A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Recado de uma velhinha

Há dias, uma senhora de idade disse para a minha mãe: "Ó menina A., o meu neto ja me mostrou o blogue para onde a sua filha escreve. Está muito bom, sim senhora, mas é pena que só falem daqueles senhores muito letrados de Lisboa, do Porto ou de Coimbra, muitos dos quais eu nunca ouvi falar. Esquecem-se daqueles poetas do povo como o António Aleixo, cujas quadras dizem tantas verdades. É como se os pensadores do povo não tivessem nada a dizer e só esses senhores letrados é que merecessem ser lidos."

Tanta sabedoria que é escrita ou dita de boca em boca e nós nem nos apercebemos. Nós que passamos a vida com o nariz enfiado nos livros, nas bilbiotecas, nas livrarias das grandes cidades, nas conferências e colóquios ou nas conversas de café.

Tanta beleza e sabedoria por descobrir nas associações populares dos nossos países fora, nas Casa do Povo de Norte a Sul de Portugal, nas Associações de Moradores dos bairros populares desses imenso Brasil, nos terreiros do Recôncavo Baiano, do Maranhão e da Baixada Fluminense, nos bairros limítrofes de Luanda, Benguela, Bissau, Maputo e Cidade da Praia ...

Tantos tesouros de sabedoria e memória a descobrir nas vozes e nos escritos das mulheres dos nossos países, essa metade da Humanidade tantas vezes silenciada. Não só as raríssimas mulheres que conseguiram proeminência no mundo das Artes e das Letras, mas aquelas mulheres anónimas mas cheias de luz que mantêm viva uma tradição oral que abre portas para um outro mundo de conhecimento. As nossas avós que murmuram canções seculares enquanto fazem renda, as nossas tias do campo que cantam em coro enquanto seifam as eiras, os cantos dolentes das mulheres de pescadores, a luz das montanhas e dos mares que sobrevive na voz de inúmeras mulheres agora limitadas a gaiolas acolchoadas no cinzento dos subúrbios.

Se queremos realmente pensar e reinventar a Lusofonia, que não caiamos no vício secular de silenciar o Povo, principalmente as suas mulheres.

Viremos as costas ao centro comercial no próximo fim-de-semana e encaminhemo-nos para a Casa do Povo mais próxima. Talvez descubramos que os seus membros não estão tão encharcados na cultura "pimba" quanto pensávamos.

Á falta disso, sentemo-nos á lareira junto das nossas avós. Se vocês são daqueles cujos pais ou avós foram internados num lar de idosos para não atrapalhar o corre-corre da vossa vida urbana, levem-nos a passear mas não na "voltinha dos tristes" do costume. Levem-nos aos locais da sua mocidade, ou aos locais que lhes despertem as memórias mais alegres e dolorosas. talvez descubram que a sua juventude não foi assim tão limitada quanto pensam, ou que a sua sabedoria não é assim tão retrógrada ou carcomida pela velhice quanto vocês querem fazer parecer a vocês mesmos.

"Klatuu o Embuçado", um dos nossos comentadores, disse á poucos dias com muita razão que não se deve reduzir a cultura Portuguesa ao Fado. Há os Pauliteiros de Miranda, os cantares dolentes do sul de Portugal, os cantares de Manhouce, tantas e tantas riquezas ...

O mesmo se aplica ao Brasil. O Brasil é muito, muito mais do que Samba, Bossa Nova e Axé Music.

7 comentários:

Klatuu o embuçado disse...

Queira fazer o favor de corrigir:«Potrtugal»!

A última vez que tive uma sensação tão igualmente desagradável... foi num velho castelo do Centro Norte, onde a Bandeira estava por terra e cheia de cagadelas de galinhas e pombos!!

Obrigado.

Ana Margarida Esteves disse...

Ja corrigi a gralha.

Quem agradece sou eu, que reconheco nao ter muito jeito para revisora. Uma pessoa nao pode ser tudo nesta vida, nao e verdade?

Espero nao estar a ofende-lo por nao usar acentos nem cedilhas. Estou a escrever de um computador da minha universidade, cujo teclado nao esta preparado para as subtilezas da Lingua Portuguesa.

Anónimo disse...

Pois e, nao se esquecam tambem das formas de expressao artistica dos grupos mais marginalizados da sociedade, como a brilhante adaptacao do "rap" do "hip hop" e do "funk" que e feita nos bairros mais carenciados de Lisboa, Porto, Rio de Janeiro e Sao Paulo para denunciar a violencia e exclusao sistemica. Vejam la, de tanto quererem ser eruditos e politicamente correctos, nao acabem por reproduzir os vicios que voces tanto criticam ...

Anónimo disse...

Klanta impakliência Klatuu
Klanta impakliência
Reklaxa um pouklinho
Não cheklou a ser um klime de lesa Klátria
Ou melhor: de lesa majesklade, Klatuu
Reklaxa

Lord of Erewhon disse...

Ka kansa kuanta kretinice.

Anónimo disse...

Qual cretinice: a do Klatuu ou a de "nenhum lugar"?

Lord of Erewhon disse...

A tua, minha bosta, que nem coragem tens para ter um nome!