A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 27 de janeiro de 2008

Quinto Império - Império da doutrina Cristã?

O perigo de interpretações literais de ideia de reunião de todos os povos num Quinto Império á volta da Cruz é que tal implique uma conversão de todos os povos á doutrina Cristã, deste modo apagando da face da Terra a riqueza da diversidada de todas as Fés, que no seu âmago convergem para o mesmo ponto ... É exactamente isso que Pe. antónio Vieira, Camões e mais recentemente Agostinho da Silva pretendiam? Há que clarificar isto.

32 comentários:

Rui Martins disse...

Vieira: Sim, sem qualquer dúvida. Não seria um catolicismo tão "puro" como o d Ratzinger ou de Torquemada, mas era um catolicismo exclusivista e englobante.
Camões: Não seria um Catolicismo... Prenhe de influências pagãs, místicas de várias proveniências...
Agostinho: Um Teísta, em muitos pontos "budista", sem nunca o Seu. Crente no Espírito Santo-não cristão...

Não. Decididamente e "apesar" de Vieira, este Quinto não terá que ser necessariamente Cristão.

Mas "Espirito-santista", capaz de englobar e congregar em si cultos diversos e bem distintos...

Anónimo disse...

Remember, fellows, that the Christian Doctrine plays a fundamental role in bringing the light of Civilization to the world ... If it wasn't for the Christian doctrine, Native Americans in both North and South America would still be hanging around half-naked and dancing ridiculous dances around the fire ... And many people in India would still be worshiping fornicating fake gods ... or better ... demons ...

Jorge Batista disse...

That's precisely my opinion...

José Pires F. disse...

O Mestre Agostinho, que eu saiba, não professava o catolicismo, era sim, conforme ele disse: “Claro que sou cristão; e outras coisas, por exemplo budista, o que é, para tantos, ser ateísta; ou, outro exemplo, pagão. O que, tudo junto, dá português, na sua plena forma brasileira” – “Pensamento à Solta”

A leitura deve sempre ser feita no contexto da sua cultura porque, esta é a única maneira de podermos compreender a mensagem. Qualquer mensagem necessita de ser interpretado no contexto da sua cultura, isto significa que, os leitores têm tendência para abordar o texto com as pressuposições e preocupações do nosso tempo, e podem incorrer no erro de procurar adaptar o significado do texto de acordo com ele.

Saudações cordiais

José Pires F. disse...

Só mais uma achega; Também Pessoa, sugestionado pelo Padre António Vieira e pelo profeta Bandarra não era católico, e o “seu” Quinto Império, era o da civilização cristã universal sob a égide da Lusitânia.

José Pires F. disse...

Ainda outra achega correndo o risco de me tornar chato.

Fernando Pessoa tinha para ele que o Primeiro Império fora espiritual, da Grécia, origem do que espiritualmente somos, o Segundo de Roma, o Terceiro da Cristandade, o Quarto o da Europa – isto é, da Europa laica de depois da Renascença e o Quinto de Portugal que, como eu disse no meu comentário anterior, seria da civilização cristã universal sob a égide da Lusitânia.

Ana Margarida Esteves disse...

@ piresf tem toda a razão. A questão é que muito poucas pessoas estão "treinadas" para interpretar textos á luz da época e do contexto socio-cultural em que foram escritos. Também há muita gente que pensa que as doutrinas são entidades rígidas, imutáveis e que, transcendendo todos os contextos e todos os valores que sejam delas divergentes ou que a eles se oponham, devem ser aplicadas em todos os espaços e em todos os tempos como receitas de "salvação" ... Um bom exemplo é o senhor norte-americano e um certo sr. Batista que ainda não teve a coragem de identificar a sua nacionalidade (ao menos tenha a coragem missionára do Rev. Levermore e mostre-se ao público, por favor) que escreveram mais acima ...

José Pires F. disse...

Também a Ana Margarida Esteves tem razão, e embora este seja um blog com uma orientação determinada, não se pode pressupor que todos façam a leitura que esperamos.
Eu me penitencio.

Quanto a comentadores, sem falar nos citados em particular até porque, o Jorge Batista faz parte do MIL, espere para ver o que virá.

Klatuu o embuçado disse...

O Quinto Império é cristianismo, mas o cristianismo é a mais sincrética da religiões desde a sua origem, de tal modo que dizer «cristianismo» é dizer pouco...
O conceito trinitário de tempo de Fiore, em que se fundamenta o essencial do ideário quinto-imperial, está nas margens heréticas da ortodoxia cristã, remetendo para uma «segunda vinda» e um «outro tempo» que já não são cristianismo e que estabelecem analogia com o hinduismo e o gnosticismo. Aliás, o próprio Franciscanismo, com a sua fraternidade para com todas as formas de vida, é já mais que o cristianismo, que nunca equacionou uma eternidade para os irracionais *, porque sempre identificou alma e razão, e esta com os produtos de uma civilização hegemónica - constructo teológico pelo qual se pôde rebaixar os «cafres» à dimensão de galinhas e ovelhas.

