Confesso que na última eleição presidencial segui com alguma simpatia a candidatura do Manuel Alegre.
Não cheguei a votar nele (votei em branco), mas se tivesse mesmo que ter votado em alguém, teria votado em quem, apesar de tudo, de vez em quando enunciava a (maldita) palavra "Pátria", reclamando até uma "visão cultural" do país...
A História é conhecida: Manuel Alegre teve cerca de um milhão de votos e criou, depois, um Movimento, o MIC: Movimento Intervenção e Cidadania.
Resultados? Nenhuns, que se vejam. No Parlamento, o máximo que Alegre faz é abster-se (como ainda hoje fez na votação contra o Referendo ao Tratado de Lisboa). Para isso, prefiro os deputados-carneiros. Pelo menos esses não desiludem...
Esperemos, pois, que na próxima eleição presidencial surja um Movimento realmente independente, um candidato que depois não se revele um logro...
Há, pelo menos, um milhão de votos à espera!
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Um logro chamado Alegre, um MIC que vale menos do que uma mica...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
11 comentários:
Mais precisamente, um milhão e duzentos mil
Eu acho que a próxima eleição presidencial será um "passeio dos alegres", uma vez que o próprio Alegre já veio a público venerar a magistratura de Cavaco Silva. Se a biologia concordar com este estado de alegria cavaquíssima (e não já "cavaquista"),temos o assunto resolvido.
É claro que poderá surgir um movimento de fundo, verdadeiramente alternativo. E aí a campanha eleitoral poderá ser um espaço de intervenção cívica bastante importante.
Mas o "caso Alegre" terá sido um logro para aqueles que viram nessa candidatura o despontar de algo verdadeiramente importante. Precisamente porque o Manuel Alegre se julga um monumento vivo da "Pátria", ele não quer dar a sua voz aos outros, porque a sua é a "VOZ" que deve ser cultuada. Posso estar a ser injusto, mas aquilo de que preisamos não é de um currículo político com pernas (respeitável, é certo, mas muito ensimesmado: se lhe vão queimar resíduos no quintal, o homem faz ouvir o seu vozeirão, isso faz, mas não vai muito longe disso).
Era importante que o MIL apontasse horizontes outros.
Candidato? Eleições? E porque não deixarem-se de pseudo Demo-cracias, e permitirem o referendo a Monarquia? Não nos esquecemos que um País que se diz livre, que apela a liberdade de cada um, "impõe a forma republicana de governo" como está vigente na aliena b do artigo 288 da Constituição da Republica.
Onde é que está a liberdade, igualdade e fraternidade tão apelada pelo ideal republicano?
Nota: leia-se republica aquela idealizada pelos sanguinarios da revolução francesa e do regicidio. a Verdadeira Rés-pública é defendida pelo Rei, tal como vários Reis Portugueses (D.João II, D. Sebastião,etc)a representavam assinando "Eu, D. Sebastião, Rei desta Respublica...".
Basta olharmos para os países mais desenvolvidos da Europa, com maior liberdade, defensores da sua cultura e tradição. Serão Republicas? São, sem dúvida, mas Republicas arbitradas por um Chefe de Estado isento, imparcial representando a Pátria, a sua História, Cultura Tradição. É o seu paladino nos conflitos políticos e o melhor defensor dos interesses colectivos dessa mesma Pátria.
O nosso melhor chefe de Estado será sempre um Presidente-Rei...
O que é um facto é que o fenómeno "Alegre" mostra haver um grande espaço para movimentos cívicos alternativos, sobretudo se surgir um que consiga motivar os abstencionistas, por convicção e indiferença face ao estado das coisas. Aí podem surgir surpresas, mas é preciso que falemos ao coração das pessoas e sejamos conformes ao que dizemos.
Acho que a próxima eleição presidencial pode ser uma oportunidade única para surgir algo de realmente novo.
O Cavaco será obviamente o candidato do regime.
À direita não aparecerá ninguém de peso.
O PS talvez apresente algum "Ferreira do Amaral", só para dizer que concorre. O Manuel Alegre provavelmente recandidatar-se-á, mas já não terá, longe disso, o mesmo élan (fará, desta vez, o triste papel que o Mário Soares fez na última eleição). Tirando os votos cativos da esquerda pura e dura (PCP e Bloco, este último não tão "duro" como isso...), há pois um espaço imenso para conquistar. Mesmo que, no fim, ganhe o Cavaco, como, fatalmente, irá acontecer... Pode ser o princípio para algo de realmente novo!
Já não há Alferes da Pátria... - e se alguém o poderia ser, recusará.
Quer-me parecer que grande parte desses um milhão e duzentos mil são aquele tipo de pessoas que sabem que a situação está mal mas no entanto não fazem nada para a alterar, acabando por se limitar, quando muito, à mera crítica infrutífera. Acho que é isto que se poderá observar actualmente no tal MIC, gente que sabe que é necessário intervir, mas que no entanto não o faz.
Não sei se será possível mobilizar essa gente para algum Movimento que de facto exija trabalho e esforço.
Isso é o que em breve se verá...
Era preciso alguém que desse corpo e voz à alma profunda da nação e às suas aspirações inconscientes, estando ao mesmo tempo livre de ambições pessoais e acima de qualquer compromisso com grupos político-económicos, sem deixar de saber dialogar com todos eles e procurar o que une em vez do que separa... Alguém como foi o Agostinho da Silva...
Gostaria, caro Renato, mas duvido. Mas caso avancem, tenho algumas ideias acerca do «como»...
Abraço.
Enviar um comentário