http://www.gloriainacselsis.com.pt/sociology.htm
O “ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA”,
problema linguístico ou problema político?
Desde há muito, se é que alguma vez foi, o “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa” deixou de ser um problema de mera linguística, para tornar-se um problema essencialmente político (e geoestratégico), e isto para além da sentença tida como axiomática no âmbito da Ciência Política, segundo a qual a “Política não é tudo, mas tudo é político, a começar por aquilo e aqueles que pretendem não sê-lo”. Na hora de todas as emergentes “globalizações” (as económicas e as societais, as ortodoxas e as outras), a questão das línguas aparece muito mais vasta e muito mais complexa do que a “simples” questão técnico-linguística.
Ainda não se entendeu que é a também emergente “Hora da Lusofonia” (Lusofonia que vai muito para além da “questão linguística” e até da questão da língua…) que colocou na “ordem do dia” a questão do “Acordo Ortográfico” e que será o Brasil (com ou sem companhia, mas esperemos com a companhia de todos os Países e Povos Lusófonos, sem a auto-exclusão de Portugal, por ultrapassadas razões patrioteiras e quejandas), no seu lugar e papel de grande potência no mundo globalizado de amanhã que imporá, connosco ou “sem-nosco” como alguns já desacordada e humoristicamente disseram, a existência do que se chama o “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”?
A presente “Semana Sociológica”, na linha das suas multivariadas mas todas “sociológicas” temáticas anteriores, quer abordar, da maneira mais frontal e aberta, a temática da “Língua Portuguesa” e, especificamente, a temática do “Acordo Ortográfico”, como questão essencialmente política e geoestratégica nesta “Hora Global” que não pode deixar de ser também a “Hora da Lusofonia”, que até poderia fornecer um excelente exemplo de uma bem sucedida “Globalização”.
E que lugar mais adequado para tal reflexão que a cidade do Porto, onde não só, Camões dixit, “como é fama, origem teve o nome eterno de Portugal” mas em cuja região, que é a região europeia do Noroeste da Península Ibérica, como às vezes parece ser menos fama, origem também teve a sem dúvida ainda mais eterna “Língua Portuguesa”, a qual, como disse o outro Camões que foi Fernando Pessoa, é uma das pouquíssimas línguas potencialmente universais do século XXI!
Obviamente com uma ortografia, mesmo se, também obviamente, plural, e com ou sem os portugueses, mas, neste último caso, para mal, vergonha e desgraça de todos os que, com o denominado síndroma salazarista de Badajoz, continuarão a dar razão às tristemente célebres atitudes e palavras do ditador “orgulhosamente só”!
E, é uma coincidência feliz, tratarmos do “acordo ortográfico” enquanto o mundo lusófono comemora os 400 anos do nascimento de Pe. António Vieira, cuja ecuménica “palavra e utopia” (que tão bem registou Manoel de Oliveira no seu filme com esse título http://tinyurl.com/34md5s) poderá continuar a inspirar-nos para ultrapassar os bloqueios institucionais e outros às legítimas aspirações de todos os Países e Povos do Espaço Lusófono e da Humanidade!
Prof. Doutor Fernando dos Santos Neves
Presidente da Associação dos Cientistas Sociais do Espaço Lusófono (ACSEL) e Reitor da Universidade Lusófona do Porto
PROGRAMA
(Poderá sofrer ligeiras alterações)
A ACSEL agradece ao Grupo Lusófona pelo acolhimento da XIV Semana Sociológica na Universidade Lusófona do Porto
-à http://tinyurl.com/29mjmt
Contactos para mais informações e inscrições:
Fernando Pereita Pinto <fpereirapinto@ulp.pt>
O “ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA”,
problema linguístico ou problema político?
Desde há muito, se é que alguma vez foi, o “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa” deixou de ser um problema de mera linguística, para tornar-se um problema essencialmente político (e geoestratégico), e isto para além da sentença tida como axiomática no âmbito da Ciência Política, segundo a qual a “Política não é tudo, mas tudo é político, a começar por aquilo e aqueles que pretendem não sê-lo”. Na hora de todas as emergentes “globalizações” (as económicas e as societais, as ortodoxas e as outras), a questão das línguas aparece muito mais vasta e muito mais complexa do que a “simples” questão técnico-linguística.
Ainda não se entendeu que é a também emergente “Hora da Lusofonia” (Lusofonia que vai muito para além da “questão linguística” e até da questão da língua…) que colocou na “ordem do dia” a questão do “Acordo Ortográfico” e que será o Brasil (com ou sem companhia, mas esperemos com a companhia de todos os Países e Povos Lusófonos, sem a auto-exclusão de Portugal, por ultrapassadas razões patrioteiras e quejandas), no seu lugar e papel de grande potência no mundo globalizado de amanhã que imporá, connosco ou “sem-nosco” como alguns já desacordada e humoristicamente disseram, a existência do que se chama o “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”?