É cristianismo, ou pelo menos, um cristianismo - está respondido. Mas isso não torna a sua questão relevante... porque os mitos são, apenas, ideais para a criatividade estética e o pensamento - também modelos para éticas particulares. Querer, hoje, dar concretização e credibilidade política ao ideário do Quinto Império, seria de tolo. Mas permanece como um símbolo de como Portugal se deve orientar no mundo: para a clausura europeia? Antes para além Atlântico!

Mas a CPLP está aí, ganhou forma... não há é político que pareça saber que lhe fazer.



* Em «O Problema da Dor», C. S. Lewis tem um capítulo brilhante acerca desta questão: «A Dor nos Irracionais».

João Beato disse...

Quando todos os brutos Ocidentais reaprenderem o sentido de união cósmica da dança ritual à volta da fogueira, que o senhor Levermore chama de "ridícula", então aí sim, poderemos falar da Civilização iluminada do Quinto Império, que não é de nenhuma religião, sendo de todas ao mesmo tempo: a cultura do Espírito Universal.

Jorge Batista disse...

Caros:
1. NÃO FAÇO PARTE DO MIL. Cruzes credo...
2. Assumo-me como católico, apostólico romano e como europeu que, por azar, nasceu em Portugal. Não tenho o menor orgulho em ser português, antes pelo contrário...
3. Se algum dia o MIL tomasse de algum modo conta do país, emigrava... Mas não decerto para os Estados Unidos!

Lord of Erewhon disse...

«os brutos Ocidentais»???

Meu caro senhor, os tempos do Obélix estão enterrados há muito.

«Não tenho o menor orgulho em ser português.»

Não por acaso, eu também não tenho nenhum orgulho de que você seja Português!

P. S. Não nos encrespemos com o Reverendo Levermore... faz parte de uma nova geração de emoticons falantes, que são fornecidos gratuitamente no novo pacote do servidor Blogger.

Lord of Erewhon disse...

P. P. S. O Mil? a tomar conta? A Pátria está infantil??
Bom, mas nas Termópilas bastaram Trezentos para desbastar os primeiros embates...

José Pires F. disse...

Caro Jorge Batista,

Quando eu disse que o meu caro fazia parte do MIL, foi evidentemente porque comenta e publica artigos como membro do blog Nova Águia. Ora, o blog Nova Águia, é órgão do Movimento, conforme a introdução da Declaração de Princípios e Objectivos do MIL o classifica. Se assim não é, e se me permite, estranho.

Estranho mais ainda quando o meu caro no seu comentário anterior, tem a veleidade de nos brindar com algumas diatribes, que mais não são que zombarias e que, no mínimo, permito-me qualifica-las como obras primas da confusão, onde as coisas indizíveis encontram no seu corolário terreno bem adubado.

Klatuu o embuçado disse...

Isto é preciso é calma, amigo Pires... como diz o velho e adaptado aforismo: «Depois da tempestade, vem o chazinho.»

P. S. Eu acho que o emoticon é Esquimó, escreve um Inglês incompreensível, tipo zé-portuga que passou pela faculdade:«And many people in India would still be worshiping fornicating fake gods ... or better ... demons ...»

Errado, meu caro: worst! «fake gods ... or worst ... demons ...»

Mas dou-lhe alguma razão, fornicar
fakes não dá... mas os demónios são do good.

Ana Margarida Esteves disse...

Meu caro amigo Klatuu que de certeza me cortaria a cabeça se vivêssemos no "tempo da outra senhora": Eu não passo de uma mísera e humilde maria-portuga que passou pela faculdade, mas tenho de lhe diser que a forma correcta seria escrever "worse" e não "worst" ...

Anónimo disse...

Estes humanos são doidos ...

Ana Margarida Esteves disse...

Onde escrevi "diser", leia-se "dizer" ... Ao contrário do amigo Klatuu, não acho que o meu cinismo seja sinal que estou acima do comum dos mortais. ás vezes também escrevo á pressa e por isso cometo erros. A minha vida é muito, mas muito mais do que a blogosfera ...

Anónimo disse...

Estes humanos são mesmo, mesmo doidos ... Temos de fazer alguma coisa para libertar a face da Terra de tamanha loucura e protegê-los deles mesmos ... Que acham, confrades?

Jorge Batista disse...

Permitam-me que explique pois a minha situação:
Quando o Renato Epifânio, meu amigo de infância, me falou deste blogue que, em conjunto com o Paulo Borges e a Celeste Natário, ia lançar, perguntei-lhe se eles permitiriam vozes dissonantes, pois, como se sabe, em geral só reconhecemos liberdade de opinião àqueles que concordam connosco...
Ele garantiu-me que este blogue, apesar de ter um forte ideário, seria um espaço de absoluta liberdade, desde que se não se insultasse ninguém e que se respeitasse o âmbito temático.
Bem sei que, por vezes, tenho esticado a corda! Quero ver até onde vai a tolerância da administração deste blogue...
Até ao momento, ainda não me cortaram o pio! Honro-os por isso...

