A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Vitorino Nemésio faleceu há 30 anos

Gosto da Horta como de nêsperas. Tinha saudades do que fui, já nem sei bem como, aqui. Todo o imaginado é mais ou menos frustrado quando o realizamos; mas na Horta não é bem excedido […]. Matriz no alto onde foram as casas do donatário flamengo e que os jesuítas adaptaram, como sempre, cubicular e faustosamente, mais duas ou três igrejas conventuais nos altos; a cada ponta, ou sainte, as paróquias da Conceição e as Angústias, e o mais que é preciso para completar uma cidadezinha airosa alva como uma noiva” – Vitorino Nemésio in Corsário das Ilhas

No próximo dia 20 de Fevereiro assinalam-se os 30 anos da morte do escritor açoriano Vitorino Nemésio.
Nascido na Praia da Vitória, a 19 de Dezembro de 1901, o percurso escolar inicial do escritor não foi dos melhores, reprovando mesmo o 5º ano. Com 16 anos veio para o Faial, para se apresentar a exames como aluno externo no Liceu Nacional da Horta. Conclui o Curso Geral dos Liceus com uma média de 10 valores. Apesar das dificuldades na escola, Nemésio começava já a revelar-se um escritor de talento, tendo já escrito o livro de poesia “O Canto Matinal”.
Durante a sua estadia no Faial, o escritor respirou do ambiente cosmopolita da cidade da Horta que, em pleno final da Primeira Grande Guerra, tinha um comércio marítimo imenso, e era escala obrigatória para muitas frotas. Para o cosmopolitismo da cidade contribuía também a Companhia dos Cabos Telegráficos Submarinos, aqui instalada.
Este ambiente terá inspirado Vitorino Nemésio a escrever mais tarde, em 1944, a obra “Mau Tempo no Canal”, o seu romance mais mítico, cuja acção central se desenrola na Horta, com menções também às ilhas Pico, S. Jorge e Terceira.
Nemésio concluiu o Liceu em Coimbra, e inscreveu-se na Faculdade de Direito de Lisboa, abandonando o curso pela Filologia Românica, na Faculdade de Letras, mais de acordo com a sua paixão pela escrita. Mais tarde viria a leccionar nesta faculdade, após alguns anos ao serviço do ensino na Universidade Livre de Bruxelas. Foi professor na Faculdade de Letras durante quase 40 anos, retirando-se em 1971.
Casou em Coimbra com Gabriela Gomes, e teve quatro filhos.
Recebeu o Prémio Nacional de Literatura em 1965, e em 1974, o Prémio Montaigne.
Faleceu em 1978, sendo sepultado em Coimbra.
É considerado hoje um dos maiores escritores portugueses so século XX. Foi professor, ficcionista, poeta, cronista, ensaísta, biógrafo, historiador da literatura e da cultura, jornalista, investigador, espistológrafo, filólogo e comunicador televisivo, um homem de letras de grande destaque, com um contributo impar para a cultura portuguesa.

D.R.
In Tribuna das Ilhas, 15 de Fevereiro de 2008

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