A presente “Semana Sociológica”, na linha das suas multivariadas mas todas “sociológicas” temáticas anteriores, quer abordar, da maneira mais frontal e aberta, a temática da “Língua Portuguesa” e, especificamente, a temática do “Acordo Ortográfico”, como questão essencialmente política e geoestratégica nesta “Hora Global” que não pode deixar de ser também a “Hora da Lusofonia”, que até poderia fornecer um excelente exemplo de uma bem sucedida “Globalização”.
E que lugar mais adequado para tal reflexão que a cidade do Porto, onde não só, Camões dixit, “como é fama, origem teve o nome eterno de Portugal” mas em cuja região, que é a região europeia do Noroeste da Península Ibérica, como às vezes parece ser menos fama, origem também teve a sem dúvida ainda mais eterna “Língua Portuguesa”, a qual, como disse o outro Camões que foi Fernando Pessoa, é uma das pouquíssimas línguas potencialmente universais do século XXI!
Obviamente com uma ortografia, mesmo se, também obviamente, plural, e com ou sem os portugueses, mas, neste último caso, para mal, vergonha e desgraça de todos os que, com o denominado síndroma salazarista de Badajoz, continuarão a dar razão às tristemente célebres atitudes e palavras do ditador “orgulhosamente só”!
E, é uma coincidência feliz, tratarmos do “acordo ortográfico” enquanto o mundo lusófono comemora os 400 anos do nascimento de Pe. António Vieira, cuja ecuménica “palavra e utopia” (que tão bem registou Manoel de Oliveira no seu filme com esse título http://tinyurl.com/34md5s) poderá continuar a inspirar-nos para ultrapassar os bloqueios institucionais e outros às legítimas aspirações de todos os Países e Povos do Espaço Lusófono e da Humanidade!
Prof. Doutor Fernando dos Santos Neves
Presidente da Associação dos Cientistas Sociais do Espaço Lusófono (ACSEL) e Reitor da Universidade Lusófona do Porto
PROGRAMA
(Poderá sofrer ligeiras alterações)
A ACSEL agradece ao Grupo Lusófona pelo acolhimento da XIV Semana Sociológica na Universidade Lusófona do Porto
-à http://tinyurl.com/29mjmt
Contactos para mais informações e inscrições:
Fernando Pereita Pinto <fpereirapinto@ulp.pt>
7 de Abril
18 h. Abertura da XIV Semana Sociológica pelo Presidente da ACSEL – Prof. Doutor Fernando Santos Neves, Magnífico Reitor da Universidade Lusófona do Porto. Seguirá uma secção cultural com a apresentação do filme «Palavra e Utopia» com a presença do realizador Manoel de Oliveira (se a sua idade ainda o permitir!), no Cinema Batalha.
8 de Abril
10.00 h - 12.00h Reunião da Assembleia Geral da ACSEL (na sede da Universidade Lusófona do Porto)
14.30 h - 18.00h Sessão académica - O Acordo Ortográfico: Implicações técnico-linguísticas. Coordenação: Prof. Doutora Rita Ciotta Neves.
9 de Abril
9.30h – 11.30h Sessão académica - O Acordo Ortográfico: Implicações políticas e geo-estratégicas. Coordenação: Prof. Doutor Fernando Santos Neves.
12.00: Conferência de encerramento: Evocando Pe. António Vieira: História do Futuro – Uma visão lusófona da cultura e do humanismo
– Prof. Doutor Teotónio R. de Souza.
12.30 - Apresentação do novo projecto da Academia Lusófona da Língua Portuguesa.
12.45 - Assinatura do protocolo de cooperação entre CPLP e o Grupo Lusófona.
Observações:
(1) Os oradores intervenientes nas sessões académicas serão anunciados logo que tivermos a confirmação da sua participação.
(2) Haverá uma taxa nominal de inscrição, não excedendo € 15 por pessoa. Os inscritos terão direito ao certificado de participação.
(3) Tentaremos em breve disponibilizar uma lista dos hotéis / pensões no Porto onde os participantes poderão beneficiar de tarifas moderadas para alojamento.
(4) Está a ser estudada a viabilidade de acompanhamento das sessões académicas e de encerramento por vídeo-conferência a partir da ULHT, Campo Grande 376, Lisboa.
2 comentários:
De facto, é isso que está verdadeiramente em causa com o Acordo Ortográfico. Daí a razão de essa ser também uma bandeira do MIL...
Quinta, 6 de Março 2008
Acordo ortográfico: Governo diz que seis anos é o prazo de transição razoável
Lisboa, 06 Mar (Lusa) - O ministro da Presidência afirmou hoje que Portugal será "fiel" aos compromissos do acordo ortográfico de 1991 e sublinhou que o prazo de seis anos de transição "é razoável" para a adaptação às modificações previstas no acordo.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=331249&visual=26
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