Klatuu o embuçado disse...

Depende, penso que no contexto da frase, tanto a forma comparativa como a superlativa são aceitáveis - mas não me custa admitir que possa estar certa.
Mas não é isso que está em causa. O que está em causa é que eu não acredito que esse Reverendo não sei das quantas seja Britânico.

Klatuu o embuçado disse...

P. S. Quanto ao mais que a senhora afirma, não comentarei. Abomino a confissão e as charadas psicanalíticas enfadam-me.

Renato Epifânio disse...

Confirmo o que o Jorge Baptista disse. Para mal (ou bem) dos meus pecados, sempre tive amigos "freaks": um, o Jorge, diverte-se a atacar-nos por dentro; um outro, o Miguel Bruno Duarte, ataca-nos por fora... Venham mais cinco!

José Pires F. disse...

A diversidade de opinião é salutar e defendo-a energicamente, seja feita por dentro ou por fora como diz o amigo Renato, no entanto, a zombaria, coisa bem diferente, não me permitiu seguir o posterior conselho do amigo Klatuu.
Quando alguém, do alto da sua prosopopeia, se permite com diatribes achincalhar ideários, é como profanar o recôndito da minha habitação e não sei como se responde a coisas destas que, para além da ausência de arte no dizer, coisa que dignifica o insulto, não vêem agarradas a nenhuma argumentação. Sempre tive dificuldade em lidar com a dualidade do porque sim ou o vazio de conteúdo, e não gostando de qualificar as pessoas, sou um indivíduo transigente, permiti-me qualificar determinadas afirmações de obras primas da confusão, quando, a vontade seria usar Gil Vicente no Barca do Inferno e qualificar o seu autor de um “mija n’agulha”. Não fui até aí.

Ana Margarida Esteves disse...

Caro amigo Klatuu: Detesto informalidades, por isso podes tratar-me por tu (até rima, eheh;-) ) ... Sou muito mais nova do que imaginas e acho que já nos cruzamos por esses caminhos góticos e vampíricos ...

Quanto a confissões psicanalíticas: Quando eu disse que a minha vida é muito mais do que a blogosfera, é porque a Ana Margarida Esteves é (supostamente, de acordo com a tradição dualista Ocidental) uma pessoa real (rimou outra vez, estou a tornar-me poetisa, iuhu:P!) ...

Não acredito que "Klatuu o Embuçado" seja nome de gente de carne e osso ... Já conheci seres humanos de nome parecido, mas lá para as bandas de São Francisco da Califórnia ... Essas ditas pessoas foram concebidas numa altura em que os seus ditosos paizinhos se encharcavam de LSD ...

Já agora, de acordo com uns contactos que tenho no Centro Cultural de Almansil, o Reverendo Robert H. Levermore é um orgulhoso e mui patriota cidadão Americano e apoiante dos quatro costados do Partido Republicano (iiiihhhh, rimou outra vez;-)!!!!! Estou possuida pelas musas ...).

Ana Margarida Esteves disse...

Onde se lê "Almansil", leia-se "Almancil" ... Sinal que estou longe da Mátria há demasiado tempo ...

Klatuu o embuçado disse...

Minha cara senhora, quem eu trato por tu, ou não, é decisão minha.

Este espaço reune pessoas - pelo menos algumas - que sentem Portugal de um modo alto e estão unidas por um ideal. Não frequento chats nem uso software de irc.

Lord of Erewhon disse...

No meu pacote do Blogger requeri um daqueles peixes com boca de ventosa que se agarram aos aquários. Extremamente útil, é um tamagoshi que funciona por si e nunca lhe falta o que comer.

Anónimo disse...

Peixe!? Aonde, aonde? Querem ver que se arrependeram de ter apagado as nossas reivindicações para a nova ordem Municipalista?

Ana Margarida Esteves disse...

Meu caro Senhor Embuçado, o muy terrivel carrasco do reyno: Não é por estar longe que sinto menos ... Se estou longe, é por necessidade. V. Exa. Terribilíssima poder ter a certeza que o que eu sinto pelo país onde estou não chega aos calcanhares do que sinto por Portugal.

Lord of Erewhon disse...

Houve o Império, de que muito se fala, sem muito se saber, e há aqueloutro Império, que poucos conhecem e de que pouco se fala, porque é preciso ter alma, da Alma da Pátria enamorada, em recolhimento, coragem, sacrifício e honra.

Ana Margarida Esteves disse...

Fazemos os dois parte da raça dos degredados na própria Pátria (?). Começamos a nos entender ...

Gostei muito dos seus dois blogues.