Caros Amigos da NOVA ÁGUIA e do MIL
Já deu para perceber a vossa especialidade… Causas perdidas!
Primeiro foi Timor, agora o Tibete. Permitam-me que eu vos explique:
- Timor será anexado pela Austrália. Daqui a uma geração, falarão todos inglês. E só não se tornarão louros porque a tecnologia ainda não chegou a esse ponto…
- O Tibete será cada vez mais chinês. A cultura tibetana está irremediavelmente perdida. A menos, claro está, que eles reencarnem em Marte…
Aprendam que eu não duro sempre!
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Que a situação destes povos seja difícil, é verdade. Quanto às culturas, o êxodo dos tibetanos e sobretudo dos Lamas tornou a cultura tibetana, com uma impressionante riqueza espiritual e filosófica, um dos interlocutores principais da cultura ocidental nos dias que correm, sobretudo no domínio das neurociências e das ciências cognitivas... A investigação de vanguarda neste domínio faz-se em interacção com os monges, pensadores e lamas tibetanos, devido ao seu milenar conhecimento meditativo acerca do funcionamento da mente. Quanto à cultura timorense, é vítima do mesmo desprezo secular que Portugal dedicou a Timor...
Caríssimo Jorge Batista, antes de mais deixe-me que lhe diga o quanto aprecio a sua voz de dissonância. Vozes como a sua fazem-nos parar e reflectir, repensar as nossas ideias e atitudes, afastando-nos do exagero, da megalomania e das nossas próprias ilusões, a oposição é por definição o motor da evolução. Mas uma coisa é oposição, outra é pretensiosismo.
Falemos um pouco…
Causas perdidas? Sim, é bem capaz. Mas o facto de uma causa ser perdida ou não nada nos diz sobre ela ser correcta ou errada.
Partindo que pressuposto que ninguém aqui está em contacto com nenhuma Verdade Absoluta que lhe dê alguma resposta acerca do que está absolutamente errado ou absolutamente certo no Mundo, a sua opinião tem tanta validade quanto a nossa, é a tal história, gostos não se discutem (há quem goste de favas, mas eu não gosto de favas). Assim sendo, acreditamos nós que estas causas que menciona e que defendemos estão certas.
Pense connosco (faça um esforço), se tivermos á nossa frente algo que acreditamos estar errado não temos a obrigação moral de o tentar corrigir, mesmo que seja uma causa perdida? Não temos a obrigação de lutar pelo que acreditamos ser certo e contra o que acreditamos ser errado? Se não o fizermos que tipo de pessoa somos nós? Seremos alguém que, no referencial restrito da nossa pessoa, sabe que determinada atitude é “bem” e ainda assim escolhe não segui-la. Ora, sendo que verdadeiramente “mau” é o homem que sabe o que é o “bem” e ainda assim não o segue, o que é que a atitude que sugere faz de nós perante a nossa própria consciência?
Outra coisa, sendo que a definição de Holocausto (posso estar enganado) é a tentativa de privar a Humanidade de uma parte dela própria, as atitudes que sugere apoiam dois Holocaustos culturais.
Mesmo que não consigamos fazer nada com as petições, isso é motivo para não tentar? A demanda não vale pelo seu fim, mas sim pela própria demanda. Esta é a tragédia dos heróis, dos génios e dos loucos. Por si, creio que, Ghandi teria ficado confortavelmente em casa para casar, ter 2.3 filhos e um cão, Martin Luther King idem, Rosa Park devia se ter levantado e ir sentar no seu lugar designado, as lutadoras dos direitos da mulher deviam ter ido trabalhar como em todos os outros dias. Por si creio que todas as revolução, todas as ideias de génios, todas as batalhas, todas as lutas teriam morrido num confortável braseiro (hum... já leu Fernando Pessoa?).
O que você está a sugerir é que nos entreguemos ao comodismo, ao derrotismo e ao culto da mediocridade, o que é estranho. Reflectindo sobre o que mostra de si (não sobre si obviamente, eu não o conheço) esta é uma atitude muito contraditória. Fique sabendo que do tipo de atitude que nos sugere nunca poderia ter surgido algo como, por exemplo, o 25 de Abril. Não só o 25 de Abril, mas todas as grande vitória da Humanidade.
Deixe-nos então lutar e perder (se esse for o nosso destino), gloriosamente perder, ser esmagados pelas potências, humilhados pelo Mundo. Antes isso que sermos hipócritas e cobardes perante o derradeiro juiz: nós proprios.
Desculpe, mas acho que não quero aprender nada consigo, até que o que você me tem a ensinar já a vida dura me tenta impingir faz longo tempo. Prefiro outros professores:
D. Sebastião, rey dos desgraçados
D. Sebastião, rey dos vencidos,
El-Rey dos que amam sem ser amados,
El-Rey dos génios incomprehendidos.
Caro Jorge Baptista, posso recordar-lhe que Portugal esteve sobre o domínio espanhol durante 59 anos e nem por isso ficou irremediavelmente espanhol, nem a nossa cultura portuguesa se perdeu irremediavelmente. Acha mesmo que com a universalização de informação que hoje em dia temos a cultura tibetana estará algum dia perdida? A sua religião por exemplo está em plena expanção e será talvez a maior religião do mundo...
Enviar um comentário