinou os Ingleses a beber chá… em deterimento da cerveja. Também foi uma portuguesa (não lhe sei dizer se a mesma) que ensinou os Ingleses a por tapetes no chão, em vez das paredes, para a nobreza Inglesa ter vergonha de deitar lixo e toda a espécie de coisas horríveis para o chão.
Sabe, para mim, um dos factores que demonstra verdadeira civilização é a higiene de um povo. E olhemos para a higiene de Inglaterra, desde a sua origem, quando nós estávamos a descubrir o Brasil esse povo estava a construir casas de estrume. Ainda hoje, (eu não sei, mas conta-me quem sabe), aquela gente nem sabe lavar a boca depois de comer, mas isso pudesse dizer de todos os povos da Europa do Norte, os ditos civilizados. Costumo ver muitos pela Universidade do programa Erasmos, o mínimo que posso dizer é que metem nojo. Eu não sei que gente é essa, mas uma coisa eu lhe sei dizer, não são da mesma civilização que eu.
Não preciso aqui de invocar história pois já o foi feito. Por favor pegue numa história Europeia e veja quantas vezes Portugal é mencionado. A sua forçosa associação Portugal-Europa é quase ridícula.
Para mais a sua noção de civilização parece-me completamente destituída de humanidade, e tal será uma civilização estéril (como já se verifica de maneira muito literal) está condenada a desaparecer soterrada sobre os seus próprios escombros… como a Alemanha Nazi (quer se goste ou não, isso era verdadeiro poder civilizacional).
Mas agora, imaginando eu a sua noção de civilização surge outra questão. Olhe, da mesma forma que você não gosta da capa da Nova Águia calha que eu não gosto desta civilização Europeia e a acho uma coisa terrível. Então, pelo já citado, é o meu dever lutar contra ela, ou então simplesmente lutar por uma que ache melhor. É o meu (e nosso) direito não acha? O mesmo direito que você tem de não gostar da capa.
E porque é que havemos de escolher entre Primeiro e Terceiro Mundo? Eu escolho o Segundo Mundo! Entre o cá e o lá, entre este Mundo e o outro, onde Portugal sempre esteve.
Entra-se num tasco em Portugal e há comida... o Norte da Europa nem isso - e em Inglaterra, então, é uma tristeza para o palato!
Nestas pequenas coisas se vê o que é a cultura e a civilização. É evidente que Portugal pertence a uma Civilização Mediterrânica «demasiado» velha, com tudo o que isso tem de decadente e glorioso, e não temos já o vigor da Civilização Norte-Europeia, mais «jovem».
Não se pese é cultura e civilização com contra-pesos de ouro! Até o Português rural e inculto respira Civilização por todos os poros, na sua afabilidade, educação, argúcia e costumes.
Os próprios Norte-europeus, nas suas mentes mais excelentes, reconhecem tudo isso, bem como a singularidade que Portugal é. Basta ler Charles Boxer ou Keyserling.
Qual é o mal em ser socialista? Que eu saiba, faço parte da "maioria absoluta" do povo português! Para mais, antes socialista que sa(n)tanista...
Caro Jorge Batista,
Parabéns pela breve nota. Viva, viva, viva, mil vivas à Europa! Que exclamamos, a degustar um bom vinho e um bom queijo francês! Tu és um génio. Continua a polemizar com os senhores de nenhum lugar! Qualquer dia destes encontrar-nos-emos numa das magníficas universidades de além Reno a discutir algum filósofo de verdade (pois Filosofia só em grego ou alemão)... Bravo, bravo, meu jovem Jorge Batista!
Senhor Jorge Batista, se com a pirotecnia ortográfica pretendeu gozar-me, quiçá ofender-me, saiba que ambas as hipóteses, vindas de si, me são indiferentes.
Não sou satanista - para tal precisaria de ser ateu, que não sou -, mas também não sou satânico (que é o que você pretendia dizer, mas falhar-lhe-ia a graçola ortográfica).
Quanto ao santanismo, não sou social-democrata, mas o meu apreço por Santana Lopes é assumido e tem mais a ver com o homem do que com a sua ideologia - e acerca disto mais não pretendo explicar-lhe.
Você pode ser socialista à vontade, mesmo um mau socialista, de visão democrática coxa, que se compraz alarvemente na ditadurazinha das maiorias absolutas, por sinal sintoma das democracias que funcionam mal - não diga é que é um monárquico português, vá ser monárquico para Espanha, lá é fácil!
Em Portugal ser Monárquico não é para todos e temos um nome simples e curto para nomear quem faz afirmações vergonhosas como as suas...
«deixaremos de perseguir essa miragem da Convergência Lusófona, e talvez até nos possamos reintegrar em Espanha. Que tem um Rei…»
P. S. Enfim, o Iberismo sempre foi uma perversão endémica do socialismo por cá, mas não precisaram de se afirmar monárquicos - muito menos padeciam do seu racismo camuflado para com os africanos e os latino-americanos.
Você compara civilizações e povos como quem comparasse o tamanho de chouriços.
Não sei qual é o problema de ser socialista, eu sou militante do PS por Aveiro e sou Monárquico !!! Não entrem em estereótipos ... Como eu já o meu pai e o meu avô comungavam das mesma.
Lord of Erewhon, primeiro deixe-me cumprimentá-lo pelas suas sábias observações acerca do Iberista-Europeísta-Federalista-Nacional-Socialista, que se assina Jorge Leitão, e que aqui anda prosando pela "civilização" supostamente europeia que atualmente nos domina e cujo único objectivo é a destruição do MIL.
A destruição do que nos resta da Cultura, Civilização e Pátria Portuguesa é o seu objectivo, para assim saquearem, ele e os outros traidores da Pátria, o que nos pertence e o que nos une, a Língua Portuguesa e a Miscegenização, que a colonização Lusitana criou e que há-de ser a referência para a criação da nova espécie humana.
Jorge Leitão pertence ao passado que diz ser moderno e europeu, mas que não passa de mais uma tentativa de nos entregar a Castela e de acabar com a nossa Pátria.
A minha posição é clara e bem definida. Quem se assume europeísta-federalista e iberista, ou monárquico enquanto Espanha o for, será sempre traidor de Portugal e da Lusófonia.
Luís Cruz Guerreiro
Errata:
Onde se lê Jorge Leitão dever-se-á ler Jorge Batista.
Luís Cruz Guerreiro
Meu caro, Aag News... mas não esqueçamos que até um traidor precisa de ter alguma espessura... :)
Cumprimentos.
Viva o Rei!
Senhor Rui Monteiro, não encontro qualquer contradição - pelo menos para os dias em que estamos (sempre fica melhor a um socialista ser monárquico do que bombista) -, simplesmente é o seu correligionário que não faz sentido, nem como monárquico nem como socialista.
Cumprimentos.
Estive relendo Pessoa e quando me deparei com “O Provincialismo Português” não sei porque, lembrei do Jorge Batista!
Que coisa estranha!
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